Maranhão quer agora a certificação internacional, afirma Cláudio Azevedo
Secretário de Agricultura diz que, após reconhecimento nacional do estado como livre da aftosa com vacinação.
A valorização do rebanho bovino e bubalino em 10% e atração de
investimentos nos setores de frigoríficos e laticínios são alguns dos ganhos
para a pecuária do estado com a certificação do Maranhão como zona livre da
febre aftosa com vacinação, status sanitário que foi oficializado pelo ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade, na segunda-feira, em
São Luís. Um dos maiores responsáveis pela elevação do status sanitário do
Maranhão - já que trabalhou para isso desde que presidiu a Associação dos
Criadores - foi o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Cláudio Azevedo. Ele afirmou ontem que as portas do estado agora estão se
abrindo para o mundo.
“Alcançamos o primeiro objetivo, que era o reconhecimento
nacional. Agora, trabalharemos para que o Maranhão seja certificado
internacionalmente”, afirmou, ao fazer uma avaliação do avanço e falar de novas
metas.
Segundo Cláudio Azevedo, a tendência agora é de que a pecuária
do Maranhão, que reúne um plantel de quase 8 milhões de cabeças, cresça ainda
mais e desponte nos cenários nacional e mundial, pois detém um rebanho do mais
alto padrão genético, igualado aos das grandes regiões pecuárias do Brasil.
Ele disse que, de imediato, já há interesse de grandes
frigoríficos e indústrias de laticínios em investirem no estado. Ele citou o
grupo JBS (frigorífico), que está se instalando em Açailândia, e o laticínio
Betânia, que já adquire leite no Médio Mearim e planeja instalar uma indústria
na região. “O Maranhão vai despontar na atração de novos investimentos na
agroindústria”, destacou Azevedo.
Ele ressaltou que, no processo de certificação do status
sanitário livre da aftosa com vacinação, o Maranhão foi referência para os
outros estados que compõem o bloco que reivindicava o avanço na classificação.
“O Maranhão os ajudou e orientou para atender às recomendações do Ministério da
Agricultura”, informou.
Apoio - Na concretização desse sonho para a pecuária maranhense,
Cláudio Azevedo disse que o apoio da governadora Roseana Sarney foi fundamental,
pois ela investiu de forma determinada na Agência Estadual de Defesa
Agropecuária (Aged) para que ela se fortalecesse e pudesse realizar as ações
recomendadas pelo ministério para se alcançar o novo status sanitário. “Essa é a
concretização de uma luta que teve o total apoio da governadora Roseana Sarney,
que, em seu governo, deu prioridade para que alcançássemos a classificação zona
livre de febre aftosa com vacinação”, destacou.
Também lembrou do apoio dos criadores, que investiram na
vacinação dos animais, conscientes de sua importância para a proteção do
rebanho. O secretário observou que não tinha dúvida de que no Maranhão não mais
existia o vírus da febre aftosa. “Tive mais ainda essa certeza quando uma das
400 propriedades sorteadas pelo ministério para a realização da sorologia era a
minha”, contou.
O secretário reafirmou o compromisso de continuar a luta para
que o rebanho de cerca de quase 8 milhões de cabeças possa ganhar o mercado de
outros países. “E não tenho nenhuma dúvida de que, se depender do nosso
trabalho, o Maranhão, que já se destacou entre os estados que estão sendo
certificados, atingirá esse objetivo”, finalizou.
Mais
- Abertura do mercado maranhense de abate e de carne para o
país, perspectiva de que o rebanho dobre em cinco anos e chegue a 15 milhões de
cabeças, atração de frigoríficos e gado mais valorizado, são alguns dos ganhos
que a certificação de livre da febre aftosa com vacinação propiciará à pecuária
do estado.
- Um dos primeiros ganhos para a pecuária será o trânsito livre
do gado maranhense em todo o território nacional (com exceção de Santa Catarina,
que é livre sem vacinação). Na comercialização para reprodução, o animal terá
que ser submetido a quarentena somente no destino – antes também era na origem.
- Outro ganho será em relação à valorização da arroba do boi,
que hoje no estado é comercializada a R$ 91,00, enquanto em Araçatuba (SP), em
103,00.
- A pecuária, que hoje emprega mais de 90 mil pessoas
diretamente, deve dobrar os postos de trabalho do estado no agronegócio nacional
e internacional, a partir da abertura dos mercados de animais, produtos e
subprodutos de origem animal, bem como de produtos e subprodutos de origem
vegetal.
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