O Orçamento Geral da União reservou R$ 1,1 bilhão - 1,9% do total de R$ 58,1 bilhões - para investimentos no Maranhão em 2010. O estado é o 12º no ranking das unidades da federação mais beneficiadas com recursos este ano por parte da União junto com Distrito Federal e Santa Catarina. O Ministério de Minas e Energia, comandado pelo senador Edison Lobão, é o órgão com a segunda maior despesa prevista para os próximos 12 meses: R$ 94,6 bilhões. Entre entes públicos federais perde apenas para o Ministério da Previdência Social (R$ 258,4 bilhões).
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), assinou ontem mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhando o projeto de lei do Orçamento para 2010, aprovado pelo Congresso Nacional na noite do dia 22 de dezembro. Sarney rubricou as oito páginas iniciais da redação final da proposta, composta por sete anexos, 17 quadros e milhares de páginas, as quais detalham todos os projetos e programas que receberão verbas federais neste ano. Os anexos já estão na internet e os volumes com as emendas dos parlamentares deverão ser divulgados nas próximas horas.
O presidente da República terá 15 dias úteis para sancionar a proposta, transformando-a em lei. Nesse período, técnicos do Ministério do Planejamento examinarão as emendas que os deputados e senadores fizeram no projeto original do governo, podendo fazer recomendações de veto à Presidência da República. Assim que for sancionado, Lula também deve assinar decreto estabelecendo contingenciamento de vários gastos, exceto pagamentos de salários, juros e outros itens que não podem sofrer atrasos. Após alguns meses, e com a confirmação das receitas previstas, o governo deverá liberar gradualmente os gastos contingenciados, como é de praxe.
O projeto orçamentário para 2010 foi aprovado no fim da noite do dia 22 de dezembro, poucos minutos antes do início do recesso parlamentar de fim de ano. Até então, não havia acordo partidário sobre o relatório final do relator-geral, deputado Geraldo Magela (PT-DF). O Democratas discordou da decisão do relator de usar cerca de R$ 2,4 bilhões em emendas próprias, beneficiando vários projetos. Para evitar que a votação ficasse para fevereiro próximo, o governo concordou que o dinheiro das emendas do relator-geral fosse redistribuído com as bancadas parlamentares, beneficiando projetos de interesse dos 27 estados.
Acordo - Quando os consultores do Congresso estavam fazendo a redação final do projeto, o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), acusou o relator Geraldo Magela de não cumprir integralmente o acordo e chegou a pedir ao senador José Sarney que não enviasse o projeto ao presidente Lula. O deputado Gilmar Machado (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso, negociou com o relator-geral, que então concordou em abrir mão de quase todas suas emendas de investimento.
Geraldo Magela disse, em entrevista à imprensa, que a exigência do DEM estava retirando do orçamento R$ 1,8 bilhão destinado a vários projetos de infra-estrutura nas cidades que vão receber jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Entretanto, ele admitiu que o problema será contornado pelo governo com o remanejamento de recursos dentro do próprio orçamento. Os consultores gastaram dezenas de horas para adaptar o projeto aos termos do acordo e, por isso, só agora a redação final chegou à Secretaria do Congresso.
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