Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril mostram que o mercado de trabalho maranhense está em franco crescimento. Somente no mês passado foram criados 5.114 empregos celetistas (com carteira assinada), o equivalente a uma expansão de 1,48% em relação ao estoque de assalariados em março. Os dados foram divulgados ontem pelo ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Carlos Lupi.
De acordo com o Caged, em termos absolutos e relativos, este desempenho foi o melhor de toda a série histórica no estado e deveu-se à oferta de trabalho, principalmente nos setores da construção civil (+1.743 postos), de serviços (+1.269 postos), do comércio (+973 postos) e da indústria de transformação (+829 postos).
Para se ter uma idéia comparativa do desempenho de abril deste ano, no mesmo período de 2009, em pleno ápice da crise financeira mundial, o mercado de trabalho do Maranhão registrou a perda de 879 postos.
Com o resultado de abril de 2010, no primeiro quadrimestre do ano o mercado de trabalho maranhense acumula a geração de 11.982 empregos com carteira assinada, o que corresponde a um aumento de 3,53%, o melhor desempenho de toda a série histórica do Caged.
Em todo o país, somente no primeiro quadrimestre, 962.327 trabalhadores conseguiram emprego com carteira assinada, patamar semelhante ao alcançado em todo o ano de 2009. Nos últimos 12 meses, o incremento total de empregos foi de 1.908.983 postos de trabalho, elevação de 5,9%. Desde 2003, 12,7 milhões de pessoas entraram para o mercado formal de trabalho no país, recorde histórico.
Emprego- De acordo com o MTE, os setores que mais geraram empregos no mês foram serviços (96.583), indústria de transformação (83.059), comércio (40.725), agricultura (38.951) e construção civil (38.418). Dos 25 subsetores da economia, 13 registraram recordes. As safras de cana-de-açúcar e café no Sudeste e os investimentos públicos em infraestrutura em todo o Brasil promoveram resultados recordes para agricultura e construção civil.
Todas as regiões obtiveram expansão no emprego, com saldos recordes para Sul (53.363) e Centro-Oeste (31.498). Vinte e quatro estados apresentaram elevação no emprego formal celetista, com 12 deles registrando saldos recordes.
Na avaliação do ministro Carlos Lupi, com base nos dados do primeiro quadrimestre, a previsão do governo é de que o Brasil gere 2,5 milhões de novos empregos em 2010, ante aos 2 milhões previstos no início do ano. Ainda temos muito crescer, porque a capacidade de produção está em torno de 82%, índice igual ao de 2007. Houve muita contenção ano passado, e todo este acumulado está sendo reposto agora. Aliado a isso temos o crescimento natural, que já vinha sendo observado antes da crise econômica mundial", avalia o ministro Lupi, que prevê para maio geração entre 240 e 280 mil novos postos de trabalho.
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