domingo, 5 de setembro de 2010

Açailândia se transforma em cidade do futuro


Wilson Lima
Enviado especial

Açailândia – A empresária Siolânia Lima Silva Ramos, da cidade de Açailândia, distante 445 km de São Luís, atua há aproximadamente 10 anos como revendedora de grifes para a classe média. Há um ano, resolveu dar um passo mais ousado em sua ramificação de negócios: passou a ser representante da grife de roupas e calçados para as classes A e B, Carmen Steffens. Até o momento, não se arrependeu. Ao contrário, as vendas da grife já respondem por 30% a 40% do seu faturamento. “É um público especializado, mas, até agora, nunca tive encalhe de roupa em meu estoque”, afirmou.

A alteração no perfil de clientes da empresária Siolânia Ramos nos últimos anos ratifica o crescimento econômico exponencial vivido pelo município de Açailândia nos últimos anos. A cidade faz parte de um leque de 233 cidades com mais de 100 mil habitantes e menos de 500 mil que têm impulsionado o crescimento econômico de todo o Brasil e que foram destaque na edição da semana passada da revista Veja. Na reportagem “As 20 metrópoles brasileiras do futuro”. São municípios que registram índices impressionantes de crescimento de seus Produto Interno Bruto (PIBs), geralmente acima dos dois dígitos. Cidades que despontam para ser as metrópoles do futuro em um curto prazo.

Municípios - No Maranhão, além de Açailândia, os municípios de Caxias, Imperatriz, Paço do Lumiar e São José de Ribamar foram citados pelo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) como aptos a serem as novas grandes cidades do Maranhão. Mas, entre todas, o destaque maior está para Açailândia, que figura entre as 23 cidades médias com o maior potencial de crescimento em todo o Brasil. Hoje, Açailândia tem 101.130 habitantes.

No caso específico de Açailândia, os números apontam crescimentos com índices até cinco vezes maiores que a média nacional. Conforme dados do estudo “Contas Nacionais”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Açailândia passou de um PIB de R$ 843 milhões em 2003 para R$ 1,8 bilhão em 2007. Uma elevação bruta de 108,6% no produto interno bruto em um período de cinco anos. Uma elevação média de 21,7% ao ano.

Em 2003, ainda pelos dados do IBGE, Açailândia sozinha respondia por 4,58% do Produto Interno Bruto do Maranhão inteiro. Em 2007, já era responsável por 5,96% dessa riqueza. Em 2007, o PIB maranhense estava na casa dos R$ 31,6 bilhões. Se for comparado o crescimento econômico do Maranhão, com o de Açailândia, os números do IBGE mostram que a cidade teve percentual de crescimento 43% superior à média do Estado de 2003 a 2007, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Renda per capita - A renda per capita (a divisão do PIB pelo número de habitantes) também teve um crescimento significativo em Açailândia. Se em 2003 a cidade tinha renda per capita de R$ 8,8 mil, agora já detém uma de R$ 18,5 mil. Um crescimento real de 110% em cinco anos. A renda per capita de todo o Maranhão, do outro lado, sofreu elevação de 64% de 2003 a 2007, pelos números do IBGE. Ou seja, o índice de crescimento da renda per capita de Açailândia foi aproximadamente 70% superior à média do estado.

Hoje, em função desse crescimento expressivo, Açailândia também já figura entre as 10 cidades maranhenses com o maior nível de arrecadação de recursos federais. Segundo dados do Governo Federal, apenas nos sete primeiros meses, a cidade recebeu R$ 26,5 milhões em recursos federais, ficando atrás apenas de São Luís, Imperatriz, Timon, Caxias e Codó. Do outro lado, enquanto dezenas de municípios maranhenses não detêm arrecadação municipal, hoje Açailândia já tem, com orçamento próprio, recursos anuais da casa de R$ 10 milhões e arrecadação mensal média de R$ 700 mil. Um orçamento que cresceu aproximadamente 10% em 2010 em comparação com a projeção de gastos municipais do ano anterior.

Atualmente, muito se fala no município que a crise do setor siderúrgico pode travar esse crescimento. Mas, pelos números do comércio, de que deve ocorrer uma elevação do setor comercial da ordem de 7% até o final do ano e pelas perspectivas de novos investimentos a partir da implantação de uma aciaria no município, falar em recessão em Açailândia ainda é uma realidade um tanto quanto distante na região.

Condições logísticas e técnicas foram essenciais para crescimento


O crescimento exponencial de Açailândia ocorreu baseado em três fatores, segundo empresários, representantes de classe e do poder público municipal: condição logística favorável, aspectos naturais únicos e, principalmente, puxado por um corpo profissional acima da média de outros municípios maranhenses.

Apesar de condições técnicas e logísticas privilegiadas, os gestores do município apontam o fator humano como o grande item de desenvolvimento da cidade. Segundo o prefeito, Ildemar Gonçalves dos Santos (PSDB), o fato de a cidade ter recebido vários migrantes de estados brasileiros como São Paulo, Bahia, Tocantins, entre outros, favoreceu uma cultura diferenciada na cidade. “O fator humano é muito importante. Aqui as pessoas não se abatem com crises. Por quantas crises a cidade passar, em todas a população dará uma resposta à altura”, vislumbrou o prefeito tucano.

Açailândia é privilegiada na logística porque está situada em um entroncamento ferro-rodoviário único, interligando, na mesma cidade, duas rodovias federais importantes: a Belém-Brasília (BR-010) e a BR-222, que praticamente cruza o Maranhão. Esse mesmo eixo é complementado pela ligação da Ferrovia Norte-Sul, rumo ao Tocantins e também da Estrada de Ferro Carajás (EFC), em direção ao Porto do Itaqui, em São Luís. Uma situação que pode ser ainda melhor, quando o trecho Sul da Ferrovia Norte-Sul ficar pronto, ocorrendo a interligação do município via ferrovia com o sudeste brasileiro.

Na prática, muitas empresas que visam destinar seus produtos ao mercado externo, principalmente EUA, adotam o município como base. Este raciocínio é incorporado principalmente pelas cinco siderúrgicas de ferro-gusa, que detém faturamento anual variando de R$ 1 milhão a R$ 18 milhões ao ano. Na opção pela exportação via Itaqui pode haver uma economia de custos de transportes de aproximadamente 10%. Hoje, 95% da produção de ferro-gusa de Açailândia são encaminhadas ao mercado norte-americano.

“Santa Inês tem mineradora também, mas o local estratégico é ruim. Açailândia tem uma localização estratégica boa e teve a instalação do setor de siderurgia que ajudou no desenvolvimento econômico”, opinou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Açailândia (Acia), Gildázio Alcântara. “Hoje, se Açailândia não tivesse as siderúrgicas, ela seria uma ‘Bom Jesus das Selvas’ ou ‘Itinga’ que não se desenvolveram tanto”, complementou.

Madeira - No setor de recursos naturais, Açailândia apresenta um solo fértil para a produção de madeira visando à utilização em usinas siderúrgicas ou em empreendimento que precise de algum abastecimento termelétrico. Segundo engenheiros que trabalham na região, o custo de produtividade para o eucalipto, madeira utilizada como combustível pelas siderúrgicas, pode ser 30% inferior em Açailândia do que em cidades próximas como Grajaú e Santa Inês.

Além disso, a cidade já detém hoje o maior rebanho bovino do estado, com um total de 435.275 unidades cadastradas na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged). Isso é aproximadamente 40% de todo o rebanho da região de Açailândia (que reúne Cidelândia, Bom Jesus das Selvas, Itinga, São Francisco do Brejão, Buriticupu, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca).

Mais

Para criar condições de atratividade de novas empresas, a Prefeitura de Açailândia concedeu isenção fiscal e ISS para novas indústrias em um período de cinco anos. A aciaria Gusa Nordeste foi a primeira a ser beneficiada com essa iniciativa.
 
Aciaria Gusa Nordeste é esperada como o início de um novo ciclo.

Depois do ciclo da madeira e do ferro-gusa, a cidade de Açailâdia vive a expectativa de um novo ciclo: a da aciaria que está em fase de construção na cidade. A obra, no Distrito Industrial de Pequiá, deve ser concluída até março do ano que vem, conforme informações da Aciaria Gusa Nordeste, responsável pelo empreendimento.

A planta está demandando investimentos da ordem de R$ 300 milhões em uma unidade de 250 metros quadrados e capacidade de produção de 600 mil toneladas de tarugos de aço por ano (billet), que tem tanto uso industrial doméstico como para exportação.

O billet é o semi-acabado utilizado como matéria-prima para a laminação de aços longos (vergalhões, fio máquina, perfis, barras mecânicas, etc.), todos produtos acabados. Hoje, somente em sua construção, a obra já emprega aproximadamente 1 mil pessoas.

Expectativa - A esperança do pólo industrial de Açailandia é de que, com a aciaria, a produção das cinco siderúrgicas sejam destinadas justamente para esse novo empreendimento.

A expectativa é de que a aciaria tenha capacidade para absorver pelo menos 520 mil toneladas anuais de ferro-gusa em estado líquido. Hoje, o ferro-gusa é gerado e solidificado para a exportação. Com a aciaria, esse ferro-gusa será levado, em estado líquido, diretamente para a aciaria.

Com isso, a projeção é de que todas as cinco siderúrgicas tenham condição de trabalhar com a capacidade de sua produção, algo que não ocorre hoje por dois motivos: preço do minério e baixo valor do dólar. Na prática, dos 18 auto-fornos do complexo siderúrgico de ferro-gusa de Açailândia, apenas oito estão ativos. O pólo siderúrgico de Açailândia tem capacidade de gerar 2,5 mil empregos diretos e pelo menos 20 mil indiretos. Mas hoje, em função da chamada crise do aço, as siderúrgicas empregam apenas 40% da sua capacidade máxima.

Crédito - Um outro sinal do desenvolvimento econômico pelo qual Açailândia está passando atualmente e da possibilidade de crescimento futuro diz respeito ao crescimento do nível de crédito rural concedido na cidade. Segundo dados da Credima, Cooperativa de Crédito Rural do Maranhão, houve somente no primeiro semestre desse ano um crescimento de R$ 244% no volume de crédito rural concedido pela Credima em comparação com igual período do ano passado.

Nos seis primeiros meses deste ano, já foram liberados R$ 3,17 milhões em crédito apenas para empresários e microempresários de Açailândia contra R$ 927 milhões no mesmo período do ano passado.

Além disso, um outro dado que mostra o aquecimento da economia de Açailândia está ligada ao superávit da Credima nos seis primeiros meses do ano. Em todo o ano de 2009, a cooperativa registrou superávit de R$ 122 mil. Em seis meses em 2010, isso já chegou a R$ 199 mil.
O presidente da Credima, Luís Costa Coelho, afirmou que isso mostra uma maior confiança do empresariado local. “Esses recursos normalmente são utilizados para políticas de investimentos locais”, assinalou Coelho.

Mais

- A cidade tem hoje aproximadamente 750 estabelecimentos comerciais.

- A rede hoteleira também cresceu significativamente nos últimos anos. Somente nos últimos três anos, cinco hotéis foram inaugurados na cidade. Existem hoje em Açailândia aproximadamente 15 hotéis de pequeno, médio e grande porte. Alguns deles até mesmo com serviços de internet sem fio disponível.

Vista aérea do município de Açailândia


Políticas públicas tornam Açailândia a 6ª cidade que mais cresce no Brasil


MarcoDeça

Nas últimas semanas duas das principais publicações do país – Veja e Valor Econômico – divulgaram reportagens destacando o desenvolvimento de Açailândia.
O município maranhense foi apontado por ambas como “metrópole do futuro”.

As políticas públicas estruturantes – sobretudo na adminsitração Ildemar Gonçalves (PSDB) – foram fundamentais para destacar Açailândia no cenário nacional.

Desde 2009, inclusive, a cidade já vinha sendo percebida como celeiro de desenvolvimento. O IBGE apontou o município como detentor do 2º maior PIB do estado, atrás apenas da capital, São Luís.

Outro importante indicador, o PIB Per Capita, que se concebe como a divisão de todas as riquezas pelo quantitativo populacional, colocou Açailândia em 1º lugar.

Mas a Veja apontou como destaque apenas o pólo siderúrgico, desprezando setores importantes da economia açailandense,como a qualidade do maior plantel bovino, a maior bacia leiteira do Estado.

O agronegócio é hoje o segundo contribuinte para as riquezas do município.

Além disso, Açailândia tem comércio forte, de referência para toda a região, bem como as centenas de empresas prestadoras de serviços.

Só a gestão pública injeta na economia do município cerca de R$ 4 milhões por mês, apenas com a folha de servidores.

Além disso, mantém frentes de trabalho gerando emprego, renda e cidadania.

9 comentários:

Welington Bispo disse...

Entreo que a veja diz e realidade tem muita diferença

Anônimo disse...

por isso minha mae foi pra ir,e porque esse lugar e lindo.

Welington Bispo disse...

Não sei aonde que Açailandia é linda

Anônimo disse...

Açailândia é um municipio realmente muito compromissor, onde a economia é muito forte.
Mas ainda tem varios obstaculos a serem vencidos.
Eu discordo onde diz que a politica fez com que se desenvolvesse, porque Açailandia vive o mesmo problema que o maranhao estamos travado a uma unia gestão.

Anônimo disse...

Concordo Açailandia está acorrentada com esta gestão.
Se fosse uma gestão de qualidade q trabalhasse em prol do desenvolvimento do municipio aí sim a Açailandia jah estava muito bem adiantada.
Só q uma prova de que o municipio será metropole do futuro é a construção do 1º shopping center,q será um moderno shopping do grupo Urbia.

Fernando disse...

Sim, concordo que açailandia é um municipio muito promissor, que tem muita fonte de renda e que pode sim ser uma metropole no futuro. Mais descordor que seja uma cidade bonita,e que o prefeito tenha colaborado para seu sucesso.

Açailandia foi uma cidade que começou a ser urbanizada de maneira desenfreada. Ai o motivo da desorganização sem nenhum planejamento,Mais se os nosos governantes trabalharem elas podera sim ñ so ser rica mais linda amo minha cidade.

ah gostaria de falar tambem dos lugares de lazer a prefeitura deveria tomar contar dos banhos e melhorar os pontos turisticos para ter uma destração na cidade presevem esse lugar que açailandia pode muito

Welington Bispo disse...

Lugar terrível é Açailândia e todo maranhão, falta muito pra ser um bom lugar a maioria dos maranhenses não conhecem outros estados e julgam que o Maranhão e Açailândia são lugares normais para se viver mas não é não

robson soares disse...

muito bom gostei das fotos da minha cidade natal onde nasci e cresci hj nao moro mais ai mas tenho ela no meu coração, se algum dia algum politico disser q açailandia e a cidade progresso por causa deles,isso ementira e por causa da população, pq nos açailandenses sofremos com tantas mentiras e promessas, amo esssa cidade de coração

Anônimo disse...

alguem postou ai "nao sei aonde que açailandia e linda" quero te dizer meu caro amigo que essa cidade e bem mais linda q vc, os proprios açailandenses nao se valorizam e nem a cidade todos por si,quem e a culpa de q ildemar rouba? ele e um grande ladrão e deudete tb haaa acredito nessa cidade um dia o povo sofredor vai vencer.