Etapa antecede as operações de transporte de minério; embarcação da classe Valemax é uma das últimas encomendas da frota de 35 megacargueiros da Vale.
Cezar Scanssette
Editor de Portos
Editor de Portos
O navio mineraleiro Vale Maranhão entrou em fase de testes de
mar na costa do Japão, de acordo com o site de monitoramento Marine Traffic.
Esta etapa antecede o início de operações de transporte de minério de ferro
extraído da Serra de Carajás (no Pará), para o mercado internacional. O
megacargueiro é um dos últimos da frota de 35 embarcações com capacidade de
carga de até 395 mil toneladas, as maiores embarcações do mundo nessa categoria,
que foram encomendados pela Vale a estaleiros da China e da Coreia do Sul desde
2008.
Outro Valemax, como são chamados os mineraleiros da Vale, que
deve iniciar em breve a fase de testes de mar, segundo fontes do setor
portuário, é o Vale Ponta da Madeira, que ainda está em fase de construção no
estaleiro a STX Offshore & Shipbuilding, da Coreia do Sul, também
responsável pelo Vale Maranhão, assim como o Vale Brasil, o primeiro da frota,
que realizou o carregamento inaugural no Terminal Ponta da Madeira, localizado
na zona portuária de São Luís, em maio de 2011.
Os Valemax também atracam no complexo portuário de Tubarão, no
Espírito Santo, onde a mineradora mantém um sistema logístico, passou por
processo de dragagem para receber os megacargueiros.
Frota - Os navios Valemax foram encomendados pela mineradora,
desde 2008, a estaleiros chineses e sul-coreanos como o Daewoo Shipbuilding
& Marine Engineering, STX Offshore & Shipbuilding, Jiangsu Rongsheng
Heavy Industries e Bohai Shipbuilding Heavy Industry.
A escolha dos nomes dos Valemax se dá em razão das localidades
em que a mineradora mantém negócios. No caso do Brasil, as embarcações já
construídas e em operação receberam o nome do país e de estados (Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão), bem como a mina de Carajás e os
terminais portuários de Tubarão e Ponta da Madeira.
O restante da frota (a exceção dos construídos pela Bohai,
responsável pelos navios Berge Everest, Berge Aconcágua e Berge Neblina; e
também do Vale Itália, construído pela Daewoo), receberam nomes de localidades
da Ásia e do Oriente Médio, como Malaysia, Korea, Beijing, Quingdao, Indonésia,
Fujiyama, China, Dongjiakou, Dalian, Hebei, Shandong, Jiangsu, Caofeideian,
Shanghai, Majisshan, Tianjin, Rizhao, Ningbo, Sohar, Liwa, Shinas e Saham.
China estuda anular as restrições para os Valemax
Xangai - A China estuda um plano para permitir que alguns dos
seus portos recebam navios de maior porte, em um movimento que pode abrir o
caminho para a brasileira Vale começar a entregar minério de ferro por meio de
sua crescente frota de navios gigantes, os Valemax.
Proprietários de navios chineses têm se oposto fortemente ao
acesso dos meganavios da Vale em meio a preocupações de que poderiam piorar o
excesso de transporte e roubar participação de mercado. Mas, a sua utilização
reduziria os custos de transporte das matérias-primas para as siderúrgicas
chinesas.
Para a Vale, a aprovação para que seus navios Valemax entrem nos
portos chineses iria ajudar a mineradora a cortar custos de transportes em um
terço e permitir uma maior competição com as rivais australianas Rio Tinto e BHP
Billiton, cujas minas estão mais próximas à China.
O Ministério dos Transportes da China barrou navios de grade
porte dos portos do país no início de 2012, citando preocupações de segurança
após o primeiro navio de 400 mil toneladas de porte bruto (tpb) Valemax atracar
no porto de Dalian em dezembro de 2011.
Na ocasião, o ministério afirmou que os navios de petróleo e
granéis sólidos não poderiam exceder a capacidade nominal de um porto.
Porém, os portos chineses têm melhorado a infraestrutura nos
últimos anos para atender a forte demanda por commodities, colocando a
verdadeira capacidade acima do número aprovado.
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