A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui, vai reunir representantes do setor público, empresários e entidades de classe ligadas à agricultura para apresentar o projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), orçado em R$ 300 milhões. O empreendimento promete ser a solução em logística para a exportação de grãos e deve triplicar a movimentação do porto quando estiver em plena capacidade operacional, estimada para 2012, atingindo o patamar de 15 milhões de toneladas por ano. O evento será no auditório da Emap, nesta terça-feira, às 9h.
A reunião será conduzida pelo presidente da Emap, Hermes Luís Ferreira, auxiliado pelo diretor de planejamento e desenvolvimento do porto, Daniel Vinent. Para Ferreira, o Tegram é um projeto cuja importância ultrapassa as divisas do estado do Maranhão, ampliando a hinterlândia (região de influência geoeconômica) do Porto do Itaqui, onde o agronegócio encontrará o escoamento natural de sua produção, tornando-o de extrema relevância para a economia do país.
Previsto para entrar em operação em 2012, o Tegram mudará o eixo de exportação de grãos no Brasil. A implantação do projeto deve evoluir conforme a demanda, ou seja, de acordo com o crescimento de cargas, o que acarretará na necessidade de ampliação dos investimentos. Por esta razão, o projeto atualmente desenvolvido tem caráter estruturante, para garantir de forma sustentada e previsível o crescimento da infra-estrutura.
O projeto prevê uma capacidade final de atendimento de 15 milhões de toneladas de grãos e farelo e sua implementação está prevista para ser realizada em três fases dentro da área do Porto do Itaqui. Para a primeira fase, a autoridade portuária (Emap) disponibilizará, inicialmente, um terreno de cerca de 100 mil m² para instalar os armazéns e a infra-estrutura de recepção rodoviária.
A Ferrovia Norte-Sul (FSN) será utilizada no transporte de um gigantesco volume de grãos para o Porto do Itaqui. A linha férrea se interconectará com os armazéns através do sistema de recepção ferroviária para, posteriormente, ser expedido por correias transportadoras rumo ao navio, que atracará no berço 103, onde a profundidade será de 15 m.
Na segunda fase, que se antecipará a um processo de aumento de demanda, prevê o encaminhamento de correias transportadoras rumo ao berço 100, atualmente em construção e, ao mesmo tempo, a possibilidade de se construir novos armazéns em terreno dentro dos limites da Emap, integrados à área industrial e interligado ao sistema existente de expedição. Novos sistemas de recepção ferroviária poderão ser acomodados dentro desta área.
Novidade
Na terceira fase de implantação do Tegram, o processo de escoamento da produção de grãos será executado num novo píer, chamado de berço 99, localizado na porção sul do Porto do Itaqui. O projeto desse novo atracadouro, além do berço 100, até então, não havia sido divulgado pela Emap. A empresa não revelou mais detalhes do empreendimento, mas adiantou que o desenvolvimento do porto vai depender da demanda de serviços e do volume de cargas.
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