Prédios, igrejas, praças e outros espaços públicos serão restaurados; investimento total é de R$ 1,9 bilhão.
O coordenador nacional do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, Robson Antônio de Almeida, estará amanhã em São Luís para visitar os 45 espaços históricos que serão restaurados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do PAC Cidades Históricas. Durante a visita, ele será acompanhado pela superintendente estadual do Iphan, Kátia Bogéa, e, à tarde, deverá se reunir com a secretária estadual de Cultura, Olga Simão, e com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
Entre os espaços que serão restaurados estão prédios, igrejas, praças e outros locais públicos que compõem o acervo arquitetônico de São Luís. As obras serão comandadas pelo Governo do Estado, que deverá investir pelo menos R$ 10 milhões na recuperação dos espaços.
As obras serão iniciadas após o processo licitatório, no qual as empresas que serão contratadas deverão se encaixar em alguns pré-requisitos como ter, pelo menos, 15 anos de experiência em trabalhos de recuperação e restauração de bens históricos e artísticos. "As obras ainda serão licitadas, e as empresas que serão contratadas terão um tempo determinado para entregar os espaços", disse Kátia Bogéa.
Praças - As praças que serão restauradas já começaram a ser desocupadas pelos comerciantes informais, que utilizavam esses espaços como local de trabalho. Na sexta-feira, dia 25, uma ação da Blitz Urbana retirou cerca de 100 vendedores ambulantes da Praça do Pantheon e de parte da Praça Deodoro, no centro da capital maranhense, ambas incluídas no PAC Cidades Históricas.
O Iphan elaborou um projeto de recuperação das duas praças, que propõe a destinação de R$ 6 milhões em verbas federais para serem investidas em obras de restauração dos logradouros históricos. Segundo Kátia Bogéa, a Prefeitura de São Luís está responsável pela desocupação das praças e pela realização de pequenos reparos estruturais nesses logradouros, que já começaram a ser executados.
"A restauração das praças é uma parceria entre Prefeitura de São Luís e Governo do Estado. A primeira fase, que é a desocupação, já está sendo realizada pela Prefeitura. A obra maior ficará a cargo do governo estadual", explicou.
Bancas e camelôs se acumulam na Deodoro
Com a desocupação das Praças Deodoro e do Pantheon, os comerciantes foram remanejados temporariamente para a outra extensão da Praça Deodoro, próximo à Avenida Silva Maia. Com o excesso de bancas no local, a desordem passou a impera nesse espaço público.
O grande número de barracas e o pouco espaço existente na praça, fez com que o ambiente ficasse amontoado, prejudicando a passagem de transeuntes. Outros comerciantes ousam, ainda, desobedecer à determinação da Blitz Urbana e continuam montando barracas nos espaços que foram desocupados.
Nos horários de maior movimentação, a situação piora. Segundo a vendedora ambulante Glenda Rafaele, dividir o espaço entre as barracas e os passantes está complicado. "De certa forma melhorou, pois o outro espaço era muito sujo e apertado. No entanto, aqui não está diferente, pois nos horários de pico fica muito bagunçado, é muita gente e muita barraca em um lugar só", afirmou.
Saiba mais
O PAC Cidades Históricas atuará, inicialmente, em 44 cidades, de 20 estados da federação, com a disponibilização total de R$ 1,9 bilhão até 2015, sendo R$ 1,6 bilhão para obras públicas. Os outros R$ 300 milhões estão destinados a uma linha de crédito para proprietários de imóveis de cidades tombadas pelo Iphan.
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