Trata-se de um amplo investimento rodoviário, ligando todos os municípios envolvidos na produção, principalmente da soja.
Governadora anuncia projeto rodoviário para escoamento da produção de grãos de cidades do Sul do Maranhão
Ao participar, ontem, da solenidade de abertura da Agrobalsas, a governadora Roseana Sarney anunciou que topa o desafio de facilitar o escoamento da produção de grãos do sul do estado e disse que o grande projeto para atender a esta expectativa dos agricultores da região será a construção do Anel Rodoviário.
Acompanhada do vice, João Alberto, e do senador Edison Lobão, além de secretários do governo, a governadora chegou à Fazenda Sol Nascente, local de realização do evento, por volta das 18h30. Ele percorreu todo o parque e disse que o empenho da comunidade agrícola do município em realizar este evento demonstra a disposição de luta dos maranhenses que ali residem e dos brasileiros que vieram de outras regiões para promover o desenvolvimento do Maranhão.
Roseana recordou que quando assumiu pela primeira vez o governo do estado a produção de soja em Balsas e municípios vizinhos era de pouco mais de 50 mil toneladas, entretanto este ano deve ultrapassar a casa de 1,3 milhão de toneladas. Para ela, a proposta do Anel da Soja é uma grande resposta à principal reivindicação dos agricultores com a realização deste evento: a logística. Além do projeto rodoviário, ela disse que o Terminal de Grãos (Tegram), já em fase de análise para ser licitado, vai dar mais segurança aos agricultores de Balsas.
Na Fazenda Sol Nascente estão expondo seus produtos e serviços mais de cem empresas, instituições financeiras, entidades de fomento, órgãos públicos e muitos outros.
Antes da abertura da feira, a governadora participou de duas outras solenidades que vão dinamizar o agronegócio, o de lançamento do Distrito Agroindustrial, num terreno de 150 hectares, e o do Frigorífico Frango Nato, que vai abater 150 mil frangos/dia. O frigorífico vai interagir com outros segmentos da cadeia da soja, principalmente a fabricação de ração.
Nova semente apresentada no AgroBalsas é resistente à ferrugem asiática
Semente resite á ferrugem asiática.
Nova semente é adaptada a regiões de baixa latitude, como a Bahia, Maranhão e Piauí.
A partir da safra 2010/2011 estará disponível para comercialização uma nova cultivar de soja da Embrapa, com resistência parcial à ferrugem asiática. A BRS 7560, lançada no ano passado, vai começar a ser plantada em cultivo comercial nesta safra. Para o pesquisador da Embrapa Cerrados — unidade da Embrapa localizada em Planaltina (DF) — Austeclínio de Farias Neto, a cultivar tem grande potencial na luta contra a doença que gerou prejuízo de US$ 1,74 bilhões na safra 2008/2009, segundo o Consórcio Antiferrugem. “A principal vantagem dessa cultivar é que ela apresenta uma boa resistência à ferrugem. Em contato com a ferrugem, a planta desenvolve um tipo de lesão de resistência, em que quase não há esporulação do fungo”, frisa Austeclínio, que atuou na pesquisa de desenvolvimento da cultivar.
Como consequência, a BRS 7560 apresenta menores danos e perdas de rendimento diante da doença. Devido a essa característica, a cultivar tem mais estabilidade de produção em situações de presença da doença, especialmente quando as condições climáticas não permitem que fungicida seja aplicado no momento mais propício.
Com a BRS 7560, o produtor não deixa de usar o produto, mas há uma redução do número de aplicações. Outra vantagem é que a cultivar tem ciclo precoce e é bem adaptada à região do Cerrado.
Para o plantio na safra 2010/2011, também chegam ao mercado outras duas cultivares da Embrapa: BRS Juliana e BRS Gisele. Ambas são transgênicas, possuem boa resistência a nematóide de galha e são bem adaptadas a regiões de baixa latitude, como a Bahia, Maranhão e Piauí. Segundo Austeclínio, as duas têm o ciclo tardio, com grau de maturidade em torno de 9.0. “Temos boas perspectivas de que elas sejam bem plantadas na região”, enfatiza o pesquisador.
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