sexta-feira, 30 de novembro de 2012

São Luís é uma das poucas cidades brasileiras que possui Plano de Prevenção de Desastres

 


Recente pesquisa do IBGE sobre as Defesas Civis do Brasil aponta que pouco mais de 6% das cidades brasileiras possui Plano de Prevenção de Desastres, com metodologia para atuar na prevenção e na resposta a uma situação de desastre natural. Na verdade, 94% dos municípios brasileiros não possuem esse protocolo de atuação para uma situação de desastre.

“Temos orgulho de São Luís estar entre as cidades brasileiras que contam com um Sistema Municipal de Defesa Civil. Nosso mapeamento da área de risco, iniciado em 2010, é refeito de seis em seis meses, poia a situação de risco de uma área pode mudar. Nossa metodologia foi considerada como muito boa pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, citada como referência para que outros municípios brasileiros acompanhassem”, diz o secretário municipal de Segurança com Cidadania, Luiz Carlos Magalhães.

Ao todo, já foram implantados 19 Núcleos Comunitários de Defesa Civil em São Luís. A Coordenação Municipal de Defesa Civil realiza essas ações junto com a comunidade, com orientação na parte de prevenção no período de normalidade (período não chuvoso em São Luís), e como em ações de resposta no período de anormalidade (período chuvoso), em que a população pode acionar o plantão da Defesa Civil, que funciona 24 horas todo dia da semana, durante todo ano.

Kits desabrigados – A Defesa Civil tem um considerável estoque de kits desabrigados, pronto para ser usado em caso de emergência, composto de colchão, travesseiro, lençol e toalhas. Numa situação em que a família perde tudo, ela pode ser deslocada para um abrigo provisório, ou para a casa de um parente e é contemplada, imediatamente, com esse material.

Gel impermeabilizante – Outra ação que a Prefeitura de São Luís realizou, através da Semusc e do Sistema de Defesa Civil, foi a aplicação da nova tecnologia de gel impermeabilizante nas barreiras, produto que substitui a utilização da lona plástica no período chuvoso.

Luiz Carlos explica que com esse produto não há necessidade da aplicação da lona plástica, o que diminui, por exemplo, o problema da epidemiologia. Enquanto a lona plástica acumula água e também insetos, como o mosquito da dengue, essa nova tecnologia evita esse tipo de problema, além de dar segurança, sustentabilidade, evitando, assim, desmoronamento, com encharcamento de solo, por conta da chuva, e reduzindo o risco de desmoronamentos e a perda de vidas.

Plano de Contingência – A Semusc vai apresentar, até o fim do ano, um Plano de Contingência específico para a Barragem do Bacanga, na situação mais crítica que ocorre na cidade. De grande porte e próxima de vários bairros de São Luís, a Barragem, no caso de rompimento, pode provocar um colapso, um desastre muito grande. O Plano prevê a retirada das famílias numa situação de rompimento da Barragem do Bacanga.

“Essas Ações demonstram exatamente que nossa gestão, desde 2009, vem se preocupando com o Sistema de Defesa Civil, montando o Sistema de Defesa Civil Integrado com todas as secretarias. A própria Coordenação Estadual de Defesa Civil tem ciência de todas as ações que fazemos. Temos uma ação integrada muito boa, com destaque para a parceria com o Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), além da Secretaria Nacional de Defesa Civil”, disse Magalhães.

Simulado em comunidade

Em maio deste ano, a Semusc, através da Defesa Civil de São Luís, realizou um Simulado de Defesa Civil, envolvendo famílias moradoras do Túnel do Sacavém, com apoio da Coordenação Estadual de Defesa Civil, Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), Corpo de Bombeiros Militar e rádio-amadores – pessoas importantes numa situação de desastre, quando todo o sistema de Comunicação é rompido.

No Centro Nacional de Desastre existe uma Central de Rádio-amadores, que se comunica com o Brasil todo. “E aqui, em São, Luís, fizemos contatos com os rádio-amadores locais para que eles possam participar dessa ação. Mandamos para Brasília uma proposta de projeto para montar, dentro dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDECs), rádios-base de rádio-amador para que essa comunicação possa ser feita, via rádio, com a sede da Defesa Civil e, numa situação de desastre, se possa passar o alerta, rapidamente, para todos os líderes comunitários que, por sua vez, repassarão o alerta aos membros do Grupo Comunitário, para que estes possam ter uma ação efetiva e rápida”, afirmou o secretário Luiz Carlos Magalhães.

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