O navio cargueiro Triumph ancorou ontem nas proximidades do Complexo Portuário de São Luís (CPSL) trazendo uma plataforma de petróleo para a OGX Petróleo e Gás, que será utilizada em operações na Bacia Pará-Maranhão. Trata-se da plataforma Ocean Scepter, com capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 metros.
A OGX divulgou a contratação da Ocean Scepter, que pertence à empresa Diamond Offshore, em maio deste ano. De acordo com a OGX, trata-se de uma plataforma ideal para perfurações em lâminas d'água como a da bacia do Pará-Maranhão, que é considerada nova fronteira do setor de petróleo e gás e apresenta modelo geológico similar ao de Gana (Oeste da África), onde descobertas significativas foram realizadas recentemente, segundo a empresa.
A plataforma, primeiramente, vai passar por um período de manutenção. De acordo com a Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), o equipamento ficará fundeado (ancorado) na chamada Área 7, nas imediações do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM/Vale). A OGX ainda não divulgou a data e o horário do desembarque da plataforma. Fontes no setor portuário informaram que a operação deve ocorrer ainda hoje.
Para desembarcar a plataforma do convés do cargueiro, será realizada uma operação complexa. O navio, com 150 mil toneladas de peso bruto, 217 metros de comprimento, 45 metros de largura e 10,9 metros de calado, vai inundar os porões com água até que o convés fique submerso. Dessa forma, a plataforma poderá flutuar e, com auxílio de barcos rebocadores, será manobrada para um ponto fixo da baía. Em seguida, o cargueiro poderá voltar à tona e seguir viagem.
Bacia – De acordo com informações do portal eletrônico da OGX, a Bacia do Pará-Maranhão possui uma área sedimentar total de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados (km²). Atualmente, a empresa tem direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios na região, cobrindo uma área total de 960 km².
Ainda segundo a OGX, atividades anteriores de perfuração em áreas próximas a três dos blocos da empresa indicaram a presença de petróleo leve na região. Tendo por base as informações originadas do Relatório de Recursos Potenciais elaborado pela DeGolyer & MacNaughton, em setembro de 2009, os recursos potenciais riscados líquidos nos blocos da Bacia do Pará-Maranhão são estimados em média de 447 milhões de barris de óleo equivalente (BOE), considerando uma probabilidade média de sucesso de 21,3%.
Para o secretário estadual de Indústria e Comércio (Sinc), Maurício Macedo, a nova campanha a ser realizada pela OGX é uma conseqüência natural dos projetos e pesquisas que a empresa tem feito no Maranhão.
“É mais do que natural nesse momento, em que a OGX obteve resultados positivos em bacia terrestre, que também intensifique suas pesquisas na plataforma marítima, vislumbrando, quem sabe, uma nova grande reserva de petróleo e gás em nosso litoral”, declarou Macedo, referindo-se à descoberta de reserva de gás natural em Capinzal do Norte, com potencial estimado em 15 trilhões de m³ de pés cúbicos, o que fará do estado um dos maiores produtores de gás no mundo.
“É mais do que natural nesse momento, em que a OGX obteve resultados positivos em bacia terrestre, que também intensifique suas pesquisas na plataforma marítima, vislumbrando, quem sabe, uma nova grande reserva de petróleo e gás em nosso litoral”, declarou Macedo, referindo-se à descoberta de reserva de gás natural em Capinzal do Norte, com potencial estimado em 15 trilhões de m³ de pés cúbicos, o que fará do estado um dos maiores produtores de gás no mundo.
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