Praias desertas, faltam turistas, falta gestão e vergonha na cara dos governantes mas sobram sujeira e descaso
Por Zeca Maranhão
Todos os estados da Federação desejam ter um turismo forte e sustentável, mas para isso acontecer acreditam que o Governo Federal só tem interesse em investir no turismo de qualquer estado se tiver políticos, ou pelo menos um nome de peso que possa influenciar nas decisões governamentais. Ledo engano. O Maranhão não tem um, tem dois, que são os mais poderosos na pastas do turismo da Nação. Uma ordem deles, pela importância do cargo que ocupam, vira lei e tem de ser obedecida de imediato. Vamos falar das consequências de ter Flávio Dino na presidência da Embratur e Gastão Vieira no Ministério do Turismo. Dois desastres para o já combalido turismo que tínhamos e continuamos tendo e que está piorando muito mais com eles no poder.
Flávio Dino presidente da Embratur
foto: blog do Linhares
A Embratur tem em seu comando o Sr. Flávio Dino, ex-juiz federal que aposentou a toga para aproveitar-se do poderoso cargo na Empresa Brasileira de Turismo e simplesmente fazer turismo político pelo interior do estado com o único propósito de ocupar o trono de governador do Maranhão no Palácio dos Leões. Ele vive intensamente uma saga, uma sede de vigança de seus algozes políticos, onde quem paga por isso é o Maranhão e o turismo no estado. Flávio Dino assumiu a presidência da Embratur em 29 de junho de 2011 e até agora não mostrou a que veio. Não faz jus ao cargo e já ficou conhecido como presidente interino por ser tão gazeteiro.
Faltando menos de 3 meses para completar dois anos no cargo não se tem notícia de qualquer ação movida por ele em prol do turismo no Maranhão. Se no restante do Brasil ele não fez nada de relevante até agora, a não ser mandar produzir vídeos institucionais para postar no youtube, video estes que mostram um Brasil privilegiado no sudeste mas no norte e no nordeste do país mostra apenas vida selvagem, que dirá fazer pelo Maranhão que ele não tem qualquer afinidade.
Se observar-mos a sua falta de compromisso com o cargo que ocupa e o desprezo demosntrado pelo Maranhão, já saberemos o que acontecerá se ele se tornar governador do estado.
Um dos vídeos da Embratur
Porém o maranhense já está calejado desse tipo de político que mesmo tendo o poder nas mãos não faz nada de bom pelo estado, para não dividir os louros com o governante que ocupa o poder, a quem ele considera o inimigo a ser batido e dane-se o Maranhão. Assim ele abate dois coelhos de uma só cajadada, o governante e o Maranhão, afinal ele já demonstrou que faz parte do grupo que acha que em se tratando do Maranhão, quanto pior, melhor, as mazelas servem de mote de campanha.
Flávio Dino andou se indispondo até com o setor aéreo do país, coincidência ou não, depois disso, os poucos voos que antes existiam no aeroporto de São Luís foram reduzidos a menos da metade. A Azul retirou a Trip de São Luís na calada da noite, não deu nenhuma explicação pelo fato de não ter reposto os voos antes existentes da Trip na cidade, e mantém apenas três voos por dia na capital.
O fato é que depois dos maranhenses tão poderosos no turismo do país, a nossa capital perdeu voos, prestígio e conta agora apenas com três companhias aéreas, já chegou a ter seis, para atender a um universo de dois milhões de passageiros. E não adianta dizer que eles, ( Flávio Dino e Gastão Vieira) não podem interferir nas decisões das empresas porque todos lembram que o Deputado Federal Chiquinho Escórcio provou que quando há vontade política a coisa acontece, pois ele, quando a TAM quis sair de Imperatriz alegando falta de passageiros e precisava extinguir voos pouco lucrativos, ele foi conversar com eles, deu o murro na mesa e até hoje a TAM continua atendendo os imperatrizenses e pelo visto não ousará mais tentar deixar de voar para Imperatriz.
Também não há como esquecer a vergonha que os maranhenses, especialmente os ludovicenses, passaram com o descaso com o nosso aeroporto, justo no ano do quartocentenário da capital e essas autoridades faziam vista grossa fingindo que não era problema deles, mas essa vergonha aconteceu justamente na gestão desses dois maranhenses frente aos cargos mais importantes do turismo no país.
Gastão Vieira sem autonomia ou sem vontade política?
Gastão Vieira o pretenso homem forte, o Ser Supremo do turismo do Brasil, assumiu o Ministério do Turismo em setembro de 2011 em substituição a outro não-faz-nada, também maranhense, Pedro Novais, que teve que entregar a carta de demissão à presidenta Dilma Rousseff após denúncias de que teria usado dinheiro público para pagar funcionários que contratava para fins particulares.
Mesmo após o escândalo político, o Turismo continuou entregue os maranhenses ligados de uma forma ou de outra ao PMDB, maior partido político do Brasil e principal aliado do governo de Dilma Rousseff ou por algum outro subterfúgio palaciano.
Gastão Vieira assumiu o Ministério do Turismo mas com a ordem expressa da Presidenta de não desviar nenhum centavo que não fosse para a famigerada Copa de 2014 que o Lula enfiou goela abaixo dos brasileiros, mesmo os que detestam futebol terão que engolir e pagar essa conta e São Luís, com todo o seu poderio político, não foi incluída nos planos da Copa, mesmo tendo um Sarney na vice-presidência da CBF. Desde então o país faliu, os investimentos em siderurgia, refinarias, estaleiros, educação, saúde, saneamento, turismo, aeroportos que ficaram de fora da Copa, como o de São Luís, foi tudo rechaçado em nome do esporte do povão alienado, adeptos do pão e circo como Lula e seus aliados.
Porém as ordens expressas de Dilma não justificam a inércia do Ministro Gastão Vieira nem tampouco o descaso para com o turismo no Maranhão. Uma oportunidade dessa não se joga fora. O fato é que até agora só se ouviu falar que o Ministro destinou apenas míseros trinta milhões de reais para despoluir as praias da capital, uma das grandes razões da evasão de turistas e do esvaziamento da rede hoteleira na capital e nos Lençóis Maranhenses. Até o nosso carnaval e as nossas festas juninas, que sempre atraíram milhares de turistas a São Luís, depois que os turismo brasileiro foi entregue a esses maranhenses, sofreram na dependência deles, pois a falta de investimentos e de divulgação da nossa rica cultura fez com que o turista optasse por outros destinos, sem falar na grande campanha difamatória, promovida em rede nacional, da poluição das nossas praias. Mas onde foi parar o dinheiro de despoluição das praias da ilha? Nossas praias continuam tão cheias de imundícies quanto antes e ninguém mais falou no paradeiro desse dinheiro. Sumiu no esgoto a céu aberto que se tornou nossas praias?
São Luís está longe de ser a única capital a ter praia urbana, então porque somente as nossas praias, que já não eram azuis, nem verde, mas já tinham cor da sujeira, mesmo quando eram razoavelmente limpas, viraram esgoto a ponto de afugentar os parcos turistas que tínhamos? O que os governantes e os secretários de turismo dos outros estados fazem para manter as praias urbanas deles sempre limpas e próprias para banho que não pode ser feito aqui? o que falta? anilina para torná-las azuis? detergente para lavá-las, ou óleo de peroba para passar na cara de Gastão Vieira, Flávio Dino, Roseana, Jura filho, dos Senadores e demais deputados maranhenses?
E o nosso Centro Histórico? aquele que não tem banheiros e esses mesmos políticos reclamam que o povo é mal educado e faz suas necessidades na rua. Mas vão fazer aonde? Alguém se atrece a entrar num daquels banheiros químcos imundos e fedorentos?
Vivemos numa dependência doentia do Iphan, que segundo o governo e a prefeitura se posiciona contra tudo o que é útil para o nosso maior patrimônio arquitetônico. Ou será que isso não passa de desculpa da governadora para justificar a falta de monitoramento, a falta de banheiro, a falta de segurança, a falta de investimento, a falta de desapropriação dos prédios tombados e a falta da tal megaponte prometida em campanha? Como assim? ela não disse na época da campanha para governo do estado que até o dinheiro já estava disponível e que todas as licenças já tinham sido emitidas? como é que de repente aparece o Iphan na história e diz que a ponte não pode ser construída porque a visão dos tubarões seria prejudicada quando eles quisessem admirar o Centro Histórico? e mais uma vez a pergunta que não quer calar: afinal pra onde foi o dinheiro que já estava disponível?
É, meu povo, assim o Maranhão está condenado ao ostracismo com seus polítcos vergonhosos. Flávio Dino não faz porque vai beneficiar o governo Roseana, Gastão Vieira não faz porque vai desagradar a Dilma, Roseana não faz porque vai beneficiar Edivaldo Holanda Junior que também não faz porque desagradará Flávio Dino e o Iphan não faz, bom este não faz mesmo, só atrapalha, porque esta é a função dele e a dona Kátia Bogéa precisa do emprego.
Em tempo: Se alguém se sentir ofendido com o desabafo, por favor envie um comentário provando que esses ilustres maranhenses, representantes do turismo no Brasil, fizeram muito pelo turismo no Maranhão desde que assumiram os respectivos cargos, que o blog humildemente fará a correção acompanhado por um pedido de desculpas, mas tem que mostrar o que eles de fato fizeram pelas nossas praias, pela nossa cultura, pelo nosso aeroporto, pelos nossos turistas, pelos nossos cartões postais, pelo nosso centro histórico, etc.
Editado 2 de abril às 14:08
Um comentário:
O Sr. diz que minha opinião é importante, mas deleta o que postei.
Isso não é nada democrático e nem educado.
Desculpe, mas continuarei comentando seus erros ou enganos, mesmo contra sua vontade.
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