quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Investidores estrangeiros exploram um terço das lavouras de soja no Maranhão

Solo fértil atrai empresários da Europa, Ásia e dos EUA.


Do G1, com informações do Jornal da Globo

Agricultores brasileiros estão se tornando prestadores de serviço.

Os investidores estrangeiros já são donos de um terço das lavouras de soja no cerrado maranhense, uma área equivalente a 150 mil hectares, do tamanho da cidade de São Paulo.

São grandes empresários do agronegócio na Europa, Ásia, Estados Unidos, e, na região do Mercosul, atraídos pelo solo fértil da fronteira agrícola nordestina. Eles arrendam as terras e contratam os produtores brasileiros para semear o plantio.

Os investidores pagam até seis sacas de soja pelo arrendamento de um hectare no cerrado e ainda alugam todo o maquinário usado para tocar as lavouras. O negócio está estimulando os agricultores a se tornarem prestadores de serviço.

Francisco Pugliezzi é dono de uma fazenda com seis mil hectares de soja. O exportador de grãos diversificou os negócios e se tornou prestador de serviço para os argentinos.

“Todos os tratos culturais da lavoura são feitos pelo prestador de serviço e a empresa investidora vem ... dá os insumos, dá tudo, colhe, e paga um arrendamento com um percentual sobre o lucro”, diz Pugliezzi.

Exportações de frango caem 16% no ano, para R$ 5,8 bilhões Produção de etanol na região Centro-Sul cai 7,7%, informa Unica Exportação deve crescer 5% no agronegócio, diz ministro Produção de açúcar será recorde no país, estima ministério.

Os investidores estrangeiros também estão atentos para o crescimento do consumo no mercado interno - sobretudo na região nordeste.

Um grupo de empresários produz cevada e aves na Irlanda do Norte e está comprando de 15 mil hectares de cerrado no Maranhão.

“População de 90 milhões de pessoas nesta região do Norte e Nordeste. É uma indicação de como o mercado interno é muito forte no Brasil, e crescendo”, diz Peter O’Nill, investidor irlandês.

“Precisamos é ter mais produtores competitivos, mais aumento de produção. O espaço é enorme. Cabe todos”, afirma Giseli Introvinni, superintendente executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa no corredor de exportação centro-norte.


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