domingo, 24 de junho de 2012

Ludovicenses e turistas prestigiam arraiais espalhados em toda a cidade


Programação variada movimentou noite de sexta-feira nos arraiais do Ceprama, da Praça Nauro Machado e da Lagoa.

Raíza Carvalho
Da equipe de O Estado


Na noite da última sexta-feira, ludovicenses e turistas encantaram-se com os folguedos juninos do Maranhão em arraiais espalhados pela cidade. No ano do quarto centenário de São Luís, o que não faltavam eram homenagens à capital maranhense nas indumentárias e nas toadas dos grupos de bumba meu boi. No arraial do Ceprama, por volta das 20h40, o Boi de Axixá, sotaque de orquestra, interagia com o público. As índias e os cablocos de fita apresentavam em suas roupas imagens de azulejos portugueses, um símbolo da história local.
Sob um céu de bandeirinhas, quem estava na Praia Grande pôde aproveitar as diferentes opções oferecidas pelo lugar. Na Praça Nauro Machado, os brincantes aproveitavam o show da banda Mákina du Tempo. “Estamos aqui de boca aberta. Não tínhamos ideia da diversidade da festa até agora. O que mais me chama a atenção são as muitas influências culturais que o São João daqui reúne, como a africana e a portuguesa”, disse a paulista Rosa Veneziana. Na Praça da Faustina, o público acompanhava de perto a leveza das coreiras do Tambor de Crioula de São Benedito de Clemente. Muita gente não resistia ao toque das caixas e também caía na dança. “É minha primeira vez aqui em São Luís e estou achando tudo muito bonito”, disse Edgar Barbosa, que veio do Tocatins.
Turistas - O sotaque de zabumba do Boi Unidos Venceremos empolgou o público no Canto da Cultura. O turista Marcelo Pinheiro, da Orquestra Voadora do Rio de Janeiro, pulava bastante, empolgado com as manifestações. “Isso aqui é a coisa mais louca e mais linda! Isso é tão grande ou maior que as fanfarras do Rio. Conheço praticamente todas as festas juninas do Brasil e perdem de mil!”, disse, entusiasmado, o músico, que veio com a incumbência de levar a influência musical do bumba meu boi para sua orquestra. O brilho dos cablocos de fita, das índias e dos tocadores era registrado em câmeras fotográficas por pessoas de todos os lugares do Brasil. “Todas as minhas expectativas estão superadas. É incrível observar um luxo tão grande nas vestimentas e um pé rachado as sustentando”, disse a sulista Maria Gloss.
Do outro lado da cidade, no Arraial da Lagoa, o batalhão pesado do Boi da Maioba fazia o público tocar as matracas com empolgação e cantar junto as toadas mais famosas do batalhão. Já próximo à meia-noite, o público experimentou as cores e as belezas do Boi de Sonhos.

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