Expectativa se deve ao elevado número de empresas credenciadas para a rodada em maio.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) espera arrecadar ao menos US$ 1 bilhão com a realização do leilão de blocos para exploração de petróleo programado para maio, disse uma fonte da autarquia.
A expectativa se deve ao elevado número de empresas credenciadas para a rodada, que não é realizada no país desde 2008, disse a fonte, que prefere ficar no anonimato. Além disso, acrescentou, os campos que serão ofertados são interessantes. "Se for mais do que isso [US$ 1 bilhão], não me surpreendo. Só me surpreenderia se fosse menos. Mas isso depende da estratégia das empresas, da capacidade financeira e muito mais", afirmou.
Cerca de 60 empresas mostraram interesse em participar da rodada de licitação de blocos da ANP, a 11ª licitação de áreas de exploração do país. Serão ofertados 289 blocos em 23 setores, cobrindo 155,8 mil quilômetros quadrados, distribuídos em 11 bacias sedimentares.
O prazo para a habilitação terminou na última terça-feira e os dados serão tabulados e finalizados nos próximos dias."São números espetaculares. Hoje temos atuando no país pouco mais de 60 empresas", ressaltou.
De acordo com a fonte, a rodada terá espaço para pequenas, médias e grandes empresas. A agência informou semana passada, no Diário Oficial da União, que já foram habilitadas OGX, Shell, Queiroz Galvão Exploração e Produção e Repsol Sinopec.
As empresas habilitadas precisam apresentar até abril as garantias financeiras que vão viabilizar a participação na licitação. "Era isso que a gente queria, uma competição grande, e são empresas de todos os portes e áreas para todo mundo e oportunidade para todos", disse.
Indefinição - A rodada acontece em meio à indefinição sobre a distribuição dos royalties no país. O Congresso aprovou uma nova lei que redistribui esses recursos, mas uma decisão cautelar provisória do Supremo Tribunal Federal suspendeu os efeitos da lei. O mérito deve ser julgado em breve pelo plenário da Corte.
Para a ANP, o debate não impactou o interesse da empresas, embora a associação das companhias de petróleo do Brasil, o IBP, tenha manifestado temor sobre o assunto. "Sem dúvida, a questão dos royalties não foi um empecilho ao leilão nem tirou a atratividade. As empresas precisam de áreas para se sustentar", afirmou a fonte.
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