domingo, 1 de novembro de 2015

Vale desenvolve o maior projeto de sua história


Com investimento total de US$ 17 bilhões, a companhia cria as condições logísticas necessárias para transportar, armazenar e embarcar o volume de 230 milhões de toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2018

Vista aérea da obra de construção do Berço Norte do Píer IV do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, projeto que elevará a capacidade de movimentação de minério/Divulgação
Vista aérea da obra de construção do Berço Norte do Píer IV do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, projeto que elevará a capacidade de movimentação de minério/Divulgação (Foto: Divulgação)
Enquanto muitas companhias travaram investimen­tos diante da crise econômica, a Vale dá con­ti­nuidade ao grandioso projeto de criar as condições logísticas necessárias para transportar, armazenar e embarcar um total de 230 milhões de toneladas de minério de ferro por ano a partir do segundo semestre de 2018. Os investimentos previstos em mina, usina e logística chegam a US$ 17 bilhões.
Não é à toa que o S11D é o maior projeto de minério de ferro da história da Vale, com capacidade estimada em 90 milhões de toneladas por ano. Hoje, o S11D está com pouco mais de 60% de suas obras físicas prontas, devendo atingir a capacidade máxima em 2018.
As obras do S11D incluem expansão do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) e do terminal ferroviário, em São Luís, além da duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), a construção de um ramal ferroviário, de uma usina de beneficiamento e abertura da mina em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará.
“O S11D vai colocar a Vale em outro patamar em minério de ferro”, ressaltou o líder sênior de projetos da companhia, Luciano de Eça Santos, ao informar que dos US$ 17 bilhões previstos, US$ 9,5 bilhões serão investidos em logística, incluindo-se aí as expansões dos terminais portuário e ferroviário de Ponta da Madeira.
Segundo a Vale, as obras físicas do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira já avançaram quase 60% e até o fim deste ano a empresa deve concluir as etapas de expansão do terminal ferroviário. Com a conclusão, o TMPM terá sua capacidade nominal aumentada para 230 milhões de toneladas por ano. “Essa expansão transformará Ponta da Madeira no maior porto em volume de embarque do Brasil”, projetou Luciano Santos.
Na área do TMPM, as obras incluem ampliações onshore e offshore. Na parte offshore, está em fase avançada a construção de um novo berço no Píer IV, o Berço Norte, acrescido de um novo carregador de navios, previsto para entrar em operação em novembro de 2016. A van­tagem do Píer IV em relação a outros portos brasileiros é a capacidade de receber navios de grande porte como o Valemax, maior mineraleiro do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas, 362 metros de comprimento e 65 metros de largura.
A retroárea do porto também está sendo ampliada, com a construção de quatro novos pátios de estocagem de minério, com capacidade para 600 mil toneladas, cada. Eles vão se somar a outros nove já existentes. Essa obra contará com grandes maquinários, como dois novos viradores de vagões, uma empilhadeira, duas recuperadoras e duas empilhadeira-recuperadoras.
Luciano de Eça Santos disse que a primeira fase de ampliação do onshore, que corresponde à entrega de dois dos quatro pátios de estocagem e de dois novos viradores de vagões, está prevista para junho do próximo ano.
Terminal Ferroviário
No Terminal Ferroviário de Ponta da Madeira (TFPM), além de duas novas linhas, estão em ritmo acelerado as obras de construção do Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL), com capacidade para abastecer, inspecionar e realizar pequenas manutenções em até 12 locomotivas simultaneamente. Estas novas instalações contam com modernas tecnologias que irão otimizar as operações, trazendo ganhos de ciclo e produtividade.
Também estão sendo construídas novas oficinas, que incluem o Centro de Troca de Rodeiros (CTR) e o Centro de Manutenção de Rodeiros (CMR), onde será realizada a manutenção de vagões em grande escala. A entrega da primeira etapa des­sas unidades e do PIAL está prevista para dezembro deste ano.
Instalação da Vale ocorreu no ano de 1982 no Maranhão
A Vale se instalou no Maranhão em 1982, quando a Estrada de Ferro Carajás (EFC) começou a ser construída para transportar, em 1985, minério de ferro e manganês da mina de Carajás até o Terminal Marítimo de Pon­ta da Madeira, em São Luís.
O Terminal de Ponta da Madeira entrou em operação regular em janeiro de 1986, quando foram embarcados 11,6 milhões de toneladas de minério de ferro. A operação de mina, usina, ferrovia e porto constituía, então, o Sistema Norte da Vale, compreendendo as operações da Vale no Pará e no Maranhão.
Somente em 2014, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira foi responsável pelo embarque de 112,2 milhões de toneladas de minério de ferro. É o maior volume em movimentação de cargas registrado no ano entre os portos brasileiros segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
No primeiro semestre deste ano, a Vale desembolsou o total de US$ 1,1 bilhão no Maranhão. Desse montante, US$ 27,1 milhões foram destinados à área socioambiental.
Nesse período, a Estrada de Ferro Carajás (EFC) movimentou 63,3 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro e carga geral, um acréscimo de 11% em relação a igual período do ano passado. O minério de ferro foi o principal produto transportado pela ferrovia, totalizando 60,9 milhões de toneladas.

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