BNB investe R$ 1,725 bi no Maranhão este ano; queda de 33% em relação a 2011
Só o microcrédito orientado terá desempenho melhor; os R$ 494,6 mi aplicados até outubro representam aumento de 46,5% em relação a igual período 2011
Érika Pinheiro Rosa
Editora de Economia
Editora de Economia
Encerrar o ano de 2012 com investimentos de cerca de R$ 1,725 bilhão no Maranhão. Esta foi a projeção em aplicações do Banco do Nordeste no estado nos diversos segmentos produtivos, feita pelo superintendente estadual da instituição, Helton Chagas Mendes. Apesar do número positivo, o total este ano deve ser 33% menor, em média, em relação ao registrado em 2011, quando o banco investiu R$ 2,579 bilhões no estado.
Do montante de R$ 1,7 bilhão, R$ 757,8 milhões referem-se a aplicações por meio do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE). Esta e outras informações foram repassadas ontem pelo executivo, que fez um balanço das atividades do BNB este ano, durante evento que reuniu jornalistas em um almoço de confraternização no Hotel Praiabella, em São Luís.
"No Maranhão, o BNB tem comprovado operar como banco público competitivo e rentável. Até o fim do ano, vamos inaugurar mais duas agências no estado, nos municípios de Santa Luzia e Grajaú", adiantou Helton Chagas Mendes.
De janeiro a outubro deste ano, foram realizadas pelo BNB no Maranhão 286 mil operações, um crescimento de 16,2% em comparação a igual período do ano passado, quando houve 246,2 mil. O banco foi ainda responsável pela participação em 77,8% de todo o crédito rural realizado no estado e em 73,1% de operações a longo prazo, no mesmo período.
Em operações para o microcrédito, foram investidos
R$ 494,6 milhões. Deste total,
R$ 79 milhões foram por meio do Agroamigo e R$ 415,5 milhões pelo Crediamigo. "Considerado o maior programa de microcrédito orientado da América do Sul e que apresentou um crescimento de 54,8% em relação a 2011", acrescentou o executivo.
Por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Banco do Nordeste aplicou
R$ 147,7 milhões no Maranhão. O montante de R$ 169,1 milhões foi investido no fomento a micro e pequenas empresas (MPEs). "Este segmento tem o apoio do Banco do Nordeste na alocação de recursos para investimentos ou eventuais necessidades de capital de giro para o empreendimento", explicou o superintendente.
Redução - Apesar dos bons números apresentados, o desempenho do BNB no Maranhão este ano será menor em relação ao registrado em 2011, quando o banco investiu R$ 2,579 bilhões no estado, por meio de 307,2 mil operações de crédito. Em aplicações do FNE, os números de 2011 foram mais expressivos também, totalizando R$ 1,017 bi de janeiro a outubro e encerrando o ano passado com R$ 1,510 bilhão em aplicações no estado.
Os números deste ano só devem ser melhores na área de microcrédito orientado, na qual os R$ 494,6 milhões aplicados de janeiro a outubro representaram crescimento de 46,5% em relação a igual período de 2011. Neste segmento, destaque para o Crediamigo, com incremento de 54,8%, e o Agroamigo, com crescimento de 14,5%.
Novas agências vão ser inauguradas dias 26 e 28
As novas agências nos municípios Santa Luzia e Grajaú serão inauguradas nos dias 26 e 28, respectivamente. Até o fim de 2013, estão previstas mais 12 agências no estado: em São Luís, Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Barreirinhas, Buriticupu, Colinas, Coroatá, Governador Nunes Freire, Itapecuru Mirim, Paço do Lumiar e Tutoia.
Segundo Helton Mendes, a abertura das unidades faz parte da estratégia de expansão da rede do Banco do Nordeste, iniciada neste semestre. O planejamento prevê a inauguração, em toda a área de atuação do banco, de 108 agências até o fim de 2013, das quais 26 deverão ser inauguradas ainda este ano.
Nas novas agências, o Banco do Nordeste já está aplicando a política "Papel Zero", pela qual as agências funcionarão com uma quantidade mínima de papel. Para isto, toda a documentação utilizada pela unidade será digitalizada e transferida para um arquivo central. "Além da economia de papel, esta tecnologia reduz a necessidade de espaço físico, simplifica a armazenagem de dados, traz agilidade e mobilidade e diminui custos do processo", detalha o superintendente.
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