Ministro confirmou a autonomia garantida pelo Complexo Parnaíba e falou da perspectiva a de o Maranhão fornecer energia para outros estados.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que, com a entrega do Complexo Parnaíba, o estado será autônomo na produção de energia. "Também trabalharemos para fornecer energia para outros estados. Hoje [ontem], uma nova história nasce no Maranhão", ressaltou.
Em seu discurso, o ministro exaltou a existência de gás natural na região e até mesmo o shale gas, ou gás não convencional. Ele afirmou que as prospecções feitas pelo governo apontam a existência dessa fonte em toda a região. E lembrou ainda que a expectativa é de que novos blocos dessa modalidade de energético apresentem interessados na 12ª rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que está prevista para ocorrer dias 28 e 29 deste mês, no Rio de Janeiro.
O ministrou destacou o fato de o complexo termelétrico Parnaíba ser um empreendimento integrante da produção de gás natural com a geração de energia elétrica. "O gás natural consumido é produzido na chamada 'boca do poço' e por estar próximo da subestação Presidente Dutra ele está em conexão com o Sistema Interligado Nacional", explicou.
Lobão lembrou que na região já foram perfurados mais de 40 poços, que resultaram em quatro campos com declarações de comercialidade. O ministro destacou a produtividade do Campo Gavião Real, que atualmente produz 4,5 milhões de m³ por dia, "o equivalente a 10% da produção líquida de todo o país".
"Com este empreendimento, o Brasil só tem a ganhar, pois ele garante maior oferta de energia elétrica para todo o país. Além disto, aumenta a possibilidade de absorção de mão de obra local, gerando emprego e renda, o que é muito bom para o Maranhão", resumiu Lobão.
'Estado agora se consolida como um polo nacional de gás e energia'
Roseana Sarney destacou que o Complexo Parnaíba consolida inserção do Maranhão no novo cenário elétrico brasileiro.
A governadora Roseana Sarney disse que o Complexo Parnaíba faz do Maranhão um polo nacional de gás e energia, consolidando sua inserção no novo cenário elétrico brasileiro. Há quatro anos, o estado gerava 500 MW e hoje já chega a 2.800 MW. "Passamos de importador para exportador de energia", destacou a governadora.
Roseana Sarney lembrou que o Maranhão era o 22º lugar no ranking produtor de energia. Hoje, já ocupa a 15ª colocação, devendo alcançar a 12ª posição no fim do primeiro trimestre de 2014, com a geração de 3.580 MW.
Para a governadora, a produção de gás na Bacia do Parnaíba deve cresce ainda mais, pois novos poços estão sendo perfurados e outras prospecções estão sendo realizadas na região. "Seremos em breve um polo nacional de gás e energia", assinalou.
Segundo Roseana Sarney, o gás produzido na Bacia do Parnaíba, projeto pioneiro idealizado por Eike Batista e também pelo empresário Roberto Viana, da Petra Energia, é ideal para a fabricação de produtos de valor agregado, tais como cerâmica branca, vidro e metalurgia.
Além do gás, ela disse que o Maranhão tem hoje uma matriz diversificada de geração de energia, que vai desde a fonte hidrelétrica (Hidrelétrica de Estreito), passando por térmica a carvão mineral (UTE Itaqui em São Luís) e a óleo combustível (Gera Maranhão em Miranda do Norte), até biomassa e eólica - projetos da Bioenergy que estão sendo implantados nos municípios de Paulino Neves, Barreirinhas e Tutoia.
Empreendimentos - A governadora ressaltou que a entrega do Complexo Parnaíba representa o início de grandes inaugurações no estado e que esse empreendimento é resultado da política de atração de investimentos de seu governo, que tem priorizado ainda a qualificação de mão de obra, por meio do Maranhão Profissional, para atender à demanda dos projetos.
Ela destacou que o estado tem hoje uma economia diversificada e competitiva, que abrange setores como mineração, siderurgia, petróleo e gás, energia, logística, florestal, entre outros que estão fazendo do Maranhão um local de grandes oportunidades.
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