sábado, 26 de junho de 2010

Cazumbá maior grupo maranhense de teatro e dança abre turnê no estado de São Paulo

Grupo Cazumbá do Maranhão

Petrobras traz ao público de São Paulo tradição e arte do grupo maranhense de teatro e dança Cazumbá.

Temporada, que inclui apresentações e debates em Campinas e Santos, começa dia 10 de maio no Teatro Gazeta, com o “Auto do Bumba-meu-boi” e “Bogi-Buá” Patrocinada pela Petrobras, a consagrada Companhia Cazumbá de Teatro e Dança, do Maranhão, começa nos dias 10 e 11 de maio (terça e quarta-feiras próximas), no Teatro Gazeta (Avenida Paulista, 900), turnê pelo estado de São Paulo. A minitemporada paulista inclui apresentações em Campinas e Santos.

Com mais de 30 anos de existência, o grupo dirigido pelo teatrólogo Américo Azevedo Neto traz ao público paulista dois espetáculos baseados no folclore maranhense, com amplo trabalho de pesquisa, mas sem compromisso de ser mera reprodução das manifestações folclóricas regionais.

O primeiro é o Auto do Bumba-meu-boi, dança-folguedo maranhense que tem como um de seus principais personagens a figura folclórica que deu nome ao grupo teatral. O Cazumbá é justamente a criatura de outro mundo, que vaga pela noite fazendo travessuras, mas que abandona suas características sombrias para louvar aos santos no mês de junho, principalmente São João.

No espetáculo Auto do Bumba-meu-boi, a Cia. Cazumbá aborda uma das passagens da brincadeira que, com o passar do tempo, está ficando à margem da apresentação nas festas juninas maranhenses. É o momento do folguedo que encena o desejo de Catirina de comer a língua do boi mais bonito da fazenda onde seu marido (Pai Francisco) é vaqueiro e escravo.

O segundo espetáculo, Bogi-Buá, reúne oito danças populares que sofreram a influência das culturas africana, indígena e branca: Bambaê, Pajelança, Pela Porco, Baralho, Baile de São Gonçalo, Tambor de Crioula, Caroço e Tambor de Mina. Algumas delas já não são mais praticadas, o que faz do Bogi-Buá uma referência de resgate de determinadas manifestações (caso do Bambaê e do Tambor da Mina).

Formado por 39 integrantes, entre diretoria, bailarinos, músicos e assistentes, o grupo Cazumbá já se apresentou em quase todas as capitais brasileiras, no Festival de Dança de Lyon, na França, e na Bélgica.

Apesar de ter o folclore como matéria-prima, a companhia enfatiza seu compromisso primeiro com a dança e o teatro, que relêem as manifestações folclóricas e populares.

O debate em torno de se fazer ou não folclore levou o grupo a pensar nos espetáculos-debate. “Antes de encerrarmos a carreira dos espetáculos, achamos por bem discuti-los”, relembra Azevedo Neto. “Temos consciência de que não só não fazemos folclore, como tentamos formatar uma dança que, tendo raiz popular, é elaborada, requintada e busca ter uma postura eminentemente teatral”.
Com o patrocínio da Petrobras, os espetáculos-debate tiveram início no ano passado e foram realizados em diversas universidades, principalmente em cursos de Ciências Sociais, História e Educação Artística. O objetivo é discutir a dança nacional. “Não debatemos apenas o boi maranhense, mas o boi nacional. Não vamos conversar em Goiás apenas sobre Tambor de Crioula, mas principalmente sobre Cavalhadas, Procissão dos Mortos, Catiras etc. Vamos discutir Cordão de Bichos em Tatuí. E, no interior de Minas e São Paulo, discutimos Congadas, Ternos de Reis e Caiapós”, diz Américo Azevedo Neto.

Pesquisa – Mesmo com a vasta experiência na área cultural, o diretor Américo Azevedo Neto tem energia suficiente para se aventurar em viagens pelas pequenas cidades do interior do Maranhão, onde encontra parte das raízes das manifestações, em histórias contadas por idosos e ex-dançantes das brincadeiras mostradas nos dois espetáculos. É daí que o diretor cria as coreografias ou faz os devidos acréscimos para uma apresentação “estilizada”.
Américo destaca que as coreografias não têm a mínima preocupação com o original. “Não fazemos folclore, fazemos teatro. Se nos preocupamos com a verdade cultural das manifestações refeitas, não é pela vontade de mantê-las vivas, mas para saber tratá-las com honestidade, quando são retiradas de seus canteiros naturais e transportadas para os jardins sofisticados dos palcos”, compara o teatrólogo e diretor dos espetáculos.

Além da vibrante coreografia, o criativo figurino dá ao Bogi-Buá e ao Auto do Bumba-meu-boi a qualidade plástica equivalente à de grandes espetáculos nacionalmente consagrados.

Calendário da turnê paulista da Companhia maranhense Cazumbá:

São Paulo, capital
10, 11, 17, 18, 24 e 25 de maio, às 20h30

Teatro Gazeta (716 lugares) - Avenida Paulista, 900
19 e 20 de maio

Espaço Cachuera (120 lugares) – Rua Monte Alegre, Perdizes, horário a confirmar

Campinas
13 de maio, às 12h (com debate às 12h40)
Casa do Lago, Unicamp (150 a 200 pessoas)
14 e 15 de maio, às 20h

Teatro Municipal Castro Mendes (817 lugares) – Praça Correa de Lemos, s/ nº - Vila Industrial

Santos
21e 22 de maio, às 20h

Teatro Municipal Brás Cubas (544 lugares) – Avenida Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias

Crédito da matéria: Raquel de Freitas/Ana Cristina Machado

Cultura popular maranhense em festa na cidade maravilhosa
Conheça o Grupo de teatro e dança Cazumbá
Cazumbeira I
 
Cazumbeira II
 
Cazumbeira III
 
Cazumbeira IV

O grupo maranhense de teatro e dança Cazumbá está comemorando a marca de 1.000 apresentações realizadas em turnês pelo Brasil. Nos dias 6, 7 e 8 de novembro, no Circo Voador, a companhia vai quebrar um jejum de dez anos de Rio de Janeiro, com um novo espetáculo: “Cazumbeira”. A cada dia haverá a participação especial dos grupos Orquestra Popular Céu da Terra, na segunda-feira, do Bloco Quizomba, na terça, e do Rio Maracatu, na quarta.
O “Cazumbeira”, segundo seu criador, coreógrafo e diretor Américo Azevedo Neto, é a reunião de dois espetáculos já montados pela Cia. e que, em 2007, voltarão a ser apresentados separadamente: “Bogi Buá” e “Auto do Bumba-meu-boi” - divididos em dois atos, alternando 21 dançarinos e 11 músicos.
“Nosso trabalho é dirigido para o palco. Nossa preocupação com a verdade cultural do fato folclórico, acaba ao final da pesquisa. A partir daí obedecemos exclusivamente ao teatro sem, no entanto, agredirmos nem nos distanciarmos da manifestação popular”, resume ele.
Na primeira parte, o grupo apresenta sua adaptação para o palco de sete danças folclóricas: o tambor de mina e o tambor de crioula; a pajelança, o bambaê, o pela porco, a dança do caroço e o baile de São Gonçalo. No segundo ato são mostradas as coreografias do Auto do Bumba-meu-boi.
A Cia. Cazumbá, criada há 33 anos, já percorreu todo o país com seus espetáculos baseados nas danças populares do Maranhão. Em 1996 a Cia. se apresentou na 7º Bienal da Dança em Lyon, na França, e há três anos conta com o patrocínio da Petrobrás.
O Zanzar, outro grupo que alia a música ao teatro, fará os shows de abertura no Circo Voador. Seus 14 bailarinos e músicos realizam um trabalho de pesquisa de danças e folguedos populares brasileiros.
SERVIÇO
Cia. Cazumbá – Espetáculo “Cazumbeira”
E-mail: cia.cazumba@globo.com

Datas: 6, 7 e 8 de novembro (2ª, 3ª e 4ª feira)
Horário: 19h30m
Local: Circo Voador
End: Arcos da Lapa, s/nº - Lapa – telefone: (21) 2533-5874
Preço: R$ 16,00 e R$ 8,00 (meia entrada para estudantes e idosos).
Show de abertura: Grupo Zanzar
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS DANÇAS APRESENTADAS PELA CIA. CAZUMBÁ:
Pajelança – Originariamente é uma religião indígena brasileira. É uma cerimônia solene, grave e singularmente pitoresca.
Bambaê – Dança rural já desaparecida. Dança alegre, forte e vibrante surgida no seio de populações já miscigenadas.
Pela Porco – Dança de salão assimilada, a exemplo da quadrilha, pelas populações rurais. Praticamente já desaparecida. Ritmo dolente e romântico. A dança é suave e a melodia é doce. É uma dança eminentemente branca.
Dança do Caroço – Dança alegre e cômica. Há um clima de quase molecagem. Inteiramente descontraída é de grande poder de comunicação. Ritmo forte e estimulante. Utiliza o improviso; alguns deles, pela comicidade, firmaram-se na memória, como, por exemplo, o Maribondo.
Baile de São Gonçalo – Dança branca de intenção religiosa. Solene e circunspecta, chega a tornar-se cômica. Em alguns municípios ainda resiste, embora profundamente alterada.
Tambor de Mina - Versão maranhense da religião africana disseminada em todo o Brasil. Dança de cunho religioso, de ritmo fortíssimo e grande efeito visual.
Tambor de Crioula – Dança negra que os escravos a utilizavam nos finais do século XIX, tanto como diversão quanto como exercício de luta. Alegre, de ritmo fogoso e contagiante.

3 comentários:

Karina disse...

MEU NOME É KARINA,FUI BAILARINA DO GRUPO,FAZIA MÃE DOCA.SAUDADES DO GRUPO.ERA LINDOOOOOOO

Anônimo disse...

SE NAO FOSSE A MA ADMINISTRAÇAO DO SR. AMERICO AZEVEDO O CAZUBA HOJE SERIA O MAIOR GRUPO DE TEATRO E DANÇA DO MARANHAO. MAIS E ASIM " DEUS DA ASA PARA QUE NAO SABE VOAR"....FICA O MEU MAIS E CINSERO COMENTARIA......

Anônimo disse...

Americo devia ter quitado toda a divida com a cia. e com os musicos que eram tão bons quanto o corpo de bailarinos. mais ele não valorizava e nem dava crdts a quem devia. ele foi presunçoso, ambicioso,falso sonhador e que fez todos ali sonharem. que poxa que acabou!