terça-feira, 22 de junho de 2010

Aumento da movimentação de contêineres é discutido no Itaqui


O Porto do Itaqui está entre os portos brasileiros que podem operar com um maior volume na cabotagem de contêiner. O porto passa por readequações físicas, como dragagem, recomposição de cais e adoção de novos procedimentos de atracação visando também à criação de escalas que possam atrair o transporte de outras cargas em condições favoráveis. As informações são da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui.
A promoção do transporte marítimo entre os portos nacionais é o objetivo do Projeto de Incentivo à Cabotagem (PIC), da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), que enviou um representante a São Luís na semana passada para falar do assunto à comunidade portuária e ao empresariado maranhense. O encontro ocorreu no auditório da Emap.

"A economia do Maranhão está crescendo e as cargas possíveis de serem embarcadas estão começando a demandar o Porto do Itaqui. Daí a necessidade de estabelecermos uma linha de contêineres", explicou o diretor de planejamento da Emap, Daniel Vinent.

A matriz de transporte brasileiro conta hoje com 65% de participação da modalidade rodoviário. Comparativamente ao transporte marítimo, é mais caro e causa maior prejuízo ao meio ambiente, emitindo 10 vezes mais CO2 na atmosfera.

"Temos mais de 8,5 mil quilômetros de costa e 32 portos públicos em apenas em 12 deles ocorre a navegação de cabotagem", explicou Paulo Ho, assessor da SEP, que apresentou o projeto no Porto do Itaqui.

A cabotagem, como explicou Ho, depende de infra-estrutura portuária, tecnologia e gestão. Daí porque o governo federal está discutindo a proposta do Projeto de Incentivo à Cabotagem em todo o país com o objetivo de transformá-lo em uma ação nacional.

Mais

O transporte de carga em contêineres é uma tendência mundial devido a sua praticidade e possibilidade de fracionamento de carga. No Maranhão é vantagem em relação às cargas que viajam pelo modal ferroviário, já que o estado ainda não conta com uma ligação até o Sudeste do país por esse meio de transporte. Em contrapeso ao modal rodoviário, o transporte marítimo torna-se mais seguro, com a redução de riscos de incidentes (acidentes, roubo de carga), comuns nas estradas brasileiras.

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