Milhares de foliões se divertem no tradicional Lava-Pratos
Leandro Santos
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado

O fim de semana na cidade de São José de Ribamar foi de muita folia e diversão. Durante o sábado e ontem, a cidade balneária recebeu milhares de foliões para o tradicional Carnaval Lava-Pratos 2012. A festa, que já acontece há 66 anos na cidade, encerrou em grande estilo a temporada carnavalesca no Maranhão.
Ribamar ficou pequena para a quantidade de pessoas que compareceram à festa durante os dois dias. Segundo estimativas da organização do evento, nos dois dias de festança a cidade recebeu um público de aproximadamente 150 mil pessoas. As ruas e avenidas foram tomadas de foliões que não paravam de chegar um só minuto, seja de ônibus, vans, motos, carros ou outro meio de transporte próprio.
A edição deste ano do Lava-Pratos contou com uma extensa programação que proporcionou a todos os foliões momentos de bastante diversão em meio a uma programação cultural diversificada com bandas locais e nacionais. Além disso, várias brincadeiras carnavalescas, entre as quais ribamarenses e de São Luís, também deram um toque especial ao Lava-Pratos. Destaque para o Corso da Melhor Idade e o bloco Ritmistas Unidos, ambos do bairro ludovicense Madre Deus.
Trio - Um trio elétrico foi concentrado em uma área livre localizada próximo à grande imagem de São José de Ribamar e o Menino Jesus, situada ao lado da concha acústica. Em outro trecho da orla marítima, nas proximidades dos bares, um palco serviu como cenário para apresentação dos grupos musicais.
Sábado, no circuito da Estação da Alegria, no Parque Municipal do Folclore, a alegria dos foliões foi garantida pelas bandas Vadiê, Reprise, Energia e pela dupla Stanley e Caio. Ontem a festa foi comandada pelas Bandas Vamu di Samba, Gargamel, Pepê Jr e Banda, Netinho e Jammil.
Na opinião da estudante Fernanda dos Santos, de 19 anos, que há dois anos participa do Lava-Pratos, o momento é só de alegria e diversão. “Momentos como esses são muito bons porque a gente aproveita para se distrair, conhecer outras pessoas e esquecer os problemas”, disse a estudante.
A história do Lava-Pratos - O Lava-Pratos chega, este ano, a sua 66ª edição na cidade de São José de Ribamar. O evento é considerado como o primeiro Carnaval fora de época do país, além de encerrar oficialmente a temporada momesca no estado.
O Lava-Pratos, de acordo com historiadores ribamarenses, teve sua origem em 1946, no então chamado Carnaval da Vitória, assim batizado após a vitoriosa participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945.
Tudo começou quando a Escola de Samba Batuqueiro Naval, de São José de Ribamar, resolveu, na Terça-Feira de Carnaval, visitar outras agremiações em São Luís, entre elas a Turma da Mangueira, Turma do Quinto e Águia do Samba.
Por esse motivo, as escolas visitadas resolveram retribuir a gentileza, no primeiro domingo da Quaresma, na sede do Batuqueiro Naval, à época situada na Rua Nova, na sede da cidade. Dessa forma, outras agremiações começaram a peregrinação até São José de Ribamar, em razão de terem se sagrado campeãs do Carnaval da capital maranhense.
Com o passar do tempo, outras escolas de samba e outros grupos carnavalescos da Ilha, como é o caso da Casinha da Roça, por exemplo, começaram a se deslocar todos os anos para São José de Ribamar com o objetivo de abrilhantar o evento.
Segurança - O Lava-Pratos contou com um esquema de segurança, saúde e disciplinamento do trânsito. Foram feitas modificações e interdições no trânsito para garantir fluidez e tranquilidade aos foliões. Foram mantidos funcionando por 24 horas o Hospital Municipal e o Centro de Saúde Honório Gomes, localizados na sede da cidade, para atendimento ao público. Nas ruas, 646 policiais militares e 250 homens de segurança privada atuaram nos dois dias de Carnaval fora de época. Houve blitze e patrulhas nos pontos de festa.
Ribamar Júnior de O Imparcial
Uma mistura de ritmos e cultura, incrementada com muita alegria tomou conta da cidade balneária de São José de Ribamar neste fim de semana, com o encerramento oficial da maratona carnavalesca no Maranhão.
Ontem, foi o último dia da tradicional festa do Lava-Pratos, iniciada no sábado em São José de Ribamar. Na 66ª edição do evento, mais de 150 mil pessoas visitaram a cidade nestes dois dias, para se despedir da temporada momesca.
No primeiro dia da festa, considerada como o primeiro Carnaval fora de época do país, a atração ficou por conta dos shows das Bandas Vadiê, Reprise e Energia. O ponto alto foi a apresentação da dupla sertaneja Stanley e Caio, que subiu ao palco por volta de 1h da madrugada de ontem.
No último dia, quem comandou a folia foi a Banda Scorpions, Alessandra e Banda, além da dupla Hilton e Ódon e do grupo Argumento, que se revezaram a partir do meio-dia no palco montado na Estação Praia, situada na orla de São José de Ribamar.
Sem deixar de lado as bandas Puxa o Fole, Regional Fênix, Vamu de Samba, Gargamel, Bacanaê e Pepê Jr e Banda que se apresentaram no palco principal montado Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen e no trio elétrico estacionado no local, mas o ponto alto foi a apresentação, logo no inicio da noite, dos baianos Netinho e Jammil e Uma Noites, que sacudiram os foliões de plantão.
O vigilante Samarony Mota, 37 anos, gostou muito do evento. Foi a primeira vez que ele participou e se arrependeu de já não ter vindo outras vezes.
"Nunca vinha. Mas este ano, meus amigos acabaram me convencendo e resolvi vir. Estou gostando muito. Vou ficar até o último momento, ainda mais porque estou achando o evento muito seguro com o esquema de segurança que foi implantado", declarou o folião.
Já a auxiliar de planejamento Nildevânia Teixeira, 25 anos, não perde um Lava-pratos. Brincante há dez anos da festa, ela ficou triste de não ter vindo ano passado, quando ela esteve em viagem para Manaus.
"Mas este ano, já que voltei ao Maranhão, estou aqui. Não posso perder. Marca o término da folia para mim, essa festa. Entretanto, estou achando o evento deste ano menos movimentado que nas outras edições.
Acho que deve ser por causa da violência. Ainda bem que este ano, está bem policiada a cidade", opinou ela, que curtia a festa com mais uma amiga.
Mas não são somente os jovens que aproveitam. Os idosos também têm fôlego de sobra para cair na folia nestes dois dias de festa, como é o caso da aposentada Gessy Marcília Penha, 74 anos.
Desde pequena, ela participa do Lava-pratos e até hoje mantém a tradição. “Sempre estou aqui. Não posso perder. É quando reúno minha família e finalizamos o carnaval”, disse ela sentada à porta de casa, enquanto os filhos se divertem no último dia da festa.
Quem pensou que iria encontrar apenas shows na cidade balneária estava muito enganado. A cultura foi preservada durante a folia na cidade do padroeiro do Maranhão. Um exemplo foram as rodas de capoeira vistas no local. Segundo o professor Júnior Ferreira Martins, do grupo Guerreiros de Senzala, esta é a oportunidade de mostrar a arte da capoeira, além de sensibilizar o público para um mundo melhor."Na capoeira promovemos a paz e queremos levar essa mensagem às pessoas. Por isso aproveitamos o Lava-pratos para fazer isso", afirma.
Também a última festa de carnaval do ano, no Maranhão, é espaço para ganhar uma renda extra. Eram sandálias, chapéus, perucas, bebidas, alimento e até artigos religiosos, que formavam a vitrine do comércio informal instalado no local.
A ambulante Ciza Ferreira Chaves, 53 anos, vende há quatro anos na festa artigos religiosos, onde ela arrecada até R$ 400 por dia. "Entretanto, este ano não está muito bom o movimento. Em pleno domingo, ainda não consegui fechar o que antes fazia em um só dia. Está meio difícil", reclamou a vendedora.
O sexagenário carnaval de Lava-Pratos encerrou o período de folia na Ilha
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Ribamar Júnior de O Imparcial
Uma mistura de ritmos e cultura, incrementada com muita alegria tomou conta da cidade balneária de São José de Ribamar neste fim de semana, com o encerramento oficial da maratona carnavalesca no Maranhão.
Ontem, foi o último dia da tradicional festa do Lava-Pratos, iniciada no sábado em São José de Ribamar. Na 66ª edição do evento, mais de 150 mil pessoas visitaram a cidade nestes dois dias, para se despedir da temporada momesca.
No primeiro dia da festa, considerada como o primeiro Carnaval fora de época do país, a atração ficou por conta dos shows das Bandas Vadiê, Reprise e Energia. O ponto alto foi a apresentação da dupla sertaneja Stanley e Caio, que subiu ao palco por volta de 1h da madrugada de ontem.
Sem deixar de lado as bandas Puxa o Fole, Regional Fênix, Vamu de Samba, Gargamel, Bacanaê e Pepê Jr e Banda que se apresentaram no palco principal montado Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen e no trio elétrico estacionado no local, mas o ponto alto foi a apresentação, logo no inicio da noite, dos baianos Netinho e Jammil e Uma Noites, que sacudiram os foliões de plantão.
Já a auxiliar de planejamento Nildevânia Teixeira, 25 anos, não perde um Lava-pratos. Brincante há dez anos da festa, ela ficou triste de não ter vindo ano passado, quando ela esteve em viagem para Manaus.
"Mas este ano, já que voltei ao Maranhão, estou aqui. Não posso perder. Marca o término da folia para mim, essa festa. Entretanto, estou achando o evento deste ano menos movimentado que nas outras edições.
Mas não são somente os jovens que aproveitam. Os idosos também têm fôlego de sobra para cair na folia nestes dois dias de festa, como é o caso da aposentada Gessy Marcília Penha, 74 anos.
Desde pequena, ela participa do Lava-pratos e até hoje mantém a tradição. “Sempre estou aqui. Não posso perder. É quando reúno minha família e finalizamos o carnaval”, disse ela sentada à porta de casa, enquanto os filhos se divertem no último dia da festa.
Quem pensou que iria encontrar apenas shows na cidade balneária estava muito enganado. A cultura foi preservada durante a folia na cidade do padroeiro do Maranhão. Um exemplo foram as rodas de capoeira vistas no local. Segundo o professor Júnior Ferreira Martins, do grupo Guerreiros de Senzala, esta é a oportunidade de mostrar a arte da capoeira, além de sensibilizar o público para um mundo melhor."Na capoeira promovemos a paz e queremos levar essa mensagem às pessoas. Por isso aproveitamos o Lava-pratos para fazer isso", afirma.
Também a última festa de carnaval do ano, no Maranhão, é espaço para ganhar uma renda extra. Eram sandálias, chapéus, perucas, bebidas, alimento e até artigos religiosos, que formavam a vitrine do comércio informal instalado no local.
A ambulante Ciza Ferreira Chaves, 53 anos, vende há quatro anos na festa artigos religiosos, onde ela arrecada até R$ 400 por dia. "Entretanto, este ano não está muito bom o movimento. Em pleno domingo, ainda não consegui fechar o que antes fazia em um só dia. Está meio difícil", reclamou a vendedora.

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