por Sammartony Martins | |
Claudiana Cotrim acumula premiações no teatro e tem várias participações em novelas, sendo a última a Salve Jorge |
Claudiana Cotrim surpreendeu todos, ao ser escolhida para interpretar em Salve Jorge a exploradora de crianças em sinais de rua, que obrigava o menino Júnior (Luis Felipe Mello), personagem filho de Morena (Nanda Costa), a pedir dinheiro aos motoristas quando o semáforo fechava.
A atriz contou a O Imparcial que após a sua aparição seu perfil recebeu dezenas de mensagens de pessoas que acompanham seu trabalho, e até mesmo de amigos que ficaram em dúvida se realmente era ela que estava em pleno horário nobre na telinha da Globo. “Eu já vinha fazendo figuração de elenco em outras novelas da Globo como Ti-ti-ti e Avenida Brasil, mas eram participações muito rápidas que não davam tempo das pessoas fixarem a minha imagem. Mas em Salve Jorge foi diferente porque mostrava o drama do sumiço do garoto que durou dois dias.
Imediatamente as pessoas escreveram mensagens contando que viram a minha participação, outras me perguntavam se realmente era eu, e outras quando souberam também comemoraram. Foi uma participação bastante dinâmica”, contou Claudiana Cotrim, explicando que o convite surgiu a partir do produtor de elenco da novela Luiz Antonio Rocha, com quem a atriz trabalhou anteriormente em Chamas da Vida, novela produzida em 2008 pela Rede Record.
Teatro
A atriz que está na batalha para continuar interpretando papéis de TV, também tem dedicado seu tempo ao teatro. Claudiana Cotrim integra o elenco Detetive – a peça que entra em cartaz a partir do dia 10 deste mês, todas as quintas-feiras, às 21h, até a primeira semana de abril. A produção e realização levam a assinatura da companhia teatral Nosso Riso Produções Artísticas e Eventos Ltda, e o espetáculo tem texto, adaptação e direção de Rodrigo Scheer.
Claudiana Cotrim acrescentou que a peça é inspirada no jogo Detetive, de Anthony Pratt. Um clássico que acompanha todas as gerações. O famoso jogo foi criado em 1944 por Anthony Pratt e lançado em 1949, tornando-se um sucesso instantâneo e hoje comercializado em mais de 20 países. Até hoje é jogado em todo mundo. No Brasil é fabricado pela Estrela e sucesso desde os anos 1980. Segundo Claudiana Cotrim a peça mantém o objetivo do tabuleiro, que através de uma teia de prováveis situações envolve o jogador, no caso a plateia, do início ao fim. “Um crime aconteceu, não se sabe quem, a arma usada ou o local, as provas foram alteradas para confundir a investigação... O teatro se “transforma” na sala da mansão do Sr. Antônio Cimento, um bem sucedido empresário da construção civil e colecionador de armas que pretende anunciar um novo empreendimento. Entre os convidados, além da platéia, estão o Sr. Marinho, Professor Black, a Dona Violeta, a Senhorita Rosa, Dona Branca e o Coronel Mostarda, todos são suspeitos até que provem o contrário”, diz a sinopse do espetáculo.
Claudiana Cotrim ressaltou que as possibilidades sobre quem cometeu o crime são ilimitadas e caberá ao Detetive Xavier conduzir o interrogatório que levará ao esclarecimento do fato. “Teria sido a Dona Branca, com o candelabro, na biblioteca? Ou talvez o Sr. Marinho, com a corda, no escritório?”. A interrogação faz parte do clima envolvente da história policial, que é cheia de intriga, humor, mistério e um final surpreendente, garante a atriz. Claudiana Cotrim explica ainda que em cada apresentação local, a arma e o assassino serão sorteados e que seus nomes ficarão em sigilo numa urna até o final. O público participará e quem acertar será presenteado a cada dia.
Cena da novela global Salve Jorge: a exploradora de crianças com o menino Júnior (Luis Felipe Mello) |
QUATRO PERGUNTAS PARA CLAUDIANA COTRIM
Você fez esta participação rápida em Salve Jorge e emendou logo com Detetive – a peça. Fale um pouco sobre estas duas experiências tão distintas.
“Fazer Salve Jorge foi bom porque as pessoas percebem o quanto tenho lutado por um espaço. Mas por outro lado tenho investido em fazer teatro porque, além de fazer videobooks que poder ajudar você mostrar o seu trabalho em testes, muitos produtores de elenco preferem selecionar atores em cena. A base para outras possibilidades tem sido o teatro, tanto que tenho dado aulas em cursos de teatro na Fundição Progresso.
E quais são outros projetos artísticos que você tem investido?
“Bom, ainda estou divulgando um personagem que venho amadurecendo que é Dona Nhora. Ela vêm lá do interior do Maranhão. Engana-se quem pensa que Nhora nada sabe. Inteligente e bem humorada essa Nhora, de língua afiada, interage com os mais diversos meios de comunicação...ela tem um jeito diferente de falar. Estou ainda trabalhando nela, mas já postei um vídeo no YouTube. Além disso, tenho trabalhando no projeto Teatro na Corte onde eu minha produção transformamos qualquer espaço, seja uma casa, um bar, uma boate, um apartamento ou um simples salão em um teatro onde apresento o monólogo Medeia. O texto é o mesmo, mas a situações que tenho que adapta-lo ao espaço, como na cena em que eu mato as crianças. Isso pode acontecer no banheiro, na piscina, ou em uma janela jogando-as lá de cima. Pode ser para 100 pessoas como para 30. O projeto tem tido boa aceitação, já o apresentei em São Luís, Rio de Janeiro e Brasília”.
Mais alguma novidade para 2013?
“Sim. Também estou adaptando um espetáculo solo que ainda está sem direção, mas eu estou vendo isso. É baseado nas costureiras do interior que foram as primeiras “comunicadoras” de suas cidades. É a história de uma costureira que fica espera do marido. Vou adaptar a situação para que a personagem seja uma estilista...uma socialite. Até o final do espetáculo a plateia fica sem saber se o marido dela é real ou fictício”.
E quando você virá a São Luís?
“Volto em fevereiro para passar cinco dias. Estarei na cidade de 14 a 18 para o aniversário de 83 anos da minha mãe e para rever os amigos”.
A ATRIZ
Natural de São João Batista, Claudiana Cotrim, além de atriz e psicopedagoga, assistente de direção, pesquisadora, e integra a Companhia de Teatro Tapete Criações Cênicas, em São Luis. Desenvolve trabalhos em performances, espetáculos teatrais, contadores de histórias e ministra oficinas de teatro. Como atriz atuou nas peças: Navio Negreiro, O Pleito, Morte e Vida Severina (Coteatro), GalaTeia Club, Os Sonhos de Tom e Theo, Medeia In Mortal e Medéia. Participou de festivais em Guaramiranga e Crato (CE). Realiza atividades de arte-educação para a Ong Plan Internacional nas comunidades de Cidade Olímpica e Maracanã, na capital maranhens
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