quinta-feira, 22 de novembro de 2012

R$ 25 bi serão investidos em energia no MA

 
 
Informação foi divulgada na Fiema; os recursos financiarão 10 projetos, que deverão entrar em operação até 2020.
 

O Maranhão receberá R$ 25 bilhões de investimentos em infraestrutura de geração de energia elétrica nos próximos oito anos. Estão previstos sete hidrelétricas, duas termelétricas e um parque eólico, que, juntos, acrescentarão 9.441 megawatts de
energia ao sistema elétrico brasileiro e passará a fornecer cerca de 6,5% da energia elétrica produzida no Brasil em 2020.
A notícia foi anunciada durante o 9º Encontro com Empresários, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), por meio do Núcleo de Competitividade Industrial. Esta é a terceira ação do tipo organizada este ano e tem por objetivo fomentar a discussão de assuntos relevantes para o ambiente de negócios na indústria maranhense.
O presidente da Fiema, Edílson Baldez das Neves, comentou que e expansão do setor terá impacto direto na economia estadual. “Estamos crescendo num ritmo rápido e o volume extra de energia elétrica garantirá a segurança energética no estado, o que será decisivo para o futuro da economia do Maranhão. Com energia sobrando, não só estaremos produzindo para o Brasil, mas também garantindo condições para perpetuar o crescimento do estado”, afirmou.

Crescimento - Com o volume anunciado, a capacidade de geração de energia elétrica no estado poderá crescer até 670% em oito anos, aproveitando-se do potencial energético dos rios Tocantins e Parnaíba em terras maranhenses, das jazidas de gás natural no centro do estado e do potencial eólico do litoral nordeste do Maranhão.
Atualmente, o estado produz cerca de 1.654 megawatts em duas hidrelétricas, duas termoelétricas e duas pequenas usinas de energia solar, instaladas em
ilhas do litoral maranhense - Ilha dos Lençóis e Ilha Grande. Porém, o volume produzido hoje representa cerca de 0,7% da produção nacional de energia elétrica.
A expansão prevista para o setor energético maranhense seria suficiente não apenas para atender à demanda local, hoje estimada em 2.021 megawatts, como para atender com sobra a demanda projetada para 2020. Permitirá que as unidades produtoras de energia do estado contribuam de fato para a estabilidade do fornecimento de energia elétrica no longo prazo.

Interligação - Segundo o subsecretário estadual de Minas e Energia, Francisco Peres Soares, a forma com que a capacidade de produção de energia elétrica se expande no estado está alinhada à política do Governo Federal. “O Maranhão não pode fugir do que foi planejado no longo prazo. O sistema nacional hoje é interligado e o estado passará a produzir para o Brasil também”, disse.
Para o coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Príncipe Pires, que também esteve encontro, disse que o consumo brasileiro deverá crescer à razão de 5% ao ano.
“Vamos produzir 171 mil megawatts em 2020, e nossa matriz energética é diferenciada. Temos 45% da geração baseada em energias renováveis. Estamos muito à frente do resto do mundo e a capacidade de expansão está longe do limite”, assegurou Carlos Pires.

Nenhum comentário: