terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Produção de gás no Maranhão vai começar este ano


Empresas perfurarão poços na Bacia de Barreirinhas

Seis anos após o arremate dos campos, Engepet/Perícia e Panergy confirmam para julho a perfuração de poços e início da produção de gás natural

As empresas Engepet/Perícia e Panergy, seis anos após arrematarem os campos de Oeste de Canoas e Espigão, respectivamente, ambos localizados na Bacia de Barreirinhas (terrestre), confirmam para julho deste ano a perfuração dos poços e início da produção de gás natural na região. Os dois campos juntos têm reserva estimada em 350 milhões de m³ de gás.
Desde o arremate dos campos na 2ª Rodada de Licitações de Áreas Inativas, realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 29 de junho de 2006, questões ambientais emperraram o processo. A última pendência era o licenciamento por parte da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), que foi concedido no início de novembro do ano passado.
O diretor comercial da Engepet, Cléber Bahia Silva Júnior, informou que tanto a Engepet/Perícia quanto a Panergy iniciaram o processo de contratação de sondas e aquisição de equipamentos para a perfuração dos oitos poços distribuídos nos dois campos. "Já estamos adquirindo os equipamentos, mas só iniciaremos a intervenção nos poços após o período chuvoso, em julho deste ano", disse.
Perfuração - Dos oito poços que serão perfurados, em quatro está confirmada a presença de gás natural, dois em Oeste de Canoas, campo arrematado pela Engepet/Perícia, e dois em Espigão, concessão da Panergy. O investimento na exploração dos oito poços é estimado em R$ 25 milhões.
Cléber Bahia adiantou que numa primeira fase a produção nos campos de Oeste de Canoas e de Espigão irá atender o mercado automotivo, por meio da oferta de e gás natural veicular (GNV). Inicialmente, deve ser colocado em operação um dos quatro poços de Oeste de Canoas, com produção prevista de 100 mil m³/dia de gás, volume que será transportado até o mercado de São Luís por meio de caminhão. "Em outra etapa, atenderemos a demanda da indústria maranhense", afirmou.
Já o campo de Espigão, por se encontrar numa área de difícil acesso, necessitará a construção de um gasoduto de 25 quilômetros até a BR-402 para escoamento do gás natural.

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A empresa Rio Proerg, que adquiriu a área do campo de São João, também na Bacia de Barreirinhas, na 2ª Rodada de Licitações de Áreas Inativas, até hoje sequer assinou o contrato de concessão com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Números


R$ 3,2 mi Foi o valor pago pela Engepet/Perícia ao arrematar o campo de Oeste de Canoas
R$ 1,1 mi Pagou a Panergy pelo arremate do campo de Espigão
350 mi De m³ é a reserva estimada de gás natural nos campos de Espigão e Oeste de Canoas

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