Navio Vale Beijing navega pela costa da África e deve chegar a Omã até o dia 22
Cargueiro vai descarregar no porto de Sohar, em Omã, 260
mil toneladas de minério.

SÃO PAULO - O navio Vale Beijing, que corria o risco de afundar
na Baía de São Marcos, em São Luís (MA), por conta de rachaduras em seu casco,
deve atracar no porto de Sohar, em Omã, até o dia 22 deste mês. A embarcação,
uma das maiores do mundo, com capacidade de transportar 390 mil toneladas de
minério de ferro, segue para o país da Península Arábica para descarregar as 260
mil toneladas de minério que tem em seus porões. A rachadura no casco ocorreu
exatamente no momento que o navio era carregado em sua viagem inaugural, no
início de dezembro de 2011, no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), em
São Luís (MA).
O navio partiu da Baía de São Marcos no dia 19 de fevereiro e
está navegando pela costa leste da África, no Atlântico Sul. O cargueiro está
sob escolta do rebocador de alto-mar Fairmount Alpine, uma medida de segurança
determinada pela autoridade marítima do Maranhão, para resgatar a tripulação no
caso de um eventual naufrágio.
Enquanto estava fundeado na Baía de São Marcos, o navio não foi
totalmente reparado. A STX, empresa coreana que fabricou a embarcação a pedido
da Vale, apenas fez reparos emergenciais no casco.
Como não existem equipamentos para desembarque de minério de
ferro nos portos brasileiros, o Vale Beijing precisa ir até Omã para retirar a
carga, avaliada em US$ 50 milhões. Só após esse procedimento o navio deve ser
levado para um dique seco, provavelmente na Turquia, onde finalmente poderá
passar por uma inspeção mais cuidadosa e, se possível, ter o casco reparado.
Mais
O Vale Beijing faz parte de uma nova categoria de navios,
conhecida como Valemax. Eles surgiram a partir de uma demanda da companhia
brasileira de mineração por embarcações que pudessem transportar volumes cada
vez maiores de minério de ferro. Ao todo, a Vale encomendou 35 navios a
estaleiros coreanos e chineses. Pelo acordo, 19 deles são de propriedade da Vale
e os outros ficarão com embarcadores que prestarão serviços para a Vale por, no
mínimo, 25 anos.
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