Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis destaca a presença de óleo leve - bastante importado pelo país.
Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
Subeditor de Economia
As bacias marítimas de Barreirinhas e Pará-Maranhão, que juntas terão 32 blocos em oferta na 11ª Rodada de Licitações, têm enorme potencial para a exploração de petróleo, segundo a presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. O óleo presente nessa região é do tipo leve, e o produto ainda é bastante importado pelo Brasil, principalmente de países árabes.
Magda Chambriard informou que as duas bacias, que integram a margem equatorial brasileira, têm características idênticas ao campo de Jubilee, em Gana, país africano, onde houve descobertas de óleo leve. "O que está acontecendo em Gana [descoberta de petróleo], a gente acha perfeitamente possível de acontecer no litoral do Maranhão", declarou confiante a diretora geral da ANP.
Segundo Magda Chambriard, que quarta-feira passada veio a São Luís e tratou da 11ª Rodada de Licitações com a governadora Roseana Sarney, o óleo leve nessas duas bacias é valioso, se aproxima muito do óleo árabe (de grande qualidade) e está localizado numa região próxima dos principais mercados internacionais: Estados Unidos e Europa.
O óleo leve, que está presente também em grande quantidade na camada do Pré-sal, é de grande valor, pois produz maior volume de derivados, como diesel e gasolina. Bem diferente do óleo pesado, que, além de custar mais caro o seu refino e exigir mais tecnologia, produz derivados de menor valor agregado como óleos combustíveis e asfalto.
É com essa perspectiva de encontrar boas reservas de óleo leve na costa do Maranhão, que a ANP está apostando nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas, consideradas novas fronteiras e situadas na porção central da margem equatorial brasileira.
Na 11ª Rodada de Licitações, na Bacia Pará-Maranhão, estão sendo ofertados seis blocos em águas profundas, em dois setores, totalizando uma área de 4.615,66 Km2, localizados a uma distância de 150 a 200 quilômetros da costa do Maranhão. O bônus de assinatura mínimo (valor a ser oferecido pelas empresas para a assinatura do contrato) exigido para esses blocos varia de R$ 4,8 milhões a R$ 5,7 milhões.
De acordo com a ANP, atividades já realizadas na bacia indicam a presença de óleo leve. Nessa região, atuam atualmente como operadoras as empresas OGX e Petrobras, em 11 blocos exploratórios, adquiridos na terceira, sexta e nona Rodada de Licitações.
Barreirinhas - A Bacia de Barreirinhas, que abrange a Costa do Maranhão e parte do litoral do Piauí, também é apontada pela ANP com potencial para a descoberta de óleo leve, inclusive já com notificações pela Petrobras, operadora que possui quatro blocos na região.
Na 11ª Rodada, nessa bacia, serão ofertados 26 blocos, sendo 12 em águas rasas (um setor) e 14 em águas profundas (dois setores), totalizando 13.073,64 Km². Para essas áreas, o bônus de assinatura mínimo varia de R$ 587 mil a R$ 7,9 milhões.
Número
32 É o número de blocos que as bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas terão na 11ª Rodada de Licitações
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