sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Mais 7 mil bois vivos vão ser exportados via Itaqui

Navio de bandeira libanesa Nabolsi, fundeado na Baía de São Marcos, está previsto para atracar amanhã no berço 100, onde será realizada a operação de embarque dos animais com destino à Venezuela

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Navio Nabolsi, fundeado na Baía de  São Marcos,  fará o novo embarque de animais para a Venezuela
Navio Nabolsi, fundeado na Baía de São Marcos, fará o novo embarque de animais para a Venezuela (Foto: Divulgação)
O Porto do Itaqui voltará a ser utilizado para a exportação de bois vivos. O navio de bandeira libanesa Nabolsi, fundeado na Baía de São Marcos, está previsto para atracar amanhã, no berço 100, onde receberá a carga de 7.000 animais que terão como destino a Venezuela.
Com esse quantitativo, sobe para 12.000 o número de animais vivos exportados pelo Porto do Itaqui. Semana passada, foi feito o primeiro embarque, também no berço 100, onde o navio Aldelta recebeu 5.000 bois, numa operação que durou em torno de cinco dias.
A Pedreiras Transporte é a operadora portuária que viabilizou com a empresa Minerva Foods, responsável pela carga (bois vivos), que essa exportação fosse realizada pelo Porto do Itaqui. O contrato prevê o embarque total de 15.000 animais.
O diretor administrativo-financeiro da Pedreiras Transporte, Antonio José Jansen Pereira, informou que nos próximos dias o navio Aldelta estará retornando para concluir a operação. “Como mais antigo operador portuário do Itaqui, com mais de 50 anos, a Pedreiras é pioneira nesse tipo de operação no estado”, ressaltou.
Antonio Jansen Pereira disse que a exportação de animais vivos pelo Itaqui representa a abertura de novos negócios para o porto e de se alavancar a pecuária maranhense, que responde pelo segundo maior rebanho bovino do Nordeste com mais de 7,5 milhões de cabeças.
Ele observou que a primeira exportação quebrou o paradigma de que a operação de embarque seria prejudicada em função da variação de maré. “Toda a operação foi realizada com total segurança e, inclusive, já temos outros exportadores interessados”, destacou.
Crítica - Apesar de essa ser uma carga inédita para o estado, no entendimento do deputado Edilázio Júnior (PV), o retorno financeiro para o Maranhão é muito baixo em comparação ao risco a que está sendo submetido o Porto do Itaqui, considerado um dos mais importantes do Brasil.
Ele lembrou que esse tipo de operação foi trazido para o Maranhão depois da tragédia ocorrida no porto de Vila do Conde, no Pará, onde um navio afundou, centenas de bois morreram afogados e, em conseqüência, disso o governo paraense suspendeu as exportações até que fossem concluídas as investigações sobre o que de fato ocorreu.
Segundo o deputado, o Governo do Estado contribuiria mais para o fortalecimento da economia local se criasse estímulos aos frigoríficos instalados no território maranhense do que estimulando a saída de animais que poderiam se abatidos internamente e estão sendo levado para gerar empregos e renda em outros países.
Números
7.000
Bois vivos serão embarcados no berço 100 do Porto do Itaqui com destino à Venezuela
7,5
Milhões de cabeças formam o rebanho bovino do Maranhão, o segundo maior do Nordeste

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