domingo, 20 de maio de 2012

Cresce produção industrial maranhense

Do jornal O Estado do Maranhão

De acordo com o estudo, a indústria retomou a atividade no estado, no Brasil (54,6 pontos) e no Nordeste (55,0 pontos) após o início do ano.

O volume de produção na indústria maranhense aumentou no mês de março deste ano, frente a fevereiro, conforme índice de 56 pontos registrado na Sondagem Industrial do Maranhão (marcações acima de 50 pontos sinalizam variação positiva). A pesquisa produzida pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) manifesta o olhar dos empresários sobre o desempenho da produção, do emprego, dos estoques e da utilização da capacidade instalada da indústria (UCI).
De acordo com o estudo, a indústria retomou a atividade no estado, no Brasil (54,6 pontos) e no Nordeste (55,0 pontos) após o início do ano, período que interfere no ritmo de produção.
A redução dos estoques de produtos finais na indústria maranhense, que ficou em 48,3 pontos em março comparado a fevereiro, é um dos fatores que demonstram a atividade no setor. Diferente do Maranhão, os estoques ficaram estáveis e acima do planejado na Região Nordeste e no Brasil.
O uso da capacidade instalada também ficou acima do usual para o mês no estado, conforme indicador de 53,1 pontos. O quadro difere do ocorrido no mesmo período de 2011.
A pesquisa também mostrou que houve absorção de mão de obra nas médias e grandes indústrias maranhenses (53,6 pontos), assim como no Nordeste e no Brasil. Por outro lado, nas pequenas (48,1 pontos), ocorreu dispensa de trabalhadores.
Os indicadores variam de zero a 100. Valores abaixo de 50 indicam queda ou variação negativa, igual a 50 estabilidade e acima de 50 aumento ou variação positiva.
Expectativa e lucro - A Sondagem Industrial revela ainda as condições financeiras e os principais entraves enfrentados pelos empresários industriais nos primeiros meses de 2012 e demonstra as expectativas deles, em março, para os próximos seis meses, acerca da demanda, exportações, emprego e compra de matérias-primas.
Em março, as expectativas dos industriários maranhenses para os próximos seis meses mantiveram-se no mesmo patamar revelado no mês anterior e no igual período de 2011. Em relação à demanda, o indicador de 70,9 pontos projeta aumento e está acima do índice médio de 65,75 pontos. Também é esperado pelos industriais o aumento da compra de matéria-prima e admissão de mão de obra. O único item que se mantém estável é a expectativa deles em relação às exportações.
Os dados da pesquisa mostraram que as pequenas empresas (54,5 pontos) consideraram boa a margem de lucro operacional das indústrias do Maranhão no primeiro trimestre de 2012, enquanto que pelas médias e grandes, a margem foi considerada ruim (37,5 pontos), o que acabou influenciando o índice geral de 42,5 pontos.
Já no Brasil e no Nordeste, todo setor considerou ruim a margem de lucro operacional, pois os índices situaram-se abaixo dos 50 pontos. Comparando ao mesmo período de 2010 e 2011, o indicador no Brasil recuou.
Ainda de acordo com a sondagem, a situação financeira das indústrias maranhenses no primeiro trimestre de 2012 foi considerada ruim pelas empresas industriais, sem distinção de porte.
As pequenas e médias indústrias da Região Nordeste e no Brasil também consideraram ruins as suas situações financeiras. No entanto, para as grandes indústrias foi satisfatória. Na comparação com o mesmo período de 2010 e 2011, houve deterioração da situação financeira, pois os índices recuaram.

Queda dos juros eleva otimismo


Brasília - O otimismo do empresário cresceu 0,7 ponto em maio frente a abril, atingindo 57,9 pontos, informa a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sexta-feira. O índice varia de zero a 100. Valores abaixo de 50 pontos sinalizam pessimismo.
O ICEI é formado pela avaliação das condições atuais e nos próximos seis meses da economia e da empresa. O crescimento de 0,7 ponto se deveu, sobretudo, à queda do pessimismo sobre a situação presente da economia, que saiu de 45,7 pontos em abril para 47,4 pontos este mês, mais próximo da linha dos 50 pontos.
O economista da CNI Marcelo de Ávila explica que a queda dos juros e as medidas do Plano Brasil Maior contribuíram para reduzir o pessimismo sobre as condições atuais da economia. A continuidade da avaliação negativa - 47,4 pontos indicam pessimismo - se deve, sobretudo, segundo ele, à extrema dificuldade de acesso ao mercado externo, pela crise econômica internacional e à concorrência com os importados no mercado interno.
O otimismo do empresariado da indústria é maior no Nordeste. O Iceida região atingiu 61,5 pontos em maio, contra 59,8 pontos no Centro-Oeste e 58,3 no Norte. No Sul e Sudeste, o Icei registrou 55,8 e 55,9 pontos, respectivamente. Embora ainda pessimista, a confiança do industrial sobre as atuais condições da empresa também cresceu, de 48,8 pontos em abril para 49,2 pontos em maio. De acordo com Ávila, a confiança atingiu praticamente a estabilidade em maio, ao chegar próxima da linha dos 50 pontos.
Expectativas - As perspectivas dos empresários para os próximos seis meses sobre a economia e a empresa se mantiveram positivas e estão mais elevadas em maio na comparação com abril.
Em relação ao futuro da economia, o índice subiu de 58,1 pontos em abril para 59,1 pontos em maio. Já as expectativas sobre a empresa cresceram de 64,1 pontos para 64,4 pontos de um mês para o outro.

7º Encontro de Empresários Industriais será dia 22


Já estão definidos os temas para o 7º Encontro com Empresários Industriais Maranhenses, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), em São Luís. O evento deve reunir empresários de diversos segmentos industriais, a partir das 19h, no Hotel Luzeiros, e integra o calendário de comemorações do mês da indústria organizado pela Fiema.
Para defender os temas, foram convidados representantes do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que abordarão os assuntos com enfoque no estado do Maranhão.
Nesta edição, a Fiema terá a parceria da Secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc). A discussão será em torno do pacote de medidas lançado pelo Governo Federal para a indústria e dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento industrial disponíveis aos empresários maranhenses.
"Nosso foco é o fortalecimento e a competitividade industrial maranhense", afirmou o presidente da Fiema, Edílson Baldez das Neves.
Brasil Maior - O coordenador-geral de Acompanhamento de Ações e Programas Especiais do MDIC, Luís Felipe Giesteira, que é doutor em Política Industrial, discorrerá sobre os principais pontos do Plano Brasil Maior do governo Dilma Rousseff, divulgado no mês passado com o objetivo de fortalecer a indústria brasileira diante da concorrência dos produtos importados.
Pela ABDI, virá o coordenador da Rede Nacional de Política Industrial (Renapi), Paulo Lacerda, cuja palestra trata do aparato disponível na agência para apoiar o desenvolvimento industrial no país.
O guia tem ferramentas que auxiliam as empresas de acordo com seu perfil e demanda, disponibilizando informações atualizadas que poderão contribuir para o aumento da competitividade, como apoio financeiro, apoio técnico, defesa comercial, incentivos e desonerações, apoio à inovação e à exportação.

Os três maiores problemas

- A Elevada Carga Tributária foi percebida pelas indústrias maranhenses e do Brasil como o maior problema enfrentado no primeiro trimestre de 2012.
- A Falta de Trabalhador Qualificado, também considerada o principal problema no Maranhão, foi o terceiro maior para a indústria nacional.
- A Competição Acirrada do Mercado foi o segundo maior problema no Brasil.

Mais

A pesquisa do Icei foi realizada de 2 a 15 deste mês com 2.394 empresas, das quais 840 de pequeno porte, 954 médias e 600 grandes.

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