terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Navio retira o óleo combustível do Vale Beijing


A Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA) informou, ontem, que foi concluída no fim de semana a operação de retirada de 4,5 mil toneladas de óleo combustível (bunker) do navio Vale Beijing, fundeado na Baía de São Marcos, a 60 quilômetros da costa de São Luís, com uma carga de 260 mil toneladas de minério de ferro. O cargueiro está com rachaduras na área do tanque de lastro localizado na popa (traseira), acidente ocorrido no início de dezembro do ano passado no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM).
De acordo com a CPMA, o navio-tanque Sea Emperor, que presta serviço à Petrobras na região, utilizado para reabastecimento em mar aberto, ainda vai retirar mais 2 mil toneladas de bunker do Vale Beijing, assim que concluir o bombeamento do óleo já extraído para uma balsa (do tipo chata, no jargão naval), que está fundeada na zona portuária de São Luís.
Ainda segundo a Capitania, ainda nesta semana será instalado um guindaste no convés do cargueiro, que será utilizado na remoção de aproximadamente 25 mil toneladas de minério do porão 7 (localizado próximo ao tanque de lastro avariado) para os porões 3 e 5. Com isso, espera-se estabilizar o navio, que está com a popa submersa cerca de quatro metros a mais que a proa (parte frontal), um desnível chamado de derrabamento e que pode, eventualmente, causar um acidente de maior proporção, caso de um naufrágio, hipótese atualmente minimizada pela autoridade marítima e pelas empresas responsáveis pela embarcação, que pertence à STX Pan Ocean e afretada à Vale.
Vistoria - Na semana passada, um grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA), liderados pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Léo Cunha (PSC), o primeiro-secretário da Assembleia, Hélio Soares (PP) e o líder do bloco União Democrática, Eduardo Braide (PMN), além do comandante da CPMA, Capitão-de-Mar-e-Guerra Nelson Calmon Bahia, acompanhados de representantes da STX, realizaram uma inspeção no Vale Beijing, para conferir o trabalho realizado à bordo para evitar um acidente ecológico e para reparar os danos causados na estrutura do cargueiro.
Como resultado, a comitiva informou ter tido uma boa impressão dos trabalhos e ainda revelou detalhes do plano inicial de reparos emergenciais no tanque de lastro, ainda na costa de São Luís, e que um conserto definitivo deve ser feito num estaleiro localizado na Turquia.
De acordo com a comissão, a avaria no cargueiro consiste em rachaduras à bombordo (lado esquerdo) e estibordo (direito) do tanque de lastro. As fissuras têm dimensões praticamente idênticas, com 60 cm de comprimento e 10 cm de largura.

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O navio Vale Beijing é da classe Valemax, com capacidade para transportar 390 mil toneladas de minério e estava em sua viagem inaugural quando ocorreu a rachadura no tanque de lastro, quando carregava no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), no início de dezembro de 2011. Os cargueiros dessa classe são os maiores do mundo, atualmente. Foram encomendados a estaleiros asiáticos 35 navios e, até o momento, cinco iniciaram as operações, sendo o primeiro o Vale Brasil, que realizou o primeiro carregamento no primeiro semestre do ano passado, no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís (MA). Em seguida, vieram os navios: Vale Rio de Janeiro e Vale Itália, seguido do Vale China e do Vale Beijing.

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