Estatísticas da agência revelam o volume de carga movimentada no ano passado nos estados
O Complexo Portuário de São Luís (CPSL) é o quarto maior do país em volume de movimentação de carga, com 128,8 milhões de toneladas (t) em 2011. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). À frente dos portos da Ilha está o sistema portuário de São Paulo, com 146 milhões/t (3º da lista); Rio de Janeiro, com 161,4 milhões/t (2º do ranking), e Espírito Santo, com 169,7 milhões/t, o maior volume registrado no período.
Os dados da Antaq referem-se à movimentação em 19 estados, consolidados até ontem no sistema on-line da Agência. No comparativo com o resultado de 2010, verifica-se que os quatro maiores sistemas portuários, por unidade da federação, mantiveram as suas posições no ranking.
No caso do Maranhão, o volume de cargas cresceu de 118 milhões/t em 2010 para 128,8 milhões/t em 2011 (diferença de 9,15%, o maior índice dos quatro primeiros da lista). No biênio em referência, São Paulo passou de 141,4 milhões/t para 146,1 milhões/t (alta de 3,32%). De 2010 para 2011, a movimentação de carga no Rio de Janeiro subiu de 152,5 milhões/t para 161,5 milhões/t (diferença de 5,9%), respectivamente, enquanto o sistema portuário do Espírito Santo passou de 164,2 milhões/t para 169,7 milhões/t (alta de 3,34%).
O sistema portuário maranhense, formado pelo porto público organizado do Itaqui e pelos terminais de uso privativo (TUP) Ponta da Madeira (TPPM/Vale) e Terminal da Alumar, com 11 atracadouros operacionais, de acordo com os dados gerais da movimentação de carga, teve como principal atividade os embarques de granel sólido, com 120,8 milhões/t em 2011.
Em segundo lugar ficaram os produtos líquidos, principalmente derivados de petróleo, com 7,8 milhões/t movimentadas no ano passado. O CPSL, segundo dados da Antaq, movimentou ainda 1.476 contêineres em 2011, com um peso total de 18.120 t.
Itaqui - De acordo com informações divulgadas pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui, do total de cargas movimentadas no ano passado, 7 milhões/t foram de derivados de petróleo. Metade desse total abasteceu o Maranhão e os outros 3,5 milhões/t seguiram via cabotagem para outros estados do Norte e Nordeste do país.
A importação de derivados de petróleo (gasolina, querosene de aviação e óleo diesel), tem alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 25%, a maior delas. No ano passado, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda do Maranhão (SEFAZ), a arrecadação de ICMS, até novembro, foi de R$ 2,9 bilhões. Calcula-se que o impacto da importação de derivados na arrecadação de ICMS foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.
O Itaqui também ampliou as operações com fertilizantes, acompanhando a demanda do setor do agronegócio. Foram movimentadas 928 mil toneladas em 2011 contra 669 mil em 2010, um aumento de quase 39%. Foram também com granéis sólidos alguns dos recordes de produtividade alcançados em 2011: uma média de 3,3 mil toneladas de fertilizantes desembarcadas por dia.
Vale - De acordo com os relatórios de operação do TPPM, o maior volume de carga movimentada em 2011 foi de minério de ferro, com 95,5 milhões/t, o que significa 89,36% do resultado geral. O segundo produto de maior movimentação no terminal foi a pelota (aglomerado de minério de ferro usinado), com 4,9 milhões/t, o que representa 4,58% do desempenho total.
Em terceiro lugar ficaram os embarques de soja, com 2,54 milhões/t. Na sequência vieram as remessas de minério de manganês, com 1,83 milhão/t, seguidas pelos carregamentos de ferro-gusa, com 1,69 milhão/t. O relatório registra, por fim, a movimentação de cobre no TPPM, que chegou a 404,3 mil/t no ano passado.
Alumar - A movimentação de carga no Terminal da Alumar em 2011 ficou em 12,6 milhões/t. A bauxita foi o produto de maior volume, com 8,6 milhões/t, seguido pelas operações com alumina (2,4 milhões/t), carvão/coque (643,8 mil/t), soda cáustica (622,7 milhões/t), e óleo combustível (228, mil/t). O terminal registrou 354 atracações de navios no ano passado. (Fonte: O Estado do Maranhão)
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