Rosário – Os novos investimentos que estão sendo implantados nas mais diversas áreas no eixo Rosário/Bacabeira, entre eles a Refinaria Premium I, da Petrobras, que já teve suas obras de terraplanagem iniciadas desde setembro, vêm aquecendo alguns segmentos comerciais na Região do Munim. O principal deles é o setor ceramista, um dos que mais cresceram em termos de produção e geração de emprego e renda nos últimos dois anos, graças ao aquecimento da construção civil.
Na Região do Munim e Lençóis Maranhenses, formada por 12 municípios, 80% desse crescimento do setor ceramista deve-se à construção em grande escala de moradias populares para as classes C, D e E (média, média baixa e baixa renda), viabilizada por meio de programas sociais desenvolvidos no estado pelos governos federal, estadual e municipal. Só no município de Santa Rita, por exemplo, a prefeitura construiu mais de mil habitações de 2008 a 2010 e parte do material adquirido veio de cerâmicas de Rosário.
O município de Rosário tem atualmente 19 fábricas de cerâmicas em funcionamento em uma área fora do perímetro urbano da cidade, denominada bairro Boa Vista. É de lá que saem diariamente dezenas de carradas de tijolos e lajotas que abastecem municípios vizinhos e vários depósitos de revenda de tijolos em São Luís. Além da grande produção desse material, as fábricas de cerâmica instaladas em Rosário ainda garantem emprego e renda para centenas de pais de família, que exercem suas atividades diárias nessas indústrias.
Segundo o presidente da Associação dos Ceramistas de Rosário, Jerônimo Rabelo Silva, este ano, apesar das dificuldades ainda provocadas pela crise internacional, foi considerado como o melhor da historia do setor ceramista no município. Algumas fábricas passaram por um processo de reforma e modernização em seus equipamentos com o objetivo de atender à grande demanda de pedidos que a cada dia aumenta.
Encomendas - Dada à grande quantidade de encomendas oriundas de várias partes do estado, as fábricas de cerâmica foram obrigadas a dobrar a sua produção. Algumas delas chegam a fabricar 20, 30 e até 100 mil tijolos por dia. “Mesmo com toda esta produção, as cerâmicas não conseguem atender à demanda de pedidos”, afirma Jerônimo Rabelo Silva, proprietário da Cerâmica Maran, cujo estoque já foi todo vendido e parte já está encomendado para o ano de 2011. “O mesmo está ocorrendo com as demais fábricas de grande porte hoje existentes no município”, afirma o empresário.
Segundo o presidente da Associação dos Ceramistas de Rosário, as perspectivas de continuidade do Projeto “Minha Casa, Minha Vida” e a continuidade do modo de gestão nos âmbitos estadual e federal dão segurança para que o setor continue com crescimentos expressivos nos próximos dois anos. “As eleições da governadora Roseana Sarney e da presidente Dilma Rousseff também dão uma certa segurança para que o setor ceramista continue investindo e vendendo toda a sua produção”, afirmou.
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