Município diz que obra acontece em zona onde a ação humana já está consolidada.
Jock Dean
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado
A Prefeitura de São Luís vai recorrer da decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) de manter suspenso o processo de licenciamento
ambiental para prolongamento da Avenida Governador Edison Lobão, a Avenida
Litorânea, em São Luís. O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler entendeu
que a ampliação da via pode causar grave lesão ao meio ambiente.
Segundo o Município, após os levantamentos realizados, foi
cons-tatado que a área de implantação do prolongamento da Avenida Litorânea,
interligando a praia do Calhau com do Olho d´Água e da duplicação e
prolongamento da Rua das Cegonhas está inserida em uma zona na qual a ação
humana já está consolidada por causa da instalação, nas proximidades, de várias
residências e locais de comércio, muitas delas construídas de forma irregular e
em áreas de preservação permanente, comprometendo mais ainda a situação
presente.
No entanto, de acordo com o Ministério Público do Maranhão,
autor da ação, o estudo realizado pela Consplan, empresa contratada pela
Prefeitura para elaboração do estudo de impacto ambiental, o EIA/Rima, não
atentou para alguns fatos, como o impacto sobre a bacia hidrográfica onde está o
empreendimento e a falta de apresentação de critérios para delimitação da área,
e não considerou a influência socioeconômica da obra sobre a população
vizinha.
Segundo a Prefeitura, a implantação do prolongamento da Avenida
Litorânea, além de ser parte integrante do desenvolvimento de São Luís,
proporcionará atrativo turístico e promoverá o crescimento da cidade por meio da
ampliação da estrutura viária, portanto, dar continuidade ao projeto é
importante para garantir o crescimento sustentável da capital e melhoria de
deslocamento à população.
Apesar de garantir que o empreendimento, embora vá atuar de
forma impactante sobre os meios físico, biótico e antrópico, a médio e longo
prazo, na região, trará benefícios, como crescimento econômico e social.
O Município vai rever o estudo para corrigir os pontos duvidosos
que motivaram a ação do Ministério Público e a suspensão do processo, mas ainda
não há data definida para que a ação seja ajuizada.
Mais
De acordo com o Projeto de Prolongamento da Avenida Litorânea e
da duplicação e prolongamento da Rua das Cegonhas, a extensão da via atingiria
área de preservação ambiental permanente, como faixas de praia e dunas. A obra
estava orçada em R$ 25 milhões e a Prefeitura de São Luís usa a prerrogativa de
que o empreendimento apresenta soluções para o problema de lentidão de trânsito
com a extensão viária da cidade, e também como um diferencial para o
turismo.

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