Mapa do gás no Maranhão
O potencial da Bacia do Parnaíba, nova fronteira de gás e petróleo do Brasil, descoberta no Maranhão, será explorado também pela Petrobras. A empresa recebeu da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) licenças de instalação e de operação para realizar pesquisa sísmica em 2D (duas dimensões) no bloco BT-PN-3.
A pesquisa abrangerá 15 municípios, entre eles Capinzal do Norte, onde recentemente a OGX encontrou uma grande reserva de gás natural, estimada em 15 trilhões de pés cúbicos.
A pesquisa sísmica da Petrobras se estenderá aos municípios de Codó, Dom Pedro, Gonçalves Dias, Governador Archer, Governador Eugênio Barros, Governador Luiz Rocha, Graça Aranha, Presidente Dutra, Santa Filomena do Maranhão, São Domingos do Maranhão, São João do Sóter, São José dos Basílios, Senador Alexandre Costa e Tuntum.
O pedido de licenciamento havia sido solicitado pela Petrobras em meados de abril deste ano e no último dia 16 de agosto foi autorizado pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Washington Rio Branco, após passar por rigorosa e criteriosa análise de documentos e dos possíveis impactos ambientais da atividade na região.
“Todos os pedidos de licenciamento ligados às atividades de pesquisa e exploração de petróleo e gás no Maranhão estão sendo analisados de forma responsável, com a devida austeridade”, afirma o secretário Washington Rio Branco, ao informar que na emissão das licenças constam recomendações, condicionantes e exigências que deverão ser cumpridas pela Petrobras.
Embora a Petrobras não tenha se manifestado sobre a obtenção do licenciamento, ao justificar “período de silêncio legal”, extraoficialmente há informações de que a pesquisa sísmica seja iniciada ainda este ano.
O bloco BT-PN-3 foi arrematado pela Petrobras, em consórcio com as empresas Vale e Devon Energy (companhia americana), pelo valor de R$ 201 mil na 9ª Rodada de Licitação de blocos exploratórios de petróleo e gás natural, realizada em novembro de 2007, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O contrato de concessão da área foi assinado em março de 2008, com vigência de seis anos para fase de exploração 27 anos para a etapa de produção.
A Bacia do Parnaíba integra as ações do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP (2007/2011). Desde 2008, o órgão investiu R$ 6,3 milhões em levantamento geoquímico na região.
Investimentos que estão sendo intensificados agora pela Petrobras e também pela própria OGX, motivada pela descoberta de gás natural em Capinzal do Norte. A empresa, pertencente ao empresário Eike Batista, deverá elevar o número de poços a serem perfurados, de sete para 15 e realizar novos levantamentos sísmicos em 2D e 3D na região.
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