domingo, 4 de janeiro de 2009

Maranhenses Ilustres - Celso Antonio Silveira de Menezes


CELSO ANTONIO SILVEIRA DE MENEZES

Inicio esta série de matérias com Maranhenses Ilustres, destacando um dos maiores escultores do modernismo brasileiro, nasceu no dia 13 de julho de 1896 em Caxias. Aos 16 anos parte rumo ao Rio de Janeiro para estudar no curso de Desenho na antiga Escola Nacional de Belas Artes, através de uma bolsa de estudos concedida pelo então governador do Maranhão, Urbano Santos.
Uma vez na cidade maravilhosa passa a freqüentar o ateliê do escultor Rodolfo Bernadelli, localizado no bairro do Leme e inicia a produção de suas primeiras esculturas, despertando o interesse no meio artístico e lhe rendendo alguns prêmios. Por conta disso recebe outra bolsa de estudos, desta vez do governador Godofredo Viana que o envia a Paris em 1923. Lá passa a freqüentar a Académie de La Grande Chaumiere e torna-se discípulo e, em seguida, auxiliar de Antoine Bourdelle, grande nome da escultura contemporânea.
Retorna ao Brasil em 1926, fixando residência em São Paulo. Por indicação de Di Cavalcanti esculpe o Monumento ao Café, situado na Praça Pará, em Campinas. Elabora as esculturas do presidente do Estado, Carlos de Campos e da Lídia Piza Rangel Moreira, no Cemitério da Consolação. Em 1930 vai morar no Rio de Janeiro convidado por seu companheiro de escola Lúcio Costa para lecionar na cadeira de Estatuária na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1934 foi professor do Instituto de Artes da antiga Universidade do Distrito Federal, juntamente com Cândido Portinari que ali lecionava pintura. Em 1940 executa em pedra a escultura Moça Reclinada para os jardins suspensos do gabinete no antigo Ministério da Educação e Saúde (MEC). Nesse período também executa a obra Maternidade que se encontra na praia do Botafogo.
Por solicitação do então ministro do Trabalho Honório Monteiro, esculpiu a estátua do Trabalhador Brasileiro, personificando na obra a força e a raça do homem brasileiro, idealizado por ele através de um negro. A obra, no entanto não agradou o público e foi esquecida por mais de 20 anos em depósito, tendo sida colocada muito tempo depois num pedestal no Horto Florestal, no bairro do Barreto em Niterói (RJ).
Morreu em 1985. Quatro anos depois o escritor Otto Lara Resende (1922 – 992) divulgou um manifesto que reclamava o reconhecimento de Celso Antônio de Menezes, tido por ele e por muitos outros como um artista de singular valor. “Celso Antônio, tendo vivido e trabalhado num momento de renovação cultural em todas as frentes, foi um grande artista inovador. (...) o grande artista teve ao seu lado as melhores inteligências e sensibilidades do seu tempo. (...) Tudo o que se fizer em favor de Celso Antônio, a partir de agora, é justo e oportuno. Chega tarde, mas ainda chega a tempo de saldar uma dívida que o Brasil tem para com esse extraordinário artista”.

Em Tempo:

Essa foto que aparece no corpo deste texto, é de uma das esculturas desse caxiense genial que muitos brasileiros ainda não conhecem a sua vasta obra. Uma curiosidade sobre Celso Antonio: comenta-se que a atriz Glória Menzes, seja sua filha. A verdade é que existe um certo mistério envolvendo o nome do pai dessa atriz.

Veja também:  Glória Menezes fala do seu pai e revela no programa do Jô suas raízes maranhenses http://maranhaomaravilha.blogspot.com/2010/08/gloria-menezes-revela-no-programa-do-jo.html 

Um comentário:

Anônimo disse...

Ok tudo que sei sobre Celso Antonio e que foi casado com Leonor Tommasi com quem teve um única filha,Sandra.
Apos morarem em Paris separaram -se e segundo Leonor,minha querida e amada avo,Celso nunca mais se casou ou teve filhos.