sábado, 2 de junho de 2012

Relações familiares na berlinda na peça ‘Conversando com mamãe’

A peça está em cartaz hoje, às 21h, e amanhã, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo. A encenação apresenta momentos de muita delicadeza e emoção.

Carla Melo
Do Alternativo

Relações familiares baseadas nas vivências entre um filho e sua mãe são o foco da peça Conversando com mamãe, em cartaz hoje, às 21h, e amanhã, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Centro). No elenco, os atores Herson Capri e Beatriz Segall em interpretações impecáveis.
A peça, que vem de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, tem texto do dramaturgo e diretor argentino Santiago Carlos Oves e direção de Susana Garcia, que também é a idealizadora do projeto. Com muito humor e um texto emocionante, a peça conquistou o público e a crítica cariocas.
Para Beatriz Segall, o sucesso da peça tem explicação. “Um bom texto, um bom autor, um companheiro incrível como o Herson Capri e, sobretudo, a direção excelente da Susana Garcia”, pontua a atriz.
Outro ponto que Beatriz Segall exalta é o enredo da trama que fala, de forma simples e engraçada, sobre mãe, filho, sogra, netos, esposa e marido, enfim, relações familiares e de trabalho com humor e sensibilidade. “São situações que despertam o interesse de todos porque falam sobre momentos que envolvem as pessoas”, diz Segall.
Para Herson Capri, a peça tem boa aceitação do público por vários motivos. “É uma peça que resgata a relação mais importante do ser humano: a de mãe e filho. É um bom texto que foi dirigido com muita delicadeza, a Beatriz é uma delícia em cena. Acho que o fator que mais determina o sucesso é a graça e a leveza com que eu e Beatriz fomos conduzidos pela diretora Susana Garcia. É uma comédia familiar feita com competência”, avalia.
A encenação apresenta momentos de muita delicadeza e emoção. As demonstrações de afeto entre a mãe e o filho são alternadas com situações engraçadas, levando à reflexão a partir do riso e da identificação com seus personagens.
Peça – Conversando com mamãe virou filme em 2004, com adaptação e direção do próprio autor, e teve ótima repercussão. Em 2008, a diretora Susana Garcia assistiu ao filme e resolveu transformá-lo em uma peça de teatro. Entretanto, descobriu que o dramaturgo espanhol Jordí Galcerán já havia realizado uma readaptação para o teatro e que o espetáculo estava em cartaz em Paris com muito sucesso. Essa readaptação foi traduzida para essa montagem no Brasil por Pedro Freire.
Herson Capri explica a construção dos personagens e a relação entre a peça e o filme homônimo. “Eu construí o meu personagem a partir do próprio texto, das emoções contidas nele, sempre com a coordenação da diretora Susana Garcia. A direção nos deu os detalhes dos sentimentos, a sintonia fina do espetáculo. Nem eu nem Beatriz nos baseamos no filme para a elaboração dos nossos personagens. A direção também não. Fizemos o nosso trabalho independentemente”, assinala.
A trama conta a história de Jaime (Herson Capri), 50 anos, bem-sucedido na vida profissional, casado, com dois filhos e um excelente emprego. Com a crise econômica, seu mundo encantado se desfaz. Desempregado, entra em conflito com a família e vê como única saída a venda do apartamento onde mora sua mãe. Essa simples possibilidade desencadeia numerosas questões da vida de Jaime.
A montagem de Susana Garcia de Conversando com mamãe traz surpresas, muito humor e emoção, colocando o espectador diante do imponderável. O cenário é de Marcos Flaksman, os figurinos de Kalma Murtinho, a iluminação de Paulo César Medeiros e a música foi composta especialmente para o espetáculo por Alexandre Elias.
Depois de São Luís, a peça segue para Aracaju, Salvador, Brasília, Maceió e Porto Alegre.

Serviço

• Peça
Conversando com mamãe, com Herson Capri e Beatriz Segall
• Quando
Hoje, às 21h; e amanhã, às 20h
• Onde
Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)
• Ingressos
80,00 (plateia); 70,00 (frisa); 60,00 (camarote); 50,00 (balcão), 40,00 (galeria), à venda na Bilheteria do Teatro e na Loja Saad (av. Holandeses)

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