Convênio assinado entre os governos estadual e federal vai recuperar alguns prédios e praças do Centro Histórico e dar nova função a eles para incentivar turismo.
ISMAEL ARAÚJO
Muro do Palácio dos Leões
Alguns prédios e praças dos séculos XVIII e do XIX de São Luís vão ser revitalizados ainda este ano e muitos deles serão transformados como ponto estratégico para a realização de eventos culturais maranhenses. Na última quinta-feira, o ministro do Turismo, Pedro Novais, e a governadora Roseana Sarney (PMDB) assinaram cinco convênios referentes a obras no Centro Histórico com financiamento da União. Dentre as principais obras estão a restauração: da antiga fábrica da Oleama; das praças do Desterro e João Lisboa; de três casarões no Centro Histórico; a muralha do Palácio dos Leões; e a revitalização do prédio da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (Reffsa), na Beira-Mar.
A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogea, falou que esse acordo afirmado entre o Ministério do Turismo e o Estado é fruto de um trabalho que já vinha sendo feito desde o ano passado. Representantes do Iphan e das secretarias estudais da cultura, do turismo e da infraestrutura vinham realizado reuniões, debates e produzidos planos e projetos de revitalização dos prédios e praças seculares do Maranhão.
Ela ainda informou que, no momento, a cidade de São Luís possui cerca de aproximadamente 5.600 prédios tombados em nível federal e estadual, mas, muitos estão vivendo uma dura realidade, ou seja, muitos casarões estão em ruínas e a maior parte deles serve na verdade de abrigo para usuários de entorpecentes. Com a aprovação desse projeto, o passado maranhense vai continuar vivo aos nossos olhos.
A velha Reffsa
Após a revitalização, o antigo prédio da Reffsa, localizado na Beira-Mar, vai abrigar a Casa de Arte, um espaço de lazer para turistas e maranhenses e também para exposição de arte. No momento, o prédio está sob a coordenação da secretaria de Segurança Pública onde funciona as delegacias especializadas de Homicídios, Idoso, Fazendária, Defraudações, Meio Ambiente e no prédio anexo, o Plantão Central e a delegacia de Narcóticos (Denarc).
O superintendente estadual de Investigações Criminais, Marcos Afonso, disse que vai sentir muito com a mudança da especializada daquele prédio para o bairro de Fátima, pois, não vai mais poder contemplar o pôr-do-sol da janela do seu gabinete. “A vista aqui é muito bonita. O encontro das águas do mar com a do rio Anil e também a ponte José Sarney toda iluminada durante a noite servem para acalmar o nosso dia-a-dia policial”, diz Marcos Afonso.
A vendedora Joana Penha, que trabalha numa barraca ao lado da Reffsa há mais de 20 anos, falou que está revoltada com a situação precária daquele prédio. O cenário é composto de portões corroído pela ferrugem, as paredes cheias de buracos, o piso danificado, as instalações elétricas amostra, as escadarias e os telhados precisando urgentemente de reparos. Confira a reportagem completa na edição impressa de O Imparcial.
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