sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vale vai investir US$ 2,6 bilhões no setor portuário do Maranhão


A Vale vai investir em infra-estrutura US$ 7,8 bilhões, até 2015, no setor de logística no Maranhão. Desse total, US$ 2,6 bilhões serão aplicados no setor portuário, com a construção do Píer IV no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), pelo qual a mineradora escoa a maior parte de sua produção de minério de ferro, bem como na ampliação de toda a estrutura logística adjacente. Outra parte do investimento será destinada à duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC).A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, na semana passada. Entretanto, O Estado noticiou em dezembro de 2009 os detalhes do projeto de expansão logística da empresa.

O novo píer consumirá US$ 1 bilhão e vai permitir a atracação dos supernavios de carga da China (400 mil toneladas de porte bruto), superiores ao Berge Stahl (365 mil toneladas de porte bruto). O píer terá 25 metros de profundidade e capacidade de carregamento simultâneo de dois navios. A obra estará pronta em 2014, de acordo com o que publicou o diário paulista.

Ao todo, o terminal portuário receberá investimentos de US$ 2,6 bilhões para aumentar a capacidade de embarque para 230 mil toneladas de minério de ferro até 2015 - em 2009, foram movimentadas 87,3 milhões de toneladas.

Os investimentos integram a parte de logística do projeto da nova mina de Carajás Serra Sul, que inicialmente prevê a extração de 90 mil toneladas de minério de ferro por ano até 2015 - hoje, a capacidade total da companhia está pouco acima de 300 mil toneladas/ano. Ao todo, o empreendimento está orçado em US$ 11,297 bilhões - o maior da história da Vale.

Os investimentos na ferrovia e no porto já prevêem uma expansão futura da nova mina - que fica próxima da atual jazida de Carajás- e antecipam um crescimento da demanda pelo produto no mercado externo.

Pelo projeto, a Vale vai ampliar em 100 quilômetros a ferrovia de Carajás para conectá-la à nova mina. Também vai duplicar 605 quilômetros de trilhos para aumentar a capacidade de transporte de minério de ferro - produto que corresponde a 35% do volume de carga movimentado nos portos brasileiros.

Porto – Ainda a despeito do complexo logístico do TMPM, a Vale anunciou, em dezembro de 2009, investimentos em várias ações, como a construção de 94 quilômetros de linhas férreas na região portuária; a aquisição de quatro viradores de vagão, o que vai elevar para oito o total desses equipamentos no TPPM.
Atualmente, no sistema logístico da Vale há duas empilhadeiras (equipamento utilizado para estocar minério no pátio) e duas recuperadoras (para abastecer o minério do pátio nas correias transportadoras até os navios). Há também quatro equipamentos mistos, isto é, empilhadeiras-recuperadoras. O projeto de expansão inclui a aquisição de mais quatro maqunários do tipo empilhadeiras-recuperadoras.

Automatização – A Vale também concluiu, em abril deste ano, o projeto de modernização das operações de pátio de minério, implantando o Centro de Controle e Operações (CCO), o que representou um aumento de produtividade um 10%.

No CCO, cada operador dispõe de seu próprio terminal de computador. Desta forma, os operadores não precisam se deslocar pela área de estocagem quando é necessário trocar de máquinas, basta acionarem um comando. Atualmente, oito terminais controlam oito máquinas empilhadeiras e recuperadoras. O sistema é o mesmo adotado em grandes portos europeus, como o de Roterdã, na Holanda.

Ferrovia – A expansão logística da Vale contempla ainda a duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Com 892 quilômetros de extensão e 56 pátios de cruzamento (desvios auxiliares para controle do fluxo ferroviário), a previsão é construir 605 quilômetros de linha, o suficiente para interligar os pátios de cruzamento, criando uma segunda estrada de ferro. Além disso, a mineradora pretende construir 720 km de linha férrea ligando Açailândia (MA) a Palmas (TO), como parte da Ferrovia Norte Sul (FNS).

Píer IV

- Profundidade mínima: 25 metros;
- Ponte de acesso: 1.620 metros;
- Capacidade para carregar dois navios simultaneamente;
- Incremento na capacidade de embarque: 100 milhões de tonelada/ano;
- Dois conjuntos de carregadores de navios: com capacidade para 16 mil ton/hora, cada;
- Capacidade para receber navios de 150 mil até a 400 mil toneladas para porte bruto;


A Vale investiu US$ 353 milhões no Maranhão no segundo trimestre deste ano, crescimento de 20% em relação aos US$ 294,4 milhões investidos no primeiro trimestre. Os investimentos socioambientais somaram US$ 6,6 milhões no período.

A companhia iniciou o ano com o anúncio de novos projetos, contratações e novas turmas nos programas de formação de mão-de-obra no estado. Neste trimestre, o ritmo de crescimento continua e a empresa contratou 352 novos empregados próprios e terceiros para as suas operações. De acordo com o relatório da companhia, há investimentos ainda em logística portuária, ferroviária, em rebocadores, energia e pesquisa mineral. Em função dos diversos investimentos que a Vale mantém no Maranhão, há a geração de 4.200 empregos em canteiros de obras dos projetos em andamento.

Há investimentos também no Vale Alfabetizar, programa da Fundação Vale que tem por objetivo reduzir os índices de analfabetismo nas regiões onde a empresa atua, formou no segundo trimestre mais de 600 jovens e adultos. A formatura reuniu centenas de alunos de diversos bairros e comunidades que foram inscritos no módulo 2009 do programa. Durante oito meses de aula, eles tiveram acesso à metodologia que ensina a ler e a escrever por meio de atividades que utilizam conhecimentos adquiridos em seu cotidiano.
Realizado em parceria com a ONG Alfabetização Solidária, instituições de ensino superior e secretarias municipais de Educação, o Vale Alfabetizar - que também apóia o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) por meio da alfabetização e do acesso à educação – também beneficia professores e alunos de outros países.

Mais de 150 mil visitantes, 400 eventos e 50 cursos, oficinas e seminários foram oferecidos ao longo de dois anos de funcionamento. Estes são alguns dos números registrados pelo Parque Botânico Vale, que no segundo trimestre celebrou dois anos de atividades de educação ambiental.

Entre as atrações do parque, os destaques são os espaços com exposições permanentes, voltadas para os ecossistemas maranhenses, trilhas ecológicas, atividades de lazer e educação ambiental em áreas ao ar livre, e espaço para música e literatura.

Foi entregue neste segundo trimestre o Complexo Poliesportivo Nilton Amaral, localizado na Vila Ildemar, na cidade de Açailândia, fruto de uma parceria entre a Vale e a prefeitura do município. Os cerca de 40 mil habitantes do bairro receberam uma estrutura que possui 30 mil metros quadrados, divididos em campo de futebol, quadra de futsal coberta, pista de atletismo e vestiário.

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