sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Indústria naval quer criar 400 mil vagas de trabalho nos portos do país


No Maranhão, devem ser criados até 2015 cerca de 240 mil postos de trabalho



A indústria naval pretende criar mais de 400 mil empregos - diretos e indiretos - no Brasil nos próximos três anos. "Nós poderemos chegar a cerca de 48 mil pessoas no total", diz Edmilson Soares Medeiros, responsável pela administração do pólo naval de Rio Grande.
Essa é a previsão da Petrobras para um único pólo naval: o de Rio Grande, no extremo sul do Brasil. E ainda existem vários outros pelo Brasil, no Rio de Janeiro, Vitória, Santos e Recife.
Desde 2003 a indústria naval brasileira vem se recuperando de vários anos sem investimentos, que levou a falência estaleiros e provocou a demissão de funcionários. Estruturas estão sendo criadas nos portos e até mesmo funções dentro dos antigos empregos para dar conta do crescimento na área.
Faltam profissionais com nível básico de educação, como soldadores e montadores; para o nível técnico, para operadores de máquinas e até profissionais de ensino superior, como engenheiros.
A indústria naval está qualificando profissionais e melhorando a vida de muita gente. Em Rio Grande, no sul gaúcho, o polo naval já emprega 3 mil pessoas e a expectativa é de que este número dobre até o final de 2012. O desafio agora é encontrar trabalhadores capacitados para preencher estas vagas. "Nós precisamos de muita mão-de-obra, em todos os níveis. A técnica é a grande demanda, tanto na formação básica, como na média e na superior", afirma Edmilson Soares Medeiros, gerente Petrobras-Polo Naval de Rio Grande -RS.
Complexo - No maior polo de desenvolvimento de Pernambuco, e também um dos que mais cresce no país, o Complexo Industrial e Portuário de Suape, há uma grande oferta de empregos com bons salários. Há vagas sobrando para topógrafos, com salários que variam de R$ 3.000 a R$ 6.000, e para niveladores, que podem ganhar entre R$ 1.500 e R$ 2.000.
Outro profissional muito procurado é o responsável pela movimentação de cargas com guindastes. O salário pode chegar a R$ 4.500,00 por mês. Na construção civil, há vagas para carpinteiros, marteleteiros - que é o profissional que opera o martelete, a máquina que vibra e perfura o concreto, e pedreiros, os salários são de R$ 1.500,00.
No Maranhão, devem ser criados até 2015 cerca de 240 mil postos de trabalho. São obras estruturais, como ampliação e modernização dos principais portos do estado. No píer 4, do Terminal de Ponta da Madeira, principal obra de infraestrutura portuária em execução na América Latina, foram abertas quase 3 mil vagas de emprego. Parte da mão de obra absorvida veio das comunidades do entorno, pessoas que foram qualificadas pela mineradora, dona do terminal. Os salários para técnicos variam de R$ 1.200,00 a 2.500,00. Engenheiros em início de carreira recebem, em média, R$ 4.000,00.

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