A área se tornou em novembro Unidade de Conservação Ambiental, a 13ª reserva desse tipo no Maranhão.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) já iniciou estudos que embasarão o plano de ação e recuperação de todos os pontos do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, em São Luís, que desde novembro deste ano tornou-se Unidade de Conservação Ambiental, a 13ª reserva desse tipo no Maranhão, passando a ser gerida pela Sema e não mais por departamentos de diversas secretarias estaduais, o que provocava conflitos.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Victor Mendes, ao se tornar uma Unidade de Conservação, será necessário criar um conselho gestor formado por membros da sociedade civil e do Governo do Estado, para que juntos possam discutir a Lagoa da Jansen em uma visão mais ampla.
"Não vamos reduzir a Lagoa da Jansen a questões de lazer, de esporte e cultural, pensando-a apenas como um espaço de obras civis. Devemos entender o parque no viés ambiental. Agora esta é uma área de proteção ambiental, com flora, fauna e até mesmo a questão das comportas. Não podemos resumir apenas ao que se vê. É muito mais do que isso", frisou Victor Mendes.
Desafio - O secretário explicou que será necessário esperar terminar o processo de transição de gerência para fazer o plano de ação. De acordo com ele, representantes estão visitando os órgãos que gerenciavam o parque e houve reunião da governadora Roseana Sarney com a equipe da Sema para colher sugestões sobre o que pode ser feito para preservar aquele ecossistema.
"Queremos incentivar o fomento à pesquisa na área. O grande desafio de médio a longo prazo será a despoluição da lagoa. Estamos preparados para isso. O orçamento está equacionado, mas temos de vencer os processos licitatórios e a burocracia. Quero visitar outros lugares onde se conseguiu despoluir ecossistemas semelhantes para trazer soluções para a Unidade de Conservação", ressaltou o secretário.
Para Victor Mendes, também será um desafio de curto a médio prazo a recuperação da infraestrutura da Lagoa da Jansen e os serviços de jardinagem e paisagismo do local. Segundo ele, a capina de alguns pontos e a poda de árvores já foram iniciados.
"Também está sendo preparado um relatório sobre as agressões ao meio ambiente. Ainda não sei se os shows que são realizados no local afetam ou não o parque. Mas estamos verificando os impactos negativos com poluições sonora, visual e ambiental", destacou o secretário.
Movimentação - No entorno do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, há uma grande movimentação de veículos, inclusive aqueles destinados à promoção comercial de diversos empreendimentos, os quais provocam ruídos e vibrações diversas. Essa perturbação sonora pode acarretar o afugentamento de animais para áreas mais tranquilas, diminuindo a biodiversidade do local.
É possível observar ainda no entorno da laguna um excesso de elementos ligados à comunicação visual, como cartazes, anúncios, placas de propagandas e outros. Contudo, os impactos de poluição sonora e visual na Lagoa da Jansen ainda carecem de uma avaliação mais precisa e discussão com os diferentes segmentos envolvidos.
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