O Maranhão superou as metas na educação, propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para serem alcançadas em 2009, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado, na nesta segunda-feira (5). Os índices educacionais demonstraram avanço na qualidade da educação em todas as etapas da Educação Básica.
Para o secretário de Estado de Educação do Maranhão, Anselmo Raposo, os números do Ideb, demonstram que, a cada ano, o ensino do Maranhão avança em qualidade.
Os números do Ideb, no Maranhão, superam as expectativas do MEC para 2011. Em 2009, os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental alcançaram a média no Ideb de 3,9. O estado ultrapassou a meta para o ano de 2009, de 3,3, e a projeção para 2011, que era de 3,7.
A mesma constante foi seguida pelos estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, que obtiveram média 3,6, quando a meta era de 3,2 para 2009 e de 3,5 para 2011. O Ensino Médio, acompanhando o desenvolvimento da educação estadual, também superou o esperado e alcançou média de 3,2, ficando acima da projeção que era de 2,9 para 2009 e de 3,0 para 2011.
Segundo os resultados da Prova Brasil/Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), as escolas da Rede Estadual de Ensino também avançaram em todos os níveis da Educação Básica. A meta para 2009 nas séries iniciais do Ensino Fundamental era de 3,6 e o resultado foi a média 4,0, alcançando a meta de 2011. Nas séries finais (5ª a 8ª série/ 9º ano), os alunos da rede obtiveram 3,6, quando a meta era de 3,4. No Ensino Médio, a projeção era de 2,6, e os estudantes alcançaram a média de 3,0.
No Maranhão, de acordo com a Supervisão de Avaliação Educacional (Suave), foram avaliadas, em 2009, 3.098 escolas, 213.399 alunos nos 217 municípios, incluindo zona rural.
“A meta do Estado é alcançar a média 5,1 até 2020, e a cada ano estamos superando as metas estabelecidas pelo MEC. Isso mostra que a educação está sendo bem gerida, e que poderemos alcançar em 4 anos uma meta que seria para dez anos”, disse Anselmo Raposo.
O que o Ideb
O Ideb foi criado em 2005 pelo MEC para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O índice utiliza escala de zero a dez pontos e é medido a cada dois anos. O objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, chegue à nota seis em 2021 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil e Saeb.
A Prova Brasil é um teste de Leitura e Matemática para turmas de quarta e oitava séries (ou quinto e nono anos) do Ensino Fundamental. Os alunos do ensino médio fazem o Saeb, avaliação por amostra, que também indica habilidades em Língua portuguesa e matemática. No ano passado, as avaliações foram aplicadas a 2,5 milhões de alunos da quarta série (quinto ano), 2 milhões da oitava série (nono ano) e 56 mil do ensino médio.
Ideb mostra que 24% dos municípios estão abaixo da meta na 8ª série
Na 4ª série, cerca de 15% tiveram resultado negativo.
Mesma situação ocorre em RR, PI, SE, ES e RJ no ensino médio.
Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira (5) mostram que, apesar da melhoria do país nos resultados, 24% dos municípios ficaram abaixo da meta estipulada para 2009. As notas se referem aos anos finais do ensino fundamental, que equivale à 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª (1º ao 5º ano) série, foram 15% das cidades.
No total, 5.404 municípios tiveram nota computada no Ideb na 4ª série. Nos anos finais, foram 5.450 municípios, segundos os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Parte dos municípios analisados pelo instituto ficou sem nota por não ter atingido quantidade suficiente de amostras para o cálculo.
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Entre os municípios com as piores notas no Ideb 2009 na 4ª série estão cinco cidades da Bahia, duas do Piauí, duas da Paraíba e uma do Pará. A pior nota foi de Apuarema, na Bahia, com 0,5. A meta da cidade era 2,6. Em 2005, o município teve 2,1 e em 2007 teve 2,7. O Ideb é calculado a cada dois anos.
Na 8ª série, as piores notas foram registradas em cinco cidades da Bahia, três do Rio Grande do Norte, duas de Alagoas, uma da Paraíba, uma do Maranhão e uma de Sergipe. A nota mais baixa foi de Jardim de Angicos, no Rio Grande do Norte, que teve 1,6. A meta do governo federal para a cidade em 2021 é 4,6, enquanto a do Brasil é 5,5.
Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro concentram os 20 municípios com as melhores notas no ensino fundamental. A melhor nota da 4ª série é de Dois Lajeados, no Rio Grande do Sul, com 7,3, e na 8ª série é de Jeriquara, em São Paulo, com 6,6.
Ensino médio
No ensino médio, o estudo aponta que Roraima, Piauí, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro tiveram resultado negativo com relação às metas estipuladas para 2009. Os outros estados atingiram a meta ou superaram a nota. A pior nota estadual é a do Piauí, que atingiu a nota 3, e cuja meta era 3,1. Em 2005 e 2007, o estado atingiu 2,9. A escala vai de 0 a 10.
A meta do governo federal para o país no ensino médio em 2021 é chegar a 5,2. A nota de países desenvolvidos é 6. O estado com a melhor nota nesse ciclo foi o Paraná, com 4,2, que superou a meta para 2009 em 0,5 ponto.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, todos os estados superaram as metas do governo. Nos anos finais, Rondônia, Pará e Amapá ficaram abaixo da meta. O ensino médio foi o ciclo educacional com pior desempenho no país, segundo os dados do Ideb. A situação é preocupante, de acordo com especialistas em educação.
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