sábado, 5 de junho de 2010

Dragagem no Porto do Itaqui vai ser concluída até o fim do ano


A dragagem do canal de acesso do cais sul, área que vai do berço 101 ao 103 do Porto do Itaqui, está sendo realizada em dois turnos de trabalho, e a previsão da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) é que o serviço esteja concluído até o final deste ano.

O trabalho de dragagem compreende a retirada de 1,64 milhão/m³ de sedimentos do leito do canal de acesso e retroárea do berço 100, com orçamento total previsto de R$ 34 milhões. Os recursos foram repassados pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP-PR) e são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Estão sendo utilizados, segundo informou o assessor especial da Emap, engenheiro Alexandre Falcão, os batelões "Might Quinn" e "Joe Vennochi", com capacidade de cisterna de 3 mil m³, além do rebocador "American Challenger" e da draga tipo dipper "No Woman no Cry", a segunda maior já construída pelo estaleiro De Donge, da Holanda, que chegou ao Itaqui em fevereiro deste ano.

A potência da draga é de 1.900 KW e tem capacidade para dragar 600 m³/hora. O braço da retroescavadeira tem capacidade de retirar material de uma profundidade de até 26 metros. A licença especial para início da operação foi renovada pela Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA) no dia 31 de maio deste ano.

O material dragado será despejado em duas áreas da Baía de São Marcos que foram previamente autorizadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), segundo informes da Emap. A primeira área fica a 4,5 km do Porto do Itaqui e a segunda nas proximidades do Terminal de Cujupe, município de Alcântara.

Obras - A operação de dragagem é fundamental para a construção do berço 100 e de uma retroárea de 30 mil m². A obra do novo atracadouro do Itaqui teve início em setembro de 2009. O prazo de conclusão é de dois anos. A estrutura vai ter 320 metros de comprimento e 25 metros de largura, o que permitirá a atracação de navios Pós Panamax - que podem carregar até 175 mil toneladas de carga.

Outro fator importante sobre a dragagem é o aumento da profundidade dos berços 101, 102 e 103 de 11 metros para 15 metros, para que o cais possa operar com capacidade plena, ou seja, receber grandes navios, o que facilitará a atração de novas cargas e atender a demanda dos usuários do Porto do Itaqui.

O Porto do Itaqui, atualmente, possui seis atracadouros em operação, de números 101, 102, 103, 104 e 106, sendo o 105 arrendado à mineradora Vale, que o denomina Píer II e o utiliza para movimentar cargas de minério e soja. Os berços 102 e 103, em geral, são utilizados para carregamentos 2de contêineres e de granéis sólidos, como produtos agrícolas. Os demais servem para granéis líquidos, basicamente petróleo e seus derivados (gás de cozinha, diesel, gasolina e nafta).

Hopper - Em agosto do ano passado, foi contratada a draga Volzee, que iniciou a operação de aprofundamento do canal de navegação das bacias de atracação dos píeres 101, 102 e 103. O equipamento, pertencente à empresa Enterpa, é do tipo hopper (autotransportável), com capacidade de sucção de 1.000 m³, para a retirada dos sedimentos orgânicos e sólidos de pequena dimensão (areia e pedregulhos).
Este tipo de equipamento opera com a embarcação em movimento, retirando os resíduos do leito do canal e depositando-os no tanque do navio para posterior despejo em área pré-determinada.

Números

1,64 Milhão de metros cúbicos de sedimentos serão dragados
34 Milhões de reais é o custo do serviço no Itaqui

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