Um espetáculo sobre a solidariedade
Espetáculo O Semeador de Estrelas relata a vida do médium Divaldo Pereira Franco, considerado um dos mais importantes espíritas da atualidade
Raíza Carvalho
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado
O espetáculo O Semeador de Estrelas apresentará a vida de Divaldo Pereira Franco, reconhecido como um dos mais importantes médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo. Protagonizada por Renato Prieto, a peça estreia hoje (14), às 21h, no Teatro Arthur Azevedo, e será reapresentada amanhã, às 19h30.
A OutroPlaneta Produções traz montagem do texto de Cyrano Rosalen, que mescla narrativas e músicas interpretadas pelos atores em cena. A produção chega a São Luís após ter sido assistida por mais de 200 mil pessoas em diversas capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Divaldo Pereira Franco é conhecido mundialmente por ser autor de mais de 250 obras, das quais houve versões para 17 idiomas. Entre outras atividades, ele fundou a instituição para crianças Mansão do Caminho e em 20 Casas Lares, ele educou mais de 600 filhos e hoje tem mais de 200 netos e bisnetos.
Sem preocupação com a cronologia dos fatos, serão apresentados momentos selecionados da vida de Divaldo Franco, temperados com muita emoção e pitadas de humor. Esses fragmentos importantes da vida do médium são costurados por uma bela trilha sonora composta exclusivamente para o espetáculo pelo compositor Cayê Milfont.
“Vamos contando, cantando e embalando o público, que ama a apresentação”, relata Prieto. A atmosfera sensível da apresentação também é reforçada pela iluminação, trabalhada por Márcio Boti.
Desafio - Segundo Prieto, a missão de interpretá-lo é desafiadora. “É uma responsabilidade muito grande. Como somos amigos, conversei com ele e pedi sua autorização e só então fui em frente. Procuro me entregar a tudo o que faço e acredito que é baseado na honestidade na realização deste projeto que já chegamos a mais de 6 milhões de espectadores”, afirma.
O ator Renato Prieto tornou-se conhecido no Brasil e no exterior pelo seu personagem André Luís, do filme Nosso Lar, assistido por mais de 7 milhões de pessoas. O elenco do espetáculo também é formado por Paulo Paixão, Silvia de Silva e Rosana Pena.
“Divaldo merece ter sua história contada”
O Estado – Você pode escolher os personagens que interpreta. Por que representar o Divaldo Pereira Franco?
Renato Pietro - Existem no Brasil e pelo mundo afora muitos semeadores da bondade, pessoas que doam suas vidas para o bem dos outros, iluminando caminhos. Divaldo merece ter sua história contada. Minha escolha é uma forma de contribuição para que muitos possam tirar bons exemplos a serem seguidos e viverem melhor, compartilhar mais, ajudar sempre e simplificarem eternamente. Divaldo é mestre. Vale a pena conferir e se possível, copiá-lo.
O Estado – Há uma segmentação do espetáculo para o público espírita? Como essa questão é trabalhada na peça?
Renato Pietro - Faço teatro sem pregação. Minha preocupação é contar, mostrar, divulgar. Claro que existe um público enorme nos país cada vez mais interessado em assuntos espirituais que se sentem atraídos pelo espetáculo. Estou no palco para representar. Este é meu ofício, minha devoção e também minha crença.
O Estado - Nas gravações de alguns filmes sobre o Chico Xavier houve manifestações sobrenaturais. Nos bastidores do O Semeador de Estrelas aconteceram situações semelhantes?
Renato Pietro - Fenômenos acontecem o tempo todo a nossa volta. É só manter-se ligado para o sutil não passar despercebido dentro e fora dos palcos.
O Estado – O filme Nosso lar foi visto por mais de 7 milhões de pessoas e ganhou repercussão internacional em festivais de cinema ilustres como o de Cannes. A qual ingrediente você atribui esse sucesso?
Renato Pietro - O sucesso é uma prova que todos queremos ir adiante. Evoluir, compreender de onde viemos, o que estamos fazendo e para onde vamos. Dizem que a voz do povo é a voz de Deus. O sucesso é uma prova que todos queremos sim melhorar e viver em paz.
O Estado - Devido à visibilidade comercial dada à filosofia espírita, você acha que há risco de banalização das crenças espíritas?
Renato Pietro - Depende de quem a conduz. Cada um terá que arcar com seus atos. Quem semeia vento, colhe tempestade. Vejo pelo país afora os espíritas conduzindo com muita responsabilidade e amor esta filosofia que liberta todos nós das amarras do passado e nos propõe um futuro bastante claro e transparente.
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