sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cooperativas maranhenses exportaram 6,8% mais nos sete primeiros meses do ano


As exportações de cooperativas maranhenses para o mercado internacional nos sete primeiros meses de 2011 estão acumuladas em US$ 268 mil, crescimento de 6,8% em comparação a igual período do ano passado (US$ 251 mil). O resultado do estado representa 0,01% do total das vendas externas deste segmento brasileiro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o relatório do MDIC, no Maranhão, a Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco foi a única que exportou este ano para o mercado internacional, ao comercializar 72 mil toneladas de óleo bruto de babaçu para a Itália e Holanda, o mesmo volume registrado no período de janeiro a julho de 2010.
Das 20 unidades da federação que registraram a venda de produtos para o mercado exterior por meio de cooperativas, o Maranhão ocupa a 17ª posição no ranking, superando os desempenhos dos estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Pernambuco.
O Paraná foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas: US$ 1.125 bilhão, representando 34,5% do total das exportações deste segmento. Para o economista José Cursino Raposo Moreira, essa grande participação do estado do Sul do país reflete a força do associativismo local, diferentemente do Maranhão, onde essa cultura não tem sido assimilada.
"O estado do Paraná se tornou um grande exportador de soja, a partir das cooperativas de produtores rurais e de crédito. No Maranhão, já tivemos muitas iniciativas para difundir e consolidar o associativismo, mas sem êxito", comparou o economista.
Constatação que se confirma nas próprias estatísticas do MDIC, quando se revela que de 161 empresas cooperativas que realizaram exportações nos sete primeiros meses deste ano, somente uma é do Maranhão, do município de Lago do Junco, e ainda assim com vendas abaixo de US$ 1 milhão.
Dessas 161 cooperativas, quatro exportaram valores acima de US$ 100 milhões; três, entre US$ 50 milhões e 100 milhões; 32, entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões; 13, entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões; 43, entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões; e 66, entre as quais uma maranhense, abaixo de US$ 1 milhão.
No total, a soma das exportações de cooperativas brasileiras de janeiro a julho de 2011 apresentou crescimento de 33,1% sobre igual período de 2010, alcançando um total de US$ 3,264 bilhões. Considerando a série desde 2005, para o período em análise, este foi o maior resultado alcançado. Além disso, entre janeiro e julho, apenas em 2009 as exportações do setor não registraram expansão relativamente ao período anterior, fato que se explica pela crise financeira internacional, que ensejou retração no comércio mundial.
As vendas externas das cooperativas alcançaram 127 países nesse período, com destaque para a China (vendas de US$ 361,7 milhões, representando 11,1% do total); Alemanha (US$ 329,8 milhões, 10,1%); Emirados Árabes Unidos (US$ 328,1 milhões, 10,0%); Estados Unidos (US$ 238,5 milhões, 7,3%); Países Baixos (US$ 173,9 milhões, 5,3%); Japão (US$ 144,3 milhões, 4,4%); Rússia (US$ 143,8 milhões, 4,4%); Argélia (US$ 124,5 milhões, 3,8%) e Arábia Saudita (US$ 121,5 milhões, 3,7%).

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Exportações da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco
Destino: Holanda
Produto: Óleo de babaçu bruto
Valor: US$ 216.356
Volume: 57.600 toneladas
Destino: Itália
Produto: Óleo de babaçu bruto
Valor: US$ 51.604
Volume: 14.400 toneladas

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