Está programado para atracar hoje no Terminal da Alumar o navio cargueiro Juruti, em sua segunda viagem, a serviço da empresa. O navio foi entregue no início de dezembro do ano passado, em cerimônia discreta, e realizou o primeiro carregamento de 52,9 mil toneladas na última semana daquele mês. O nome da embarcação é uma homenagem ao município de Juruti, localizado no oeste do Pará, onde ocorre a extração de bauxita. Na região também há um terminal portuário homônimo à cidade.
O navio tem 225 m de comprimento e 32 m de largura, com calado (distância que vai da linha d'água até o fundo da embarcação) de 11,3 m. O cargueiro percorre cerca de 1,6 mil km em cada viagem do Terminal Portuário de Juruti até o porto da Alumar, em São Luís, distância percorrida, em média, em 80 horas.
O primeiro navio a sair carregado do porto de Juruti com destino a São Luís foi o Norsul Camocim, em outubro de 2009. Na ocasião, o cargueiro de 199 m de comprimento e 30 m de largura desembarcou 43 mil toneladas de bauxita.
De acordo com informes da empresa, as reservas minerais na região de Juruti permitem a previsão de uma vida útil do empreendimento de, no mínimo, 70 anos. Para absorver toda a produção de Juruti, foi iniciada em janeiro de 2007 a expansão da Refinaria do Consócio de Alumínio do Maranhão (Alumar), com o objetivo de ampliar a produção de alumina de 1,5 milhão de toneladas (t) por ano para 3,5 milhões/t/ano, um investimento estimado em R$ 4,9 bilhões.
Mina - Com uma reserva de cerca de 700 milhões de toneladas, a mina de Juruti possui um dos maiores depósitos de bauxita de alta qualidade do mundo, com cerca de 49% de alumina disponível no minério. Perde apenas, em teor de alumina, para a bauxita encontrada em solo africano, que detém cerca de 50% de concentração.
Os números do empreendimento são grandiosos: 28 milhões/m³ de terra movimentada, 55 mil/m³ de concreto estrutural, 26 mil toneladas de estruturas metálicas e 7 mil toneladas de trilhos, tudo isso para construir a mina de Juruti, iniciada em julho de 2006. Foram investidos R$ 3,5 bilhões no empreendimento.
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Da bauxita é extraída a alumina, que, por meio do processo de redução, é transformada em alumínio. A produção é constituída por uma série de reações químicas. A bauxita é moída e acrescida de uma solução de soda cáustica, que a transforma em pasta. Aquecida sob pressão e recebendo novas quantidades de soda cáustica, esta massa se dissolve e forma uma solução que passa por processos de sedimentação e filtragem. Nesta etapa são eliminadas todas as impurezas e a solução restante fica pronta para que dela seja extraída a alumina.
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