A temporada de férias escolares é uma oportunidade para conhecer um pouco mais da história de São Luís, cidade que está prestes a celebrar seus 400 anos de fundação. Para tanto, uma visita aos museus espalhados pela cidade pode ser uma atividade que une diversão, entretenimento e uma boa dose de conhecimento.
Por meio de visitas monitoradas é possível descobrir um pouco sobre o modo de vida da São Luís do século XIX percorrendo as instalações do Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Sediado em um solar do século XIX, construído com material trazido do Vale do Itapecuru pelo fazendeiro José Inácio Gomes de Sousa, que edificou o solar em 1836, o casarão conserva grande parte de suas características originais.
Com um acervo que reúne cerca de 10 mil peças, o museu foi inaugurado em 28 de julho de 1973, data em que se comemora a adesão do Maranhão à Independência do Brasil. Seu acervo é composto em sua maioria de doações e tem peças curiosas como as escarradeiras ou cuspideiras e a cadeira trono (usada dentro do quarto, é feita em madeira e desempenhava a função de um sanitário).
Além dessas peças, porcelanas francesas, portuguesas e inglesas, máquinas de costura movidas à manivela, além de um rico mobiliário da primeira metade do século XIX chamam a atenção do visitante. Na sala de estar, uma estante em madeira, presente do então presidente da Argentina Júlio Roca, tem desenhos entalhados que representam pontos turísticos de São Luís e de Buenos Aires.
Sacra - Anexo ao Museu Histórico, está o Museu de Arte Sacra, que funciona no Solar do Barão de Grajaú. Com fachada revestida de azulejos portugueses abriga, nos dois pavimentos, imagens sacras do século XIX dos mais variados estilos, como barroco, rococó e neoclássico.
O acervo é constituído por imagens de santos, incluindo os de roca, que tradicionalmente eram utilizados em procissões da Semana Santa. A coleção inlclui ainda uma imponente coleção de ourivesaria neoclássica, cobrindo desde o período de fins do século XVIII ao século XX. Objetos sacros utilizados nas cerimônias litúrgicas das Igrejas de São Luís, como cálices de missas, crucifixos em prata de lei com pedrarias, oriundos de Portugal; custódias e lanternas de procissões; vasos raros de Santos Óleos; cruz processional da Capela dos Navegantes; resplendor em prata da Igreja do Desterro e vestimentas utilizadas por padres e bispos em cerimônias religiosas enriquecem o acervo do museu, que oferece visitas guiadas.
Artes visuais - Obras de arte de artistas plásticos do Maranhão e de renome nacional são destaques do Museu de Artes Visuais. Implantado em um sobrado edificado no século XIX, na Praia Grande, tem três pavimentos e um mirante, além de fachada revestida com azulejos portugueses do século XIX.
Criado para suprir uma necessidade de descongestionar o Museu Histórico e Artístico do Maranhão e para atender a uma reivindicação da classe artística maranhense, que necessitava de um espaço para exposição e guarda do acervo de artes plásticas.
Um dos destaques é a coleção doada por Assis Chateaubriand que inclui, entre outras obras, Tauromaquia, de Pablo Picasso, restaurada pelo Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro. Azulejos, peças decorativas em vidro, cristal, metal e madeira, além de peças da Biblioteca Assis Chateaubriand, com acervo especializado na área de arte, história e literatura maranhense .
Outro ponto de visitação que rememora parte do nosso passado é o Cafua das Mercês, localizado na Rua Jacinto Maia, Desterro, o antigo sobrado funcionava nos séculos passados como um mercado de escravos, lá os negros eram leiloados. Hoje conhecido como Museu do Negro, abriga um museu de referência da cultura negra, com peças de origem africana.
Centro de arqueologia traz raridades naturais
Quem deseja conhecer sobre a pré-história da Ilha de São Luís e do Maranhão, deve, obrigatoriamente, visitar o Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão. Fundado em março de 2002, o Centro tem como objetivo o estudo, valorização e preservação do acervo patrimonial maranhense, especificamente os recursos e bens arqueológicos, paleontológicos e a cultura material e tradições dos povos indígenas no Maranhão.
Por meio de visitação guiada os interessados poderão conhecer fósseis e réplicas de espécies pré-históricas encontradas no Maranhão; artefatos de pedra, objetos cerâmicos utilitários e ritualísticos pré -coloniais e utensílios de louça e artigos de uso pessoal e cotidiano provenientes do período histórico; objetos de uso diário e cerimonial pertencentes aos grupos indígenas contemporâneos. Além disto, o órgão disponibiliza a consulta ao seu acervo de cerca de 3000 volumes em suas áreas de atuação.
Além destes, a Casa da FÉsta, Casa de Nhozinho,Convento das Mercês, Casa de Cultura Josué Montello, etc, são outras opções para visitação.
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