sexta-feira, 2 de setembro de 2016

China assina acordo com Temer para construção de siderúrgica e um terminal portuário de multicargas no Maranhão

Chineses pretendem investir R$ 9,75 bilhões em siderurgia no Maranhão

Também foi assinado acordo para investimento no terminal multicargas de uso privado em São Luís

Por: Da Redação
Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press
Foto: Local onde a Refinaria Premium I seria instalada no município de Bacabeira - MA
O ministro de Relações Exteriores, José Serra, confirmou, nesta sexta-feira, que investidores chineses pretendem investir ao menos 3 bilhões de dólares em um projeto de produção de aço a ser construído no Maranhão.
Em comunicado distribuído pela comitiva do ministro, que participa da viagem do presidente Michel Temer à China, o investimento terá como foco a viabilização de projetos siderúrgicos na cidade de Bacabeira, com o objetivo de, somente na primeira fase de operação, produzir 3 milhões de toneladas de aço.
Se confirmado o investimento em Bacabeira, a usina iria iniciar atividade após a abertura neste ano da Companhia Siderúrgica do Pecém, no Ceará. O projeto de 3 milhões de toneladas e iniciado em 2007, contou com investimento de 5,4 bilhões de dólares e tem a mineradora Vale como um dos principais acionistas ao lado das sul-coreanas Dongkuk e Posco.
Até o momento, no entanto, o ministério não informou estimativas para o cronograma do projeto ou que tipo de produto será produzido. O empreendimento, segundo o ministério, será tocado pela China Brazil Xinnenghuan International Investment (CBStell)
São Luís
Também foi assinado acordo entre a China Communication and Construction Company Internacional (CCCC) e o grupo WPR, para investimento no terminal multicargas de uso privado em São Luís. O investimento gira em torno de US$ 460 milhões (R$ 1,5 bilhão) em um terminal multicargas em São Luís.
Investimento na crise
Segundo informações do Instituto Aço Brasil (IABr) que representa os maiores produtores da liga no país, o setor siderúrgico brasileiro vive um quadro de excesso de capacidade, em meio à forte queda na demanda interna gerada pela recessão, que derrubou o consumo de veículos, máquinas e equipamentos e no setor de construção civil. A utilização da capacidade instalada do setor atingiu em julho o menor nível da série histórica, cerca de 77 por cento. O setor acumula queda de 12 por cento na produção de janeiro a julho, enquanto as vendas têm baixa de 14 por cento.
Em 2015, uma comitiva empresarial da China visitou o Maranhão interessada em investimentos na área de siderurgia. Segundo nota da época do governo estadual, os investidores tinham interesse no programa de incentivo maranhense que prevê isenção fiscal de até 85 por cento nos impostos estaduais por até 15 anos.

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