Não é dessa vez que a multinacional americana Alcoa vai cortar a produção de alumínio no Brasil, como tem feito em diversos países desde o início do ano. Depois de reunião de ontem, em Brasília, com a presidente da República Dilma Rousseff, o CEO mundial da companhia, Klaus Kleinfeld, definiu que serão mantidas preservadas as operações da subsidiária brasileira.
As duas unidades de fundição de alumínio que estavam sob ameaça de cortes na produção - Poços de Caldas (MG), com 95 mil toneladas/ano, e São Luís (MA), com 265 mil toneladas - sofrerão apenas "ajustes necessários", principalmente no que diz respeito à corte de custos, segundo disse ao Valor o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder. "Não haverá fechamento de linhas", enfatizou o executivo.
A decisão foi tomada diante do compromisso do governo em diminuir o peso dos custos da energia sobre as operações da indústria brasileira. Em reunião com o executivo, Dilma afirmou que a questão dos custos de energia é prioritária para o governo, sendo tão importante quanto a questão dos juros para a competitividade do país. Estiveram presentes na reunião, além dos executivos da Alcoa, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel e o ministro de Minas e Energia Edison Lobão.
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