domingo, 20 de maio de 2012

Corredor Metropolitano e Via Expressa modernizarão a cidade

O primeiro interligará interligando todos os municípios da Região Metropolitana e o segundo seguirá do Maranhão Novo ao Anil.

Do jornal O Estado do Maranhão

A construção do Corredor Metropolitano, segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, tem como alvos a ampliação e modernização do sistema de transporte público, a revitalização do sistema viário da Região Metropolitana de São Luís e o aumento da capacidade viária, compatibilizando com a demanda futura de fluxo de veículos. "Trata-se da maior obra do governo Roseana Sarney. É estruturante e de muita importância para a cidade. Somos mais de 1.300.000 habitantes numa das poucas capitais brasileiras que não evoluiu no que diz respeito aos sistemas viário e de transporte público. É uma obra arrojada, mas acima de tudo necessária", afirmou.
O Corredor Metropolitano terá 19,92 quilômetros de extensão, com oito pistas de rolamento. Serão três faixas em cada sentido com outras duas exclusivas para o transporte de massa. Esse transporte deverá ser feito por modelo BRT (Bus Rapid Transit), que consiste em veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. A faixa exclusiva para BRT terá 7 metros de largura.
A via terá uma largura total de 36 metros e a pista de rolamento com dimensão de 3,15 metros (três faixas em cada sentido). Ainda haverá uma ciclovia com largura de 3 metros e passeio com 2,40 metros. Serão construídos ao longo da rodovia quatro elevados e estações de passageiros.
O Corredor Metropolitano começará na BR-135, antes do Aeroporto Marechal Cunha Machado. Passará por 56 bairros, dentre eles São Raimundo, Cidade Operária, rotatória da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Cohatrac, Maiobão, Maioba até chegar ao condomínio AlphaVille, no Araçagi. A partir dali, a rodovia, que será uma MA, se interligará à Avenida dos Holandeses, que posteriormente será alargada. Ao longo da rodovia, que fará interligação com os municípios de São Luís, Paço do Lumiar e São José de Ribamar, dando acesso a Raposa, serão construídas oito estações de embarque e desembarque de passageiros. "Todas elas [estações] já adaptadas para o BRT, com rampas e acessos a deficientes físicos, estrutura coberta e que propicia maior segurança e praticidade ao usuário do transporte de massa. A intenção também é interligar esse transporte aos terminais de integração municipais", destacou Max.
De acordo com Max Barros, em até 90 dias o processo de licitação para o início da obra deverá ser realizado. "O projeto executivo já está pronto e aprovado. Os recursos também já foram disponibilizados e acreditamos que em 90 dias vamos conseguir tramitar todos os documentos necessários, ou seja, a parte burocrática. Somente então partiremos para a licitação do empreendimento", afirmou. A obra deverá ser iniciada ainda este ano e terá conclusão em 2014.
Via Expressa - O segundo trecho da Via Expressa, com recursos assegurados na ordem de R$ 71.226.082,58, seguirá do Maranhão Novo, na Avenida Daniel de La Touche até o bairro Anil, na junção com a Avenida Santos Dumont.
A via terá largura total de 32,75 metros, com pista de rolamento de 2x10,50 metros (serão três faixas de tráfego em cada sentido). O canteiro central terá 1x4 metro, o passeio 2 metros, ciclovia com 2,70 metros e faixa exclusiva para o transporte coletivo. "Nosso objetivo é estabelecer um corredor que vai do aeroporto até a Avenida Carlos Cunha, no São Francisco. Hoje, o principal corredor da cidade é a Jerônimo de Albuquerque, com o tráfego já saturado. Por isso criamos uma alternativa, bem mais estruturada", disse Max.
O primeiro trecho da Via Expressa, que está em fase de construção (da Avenida Carlos Cunha até a Daniel de La Touche), deve ficar pronto no fim deste ano. A primeira parte do primeiro trecho, no entanto, será entregue antes, no aniversário da cidade (da Avenida Carlos Cunha até o Cohafuma). Já o segundo trecho da Via Expressa (do Maranhão Novo até o Anil) deverá ser entregue à população em 2014.

Corredor beneficiará 291 mil pessoas

Somente no São Raimundo, uma das áreas de maior influência da rodovia, 48.370 pessoas serão beneficiadas com a obra.
A construção do Corredor Metropolitano beneficiará uma população de 291.180 pessoas, em um total de 56 bairros. Haverá melhorias na acessibilidade a universidades, aeroporto, hospitais, portos, praias, Centro Histórico de São Luís e proporcionará a expansão comercial de toda a área de abrangência, com criação de empregos diretos e indiretos.
A obra tem como objetivos promover condições de mobilidade e acessibilidade da população de baixa renda, representante do maior adensamento populacional; oferecer condições seguras de utilização das vias de acesso a todos os municípios da Região Metropolitana, além de interligar os principais corredores viários da Ilha.
Somente na região do São Raimundo, uma das principais áreas de influência da rodovia, 48.370 pessoas são beneficiadas pela obra. Nesta área, também estão inseridos os bairros Vila Cascavel, Cruzeiro de Santa Bárbara, Conjunto São Raimundo, Conjunto Habitar, Tibiri e Tibirizinho.
Outra área de influência é a do São Cristóvão. Lá, serão 48.573 pessoas beneficiadas pelo Corredor Metropolitano. A população dos bairros Jardim São Cristóvão, Tirirical, Ipem-São Cristóvão, Cidade Operária e Maiobinha fazem parte da região, além do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.
A área de influência da Forquilha, com 38.422 pessoas, é composta no projeto por Maiobinha, Parque Sabiá, São Bernardo, Jardim São Cristóvão II, Planalto Anil II, Recanto dos Signos, Cohab Anil IV, Cohatrac V, Cohatrac I e II, Cohatrac II, Jardim das Margaridas e Jardim Araçagy.
A área de influência seguinte é da Vila Luizão, com 38.448 pessoas beneficiadas pelo trajeto do Corredor Metropolitano. Os bairros Conjunto Planalto Turu I, Conjunto Planalto Turu IIe Conjunto Planalto Tutu III, Santa Rosa, Divineia, Vila Luizão e Olho d'Água completam o perímetro. "Nosso objetivo é priorizar o transporte de massa dessa população, que hoje sofre com a falta de um sistema viário estruturado", disse Max Barros.
Estudo - A equipe de engenharia da Sinfra elaborou um amplo estudo a respeito do transporte público de São Luís, que levou em consideração que do total de 291.108 pessoas que moram nas áreas de influência da rodovia, uma média de 20% deverá ser usuária do novo modelo de transporte com linha de destino à área do São Francisco via Avenida dos Holandeses, e à área da Praça Deodoro via Estrada de Ribamar, além do corredor Centro - Anil. A demanda estimada da área de influência do corredor é de 58.221 pessoas por dia.
Linhas - Com o Corredor Metropolitano, o Governo do Estado já estuda a implantação do Sistema de Linhas Semiurbanas, com a implantação de Linhas de Integração. As linhas fariam essa ligação, saindo das Estações de Embarque e Desembarque de Passageiros (serão oito ao todo), indo até as proximidades (entorno) dos Terminais de Integração da capital.
Uma linha sairia da Estação de Embarque de Passageiros da Uema até as proximidades do Terminal de Integração do São Cristóvão, com 3,64 quilômetros de percurso.
Outra linha sairia da estação no entroncamento da MA-201 até o entorno do Terminal de Integração do Cohab/Cohatrac, com aproximadamente 6,72 quilômetros no percurso de ida e volta.
As linhas do Terminal de Integração do Distrito Industrial que seguem via BR-135 fariam a integração/transbordo no Terminal Intermodal Rodoferroviário nas imediações do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.

Saiba mais

Por meio da construção de 15 mil apartamentos, que foram e/ou estão sendo entregues no período 2011/2012 pelo programa Minha Casa, Minha Vida, todos situados na área de influência direta do Corredor Metropolitano, considerando uma média de quatro pessoas por domicílio (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), tem-se um total de 60 mil pessoas. Deste total, estimando-se que 50% utilizariam o transporte público desse corredor, haverá incremento da ordem de 30.000 passageiros por dia na rodovia.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Se estivéssemos na idade média, estaríamos vivendo em autêntica alquimia. Tudo isso não passa de falácia política.