Marlon Módolo só ficou atrás dos medalhistas olímpicos Doda e Rodrigo Pessoa
Gabriel Mendes
Da equipe do E+
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Este ano, quatro atletas maranhenses disputaram as Olimpíadas de Londres. Joelma dos Santos, José Carlos Moreira (atletismo), Ana Paula e Silvia Helena (handebol) representaram o estado no evento. Em 2016, além desses, o Maranhão tem uma grande chance de ser representado por mais um atleta nos Jogos Olímpicos. Trata-se do cavaleiro Marlon Módolo Zanotelli, de 24 anos, atualmente terceiro melhor brasileiro no ranking mundial do hipismo.
O maranhense, nascido em Imperatriz, mas que morou em São Luís dos seus 4 meses de vida aos 5 anos de idade, começou no hipismo logo aos quatro de anos, no quartel da Polícia Militar, acompanhado pelo pai. A paixão pelo hipismo é hereditária.
“Meu pai é professor de hipismo e ele foi quem me iniciou no esporte”, disse Marlon.
No ranking atual, Marlon ocupa a 92ª posição, ficando atrás somente dos consagrados atletas olímpicos Rodrigo Pessoa e Álvaro Miranda (Doda). É a primeira vez na historia do hipismo brasileiro que um nordestino ocupa um lugar tão importante no cenário internacional. Apesar disso, Marlon ainda acredita que o Brasil está longe das grandes potências europeias.
“O Brasil está crescendo no esporte. Temos nomes muito respeitados, como o Rodrigo Pessoa e o Doda. Porém, não temos tanto investimento e tanto suporte como as potências europeias. Então, fica mais difícil”.
Marlon mora atualmente em Waterloo, na Bélgica. O atleta trabalha e treina na Ashford Farm e tem recebido convites para disputar os principais torneios da modalidade pelo mundo.
“O ranking é atualizado mensalmente e hoje ainda não faz tanta diferença, se você estiver pensando em Olimpíadas. Porém, quando você está entre os 100 melhores, recebe convites para disputar os campeonatos que oferecem maior pontuação para o ranking mundial. Portanto, tem que manter o mesmo desempenho até o fim da temporada antes das Olimpíadas”, observou Marlon.
O maranhense já acumula em seu currículo o título de diversas competições importantes como Sul-Americanos, Campeonatos Brasileiros e outros ao redor do mundo. Este ano, o atleta participou das principais competições pelo mundo como o Paris Gucci Masters, o Athina Onassis Horse Show e o Campeonato de Cavalos Novos.
Na próxima temporada, o cavaleiro terá de se adaptar a um novo companheiro, já que Banjan, o cavalo com que conseguiu seus melhores resultados este ano, foi vendido.
“Estamos preparando uma nova égua para este ano de 2013. Consegui o terceiro lugar no Campeonato de Cavalos Novos com ela”, contou.
Este ano, o cavaleiro veio ao Maranhão para passar as festas de fim de ano com a família.
Crise maranhense – Para os maranhenses interessados em praticar o hipismo, o lugar mais próximo atualmente é em Fortaleza. Em São Luís, o esporte não tem há bastante tempo uma federação e por isso não pode sequer participar das edições do Troféu Mirante.
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