Recente pesquisa do IBGE sobre as Defesas Civis do Brasil aponta que pouco mais de 6% das cidades brasileiras possui Plano de Prevenção de Desastres, com metodologia para atuar na prevenção e na resposta a uma situação de desastre natural. Na verdade, 94% dos municípios brasileiros não possuem esse protocolo de atuação para uma situação de desastre.
“Temos orgulho de São Luís estar entre as cidades brasileiras que contam com um Sistema Municipal de Defesa Civil. Nosso mapeamento da área de risco, iniciado em 2010, é refeito de seis em seis meses, poia a situação de risco de uma área pode mudar. Nossa metodologia foi considerada como muito boa pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, citada como referência para que outros municípios brasileiros acompanhassem”, diz o secretário municipal de Segurança com Cidadania, Luiz Carlos Magalhães.
Ao todo, já foram implantados 19 Núcleos
Comunitários de Defesa Civil em São Luís. A Coordenação Municipal de Defesa
Civil realiza essas ações junto com a comunidade, com orientação na parte de
prevenção no período de normalidade (período não chuvoso em São Luís), e como em
ações de resposta no período de anormalidade (período chuvoso), em que a
população pode acionar o plantão da Defesa Civil, que funciona 24 horas todo dia
da semana, durante todo ano.
Kits desabrigados – A Defesa
Civil tem um considerável estoque de kits desabrigados, pronto para ser usado em
caso de emergência, composto de colchão, travesseiro, lençol e toalhas. Numa
situação em que a família perde tudo, ela pode ser deslocada para um abrigo
provisório, ou para a casa de um parente e é contemplada, imediatamente, com
esse material.
Gel impermeabilizante – Outra
ação que a Prefeitura de São Luís realizou, através da Semusc e do Sistema de
Defesa Civil, foi a aplicação da nova tecnologia de gel impermeabilizante nas
barreiras, produto que substitui a utilização da lona plástica no período
chuvoso.
Luiz Carlos explica que com esse produto não há
necessidade da aplicação da lona plástica, o que diminui, por exemplo, o
problema da epidemiologia. Enquanto a lona plástica acumula água e também
insetos, como o mosquito da dengue, essa nova tecnologia evita esse tipo de
problema, além de dar segurança, sustentabilidade, evitando, assim,
desmoronamento, com encharcamento de solo, por conta da chuva, e reduzindo o
risco de desmoronamentos e a perda de vidas.
Plano de Contingência – A Semusc
vai apresentar, até o fim do ano, um Plano de Contingência específico para a
Barragem do Bacanga, na situação mais crítica que ocorre na cidade. De grande
porte e próxima de vários bairros de São Luís, a Barragem, no caso de
rompimento, pode provocar um colapso, um desastre muito grande. O Plano prevê a
retirada das famílias numa situação de rompimento da Barragem do Bacanga.
“Essas Ações demonstram exatamente que nossa
gestão, desde 2009, vem se preocupando com o Sistema de Defesa Civil, montando o
Sistema de Defesa Civil Integrado com todas as secretarias. A própria
Coordenação Estadual de Defesa Civil tem ciência de todas as ações que fazemos.
Temos uma ação integrada muito boa, com destaque para a parceria com o Núcleo de
Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), além da Secretaria
Nacional de Defesa Civil”, disse Magalhães.
Simulado em comunidade
Em maio deste ano, a Semusc, através da Defesa
Civil de São Luís, realizou um Simulado de Defesa Civil, envolvendo famílias
moradoras do Túnel do Sacavém, com apoio da Coordenação Estadual de Defesa
Civil, Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), Corpo de Bombeiros Militar e
rádio-amadores – pessoas importantes numa situação de desastre, quando todo o
sistema de Comunicação é rompido.
No Centro Nacional de Desastre existe uma Central
de Rádio-amadores, que se comunica com o Brasil todo. “E aqui, em São, Luís,
fizemos contatos com os rádio-amadores locais para que eles possam participar
dessa ação. Mandamos para Brasília uma proposta de projeto para montar, dentro
dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECs), rádios-base de rádio-amador
para que essa comunicação possa ser feita, via rádio, com a sede da Defesa Civil
e, numa situação de desastre, se possa passar o alerta, rapidamente, para todos
os líderes comunitários que, por sua vez, repassarão o alerta aos membros do
Grupo Comunitário, para que estes possam ter uma ação efetiva e rápida”, afirmou
o secretário Luiz Carlos Magalhães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário