A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) concedeu Licença Prévia para construção do aterro da retroárea dos berços 104 e 105, conforme processo nº 0865/2010. O licenciamento ambiental da área de 220 m² foi solicitado no dia 16 de setembro deste ano. Trata-se de mais uma etapa da expansão do Porto do Itaqui, que pretende iniciar processo de arrendamento, a princípio, para empresas que operem com grãos agrícolas e fertilizantes.
Em 5 de maio deste ano, a Emap anunciou novas áreas para arrendamento, caso da retroárea do berço 104, com 109,5 m², que foi dividida em três partes e que serão postas à concorrência pública, preferencialmente para empresas que operem com grãos agrícolas e fertilizantes.
Ainda não há informes oficiais quanto ao que se pretende fazer da retroárea do berço 105 após o aterramento. O atracadouro de navios é arrendado à mineradora Vale, que o denomina Píer II, mas a área posterior (retroárea), pelo que consta no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), integra o porto público.
Áreas – Oficialmente, a Emap só divulgou sobre a divisão da retroárea do berço 104 em três partes. O arrendamento foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), conforme a Resolução nº 1.661/2010. Desta forma, o lote de 109,5m² foi dividido em três porções, de 48,7m², 39,5m² e 21,3m², respectivamente.
Atualmente, empresas como Vale, Bunge, Temar, Petrobras, Texaco, Sabba e Granel Química possuem áreas arrendadas no Porto do Itaqui. Os interessados nas novas áreas terão que participar de concorrência pública, ainda sem data anunciada.
Ainda acerca da liberação do arrendamento da retroárea do berço 104 pela Antaq, a medida decorre de uma solicitação do Conselho de Autoridade Portuária do Porto do Itaqui (CAP), realizado no ano passado. O Conselho pediu a retificação da planta de segmentação de áreas do PDZ do Porto do Itaqui.
Operações - Cabe ressaltar que as operações de carga e descarga de fertilizantes no Porto do Itaqui são executadas, em geral, no berço 103, com 237 m de comprimento, 35 m de largura e profundidade média de 13 m. O atracadouro, também chamado de Cais Norte, também será utilizado na movimentação de produtos agrícolas na primeira etapa de implantação do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) - projeto em andamento.
De acordo com informações da Emap, com 200 m de comprimento e profundidade média de 14 m, o berço 104 é utilizado para movimentação de alumínio, óleo vegetal, carga geral, fertilizante e contêiner.
Entretanto, segundo relatórios do Sindicato das Agências de Navegação do Estado do Maranhão (Syngamar), o atracadouro é utilizado principalmente para movimentação de cargas líquidas, com ênfase aos produtos derivados de petróleo.
Números
48,7 Mil m² mede o maior lote da retroárea do berço 104
39,5 Mil m² mede o lote intermediário da retroárea do berço 104
21,3 Mil m² mede o menor lote da retroárea do berço 104
Itaqui apresenta potenciais em feira científica
A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) marca presença durante os quatro dias de realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Maranhão (SNCT 2010), na Praça Maria Aragão (Centro), que teve início segunda-feira (18) e termina hoje. Segundo a Emap, a intenção é mostrar o Porto do Itaqui como um campo fértil para pesquisa e extensão.
Para tanto, foi armado no evento um estande do Porto do Itaqui. No local, seis funcionários da Emap apresentam informações sobre o Itaqui, considerado um dos mais importantes portos públicos do Brasil, com destaque para sua profundidade e proximidade com os maiores mercados mundiais (EUA, Europa e Ásia).
Pesquisa - Por essas características, diversos setores do porto podem ser objeto de pesquisa acadêmica. Um dos exemplos que podem render projetos aos estudantes de engenharia civil são as obras de expansão e modernização do Itaqui, como a recuperação e construção de atracadouros e as atividades de dragagem. O campo para estudos é extenso e abrange temas na área de negócios, comunicação social, serviço social, química, física, logística e engenharia de produção, entre outras.
O evento é uma realização do Ministério de Ciência e Tecnologia e acontece em todo o país, com o apoio dos estados e municípios. No Maranhão, a promoção é da Sectec.
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