domingo, 18 de agosto de 2013

Cursos de Arquitetura, Música e História da Uema convivem com o cenário histórico de São Luís


(Prédios do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Uema no Centro Histórico de São Luís)

Ruas de pedras, casarões, sobrados, azulejos e praças, em cada canto o Centro Histórico de São Luís evoca saudosismo de uma época de esplendor. Em meio a um cenário emblemático para ludovicenses e visitantes, a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) marca presença com quatro cursos de graduação. Atualmente, os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Música e História funcionam em prédios na Rua da Estrela, nº 472. A presença da Uema se faz notória no local, pois vai além da ocupação de prédios por uma instituição pública: está relacionada ao sentimento de estudar e ensinar em um cenário inspirador para estudante e professor. Para o estudante do 5º período de Música, Josias Silva Sobrinho, o Centro Histórico de São Luís oferece uma atmosfera muito atraente, pelo seu conjunto arquitetônico. “É um espaço consagrado ao convívio artístico e cultural, contando com uma grande oferta de aparelhos culturais”. O Curso de Música da Uema tem contribuído para a diversificação as atividades no Centro Histórico. Vários concertos, apresentações e palestras são oferecidas com a participação de professores e alunos da Uema. O pró-reitor de Planejamento, Antonio Pereira, afirmou que a Uema tem interesse em permanecer no Centro Histórico de São Luís e que há planos em estudos para aquisição de outro prédio onde será instalado o Curso de Música. O prédio onde funcionará o Curso de História está sendo restaurando de maneira que a Uema possa ampliar os serviços oferecidos para a comunidade na área histórica da capital do Maranhão. Com intensa produção acadêmica, o Curso de História funciona, temporariamente, assim como a Música, no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). “Há três cursos funcionando lá, nós queremos que cada um tenha seu prédio e almejamos também, como forma de revitalização, através de ideias desenvolvidas com o Instituto do Iphan (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ter ainda, um local para abrigar estudantes e professores”, informou o pró-reitor. Ele defende que o Centro Histórico precisa ser habitado e funcione como um bairro, a forma mais adequada de preservar os prédios e a urbanidade. Atividades - Entre as atividades do Centro Histórico de São Luís, no ano passado, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo realizou o Atelier Internacional de Criação Urbana – Equinox 2012. O evento reuniu estudantes brasileiros, franceses e italianos com a meta de elaborarem projetos urbanos para as áreas do Centro Histórico, Liberdade e Vinhais Velho. Em abril de 2012 houve o projeto de extensão Oficinas Participativas de Planejamento Sustentável, que contou com a participação de moradores da área. Alex Oliveira, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, explicou que são colocados em prática estudos sobre o bairro em vários níveis. “Já foram realizadas pesquisas de Iniciação Científica, TCC, Mestrado e Doutorado, várias envolvendo o Centro Histórico. Isto aproxima a produção dos alunos e professores dos problemas vivenciados no dia a dia do local. A relação dos alunos com o sítio é cada vez mais intensa, pois os alunos de Arquitetura e se interessam pelo acervo arquitetônico”. O professor Alex Oliveira explicou que a relação dos estudantes com o Centro Histórico de São Luís acontece, também, por meio das disciplinas ministradas. “Nossos alunos fazem quatro disciplinas ligadas a História da Arquitetura e Urbanismo, além de mais quatro ligadas às técnicas construtivas tradicionais e as intervenções nos edifícios e sítios históricos”. Segundo o pró-reitor Antônio Pereira, a intenção não é deslocar a Uema do Campus Paulo VI, mas prestigiar o Centro com a presença da Universidade, por meio de cursos que possuem afinidades com o ambiente.

Um comentário:

Carlos Eduardo disse...

Tinha era que trazer todos os curso da UEMA para o centro histórico e criar uma verdadeira cidade universitária ali. Ia ficar muito interessante. Com prédios reformados para o cursos, casas de estudante, moradia e outras coisas que iriam impulsionar a ocupação e restauração do centro histórico. Já ouvi falar num projeto nesse sentido, mas nunca mais ouvi falar. Deveria ser feito um debate a respeito disso. É um absurdo a UEMA no local onde é hoje, longe de tudo.