quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Livre da aftosa, Maranhão quer agora a certificação internacional

Maranhão quer agora a certificação internacional, afirma Cláudio Azevedo


Secretário de Agricultura diz que, após reconhecimento nacional do estado como livre da aftosa com vacinação.

A valorização do rebanho bovino e bubalino em 10% e atração de investimentos nos setores de frigoríficos e laticínios são alguns dos ganhos para a pecuária do estado com a certificação do Maranhão como zona livre da febre aftosa com vacinação, status sanitário que foi oficializado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antonio Andrade, na segunda-feira, em São Luís. Um dos maiores responsáveis pela elevação do status sanitário do Maranhão - já que trabalhou para isso desde que presidiu a Associação dos Criadores - foi o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo. Ele afirmou ontem que as portas do estado agora estão se abrindo para o mundo.
“Alcançamos o primeiro objetivo, que era o reconhecimento nacional. Agora, trabalharemos para que o Maranhão seja certificado internacionalmente”, afirmou, ao fazer uma avaliação do avanço e falar de novas metas.
Segundo Cláudio Azevedo, a tendência agora é de que a pecuária do Maranhão, que reúne um plantel de quase 8 milhões de cabeças, cresça ainda mais e desponte nos cenários nacional e mundial, pois detém um rebanho do mais alto padrão genético, igualado aos das grandes regiões pecuárias do Brasil.
Ele disse que, de imediato, já há interesse de grandes frigoríficos e indústrias de laticínios em investirem no estado. Ele citou o grupo JBS (frigorífico), que está se instalando em Açailândia, e o laticínio Betânia, que já adquire leite no Médio Mearim e planeja instalar uma indústria na região. “O Maranhão vai despontar na atração de novos investimentos na agroindústria”, destacou Azevedo.
Ele ressaltou que, no processo de certificação do status sanitário livre da aftosa com vacinação, o Maranhão foi referência para os outros estados que compõem o bloco que reivindicava o avanço na classificação. “O Maranhão os ajudou e orientou para atender às recomendações do Ministério da Agricultura”, informou.

Apoio - Na concretização desse sonho para a pecuária maranhense, Cláudio Azevedo disse que o apoio da governadora Roseana Sarney foi fundamental, pois ela investiu de forma determinada na Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) para que ela se fortalecesse e pudesse realizar as ações recomendadas pelo ministério para se alcançar o novo status sanitário. “Essa é a concretização de uma luta que teve o total apoio da governadora Roseana Sarney, que, em seu governo, deu prioridade para que alcançássemos a classificação zona livre de febre aftosa com vacinação”, destacou.
Também lembrou do apoio dos criadores, que investiram na vacinação dos animais, conscientes de sua importância para a proteção do rebanho. O secretário observou que não tinha dúvida de que no Maranhão não mais existia o vírus da febre aftosa. “Tive mais ainda essa certeza quando uma das 400 propriedades sorteadas pelo ministério para a realização da sorologia era a minha”, contou.
O secretário reafirmou o compromisso de continuar a luta para que o rebanho de cerca de quase 8 milhões de cabeças possa ganhar o mercado de outros países. “E não tenho nenhuma dúvida de que, se depender do nosso trabalho, o Maranhão, que já se destacou entre os estados que estão sendo certificados, atingirá esse objetivo”, finalizou.

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- Abertura do mercado maranhense de abate e de carne para o país, perspectiva de que o rebanho dobre em cinco anos e chegue a 15 milhões de cabeças, atração de frigoríficos e gado mais valorizado, são alguns dos ganhos que a certificação de livre da febre aftosa com vacinação propiciará à pecuária do estado.
- Um dos primeiros ganhos para a pecuária será o trânsito livre do gado maranhense em todo o território nacional (com exceção de Santa Catarina, que é livre sem vacinação). Na comercialização para reprodução, o animal terá que ser submetido a quarentena somente no destino – antes também era na origem.
- Outro ganho será em relação à valorização da arroba do boi, que hoje no estado é comercializada a R$ 91,00, enquanto em Araçatuba (SP), em 103,00.
- A pecuária, que hoje emprega mais de 90 mil pessoas diretamente, deve dobrar os postos de trabalho do estado no agronegócio nacional e internacional, a partir da abertura dos mercados de animais, produtos e subprodutos de origem animal, bem como de produtos e subprodutos de origem vegetal.

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